Cada vez mais, os pequenos negócios precisam se adequar às necessidades de clientes com deficiência para aumentarem a sua competitividade no mercado. Seja visual, física, auditiva ou intelectual, as deficiências fazem segmento de uma grande parcela da sociedade e precisam ser encaradas uma vez que segmento da rotina das empresas. Mas por onde um pequeno negócio pode inaugurar a implementar medidas de inclusão? Para a crítico de Sustentabilidade, Volubilidade e Inclusão da unidade do Sebrae RJ Louise Nogueira, apesar da valia das mudanças no espaço físico de um negócio, a ênfase deve ser no tratamento ao cliente.
Segundo Louise, uma equipe preparada para receber esse público e um site conseguível devem ser os primeiros passos de uma empresa no quesito inclusão. “Você deve se encaminhar de forma direta e atenciosa à pessoa com deficiência, sem infantilizá-la, e enxergá-la para além das suas necessidades. São detalhes que fazem a diferença para uma hospitalidade inclusiva”, orienta.
Uma das barreiras enfrentadas pelas MPE são os custos para tornar o espaço físico do negócio conseguível. Mas, Louise aconselha que isso não deve ser encarado uma vez que um grande problema para os empresários.
Você não precisa gastar rios de quantia para receber o público PcD. Pequenas atitudes, principalmente na forma de tratar o cliente, devem orientar os empresários nesse processo de acessibilidade.
Louise Nogueira, crítico de Sustentabilidade, Volubilidade e Inclusão da unidade do Sebrae RJ.
Por término, a crítico alerta que os empreendedores precisam estar atentos aos principais pontos do Decreto 9.405, em conformidade com o Regimento da Pessoa com Deficiência. “Os pequenos negócios precisam executar as exigências da norma, por isso, estamos trabalhando para disseminar essa informação por meio do Sebrae.”
Quer tornar o seu negócio mais conseguível, mas não sabe por onde inaugurar? Cá vão 4 dicas do Sebrae para dar os primeiros passos nessa jornada:
- A acessibilidade precisa estar internalizada no seu negócio e nos seus colaboradores com uma política de volubilidade e inclusão;
- Tudo começa pelo atendimento: invista em um site conseguível e em um atendimento fundamentado na hospitalidade inclusiva dos clientes;
- Mudanças na estrutura física da empresa podem ser iniciadas primeiro com alterações simples, para depois saber as que exigem mais investimentos;
- Procure ouvir e entender o público PcD para saber de que forma pode atendê-lo de maneira mais inclusiva.
Sobre o decreto 9.405
A norma determina que a microempresa e a empresa de pequeno porte deverão, na relação com pessoas com deficiência, certificar condições de acessibilidade ao estabelecimento e às suas dependências abertas ao público.
O decreto esclarece que a acessibilidade deve saber a segurança e autonomia de espaços, mobiliários, equipamentos, edificações, transporte e tudo que é inerente ao padrão do negócio, assegurando o seu uso pela pessoa com deficiência em condições de paridade com os demais.
Ou por outra, a norma estabelece que toda e qualquer modificação estrutural/mobiliária/tecnológica deve seguir as normas técnicas da legislação e da ABNT, por isso, é necessário buscar um profissional da arquitetura, engenharia e/ou extensão técnico-industrial e assemelhados para melhores orientações e projeções.