O Brasil tem 74 parques nacionais que, desde os anos 1930, exercem papel fundamental na preservação de ecossistemas locais. Aqueles abertos a visitantes —alguns têm entrada restrito a pesquisadores— oferecem oportunidade única de contato com a natureza em estado bruto.
No quarto capítulo da série de reportagens sobre cem lugares imperdíveis do Brasil, a Folha apresenta uma seleção com dez parques nacionais que mistura venustidade cênica, riqueza histórica e de biodiversidade. Confira a seguir:
Jaú (AM)
A visitação ao segundo maior parque vernáculo, no coração da Amazônia, acontece a bordo das voadeiras, pequenas embarcações que partem das cidades de Manaus ou Novo Airão e percorrem as águas quentes, escuras e espelhadas dos três rios do parque. Os atrativos incluem praias de chuva gulosice (em épocas de seca, de setembro à fevereiro), trilhas aquáticas (em épocas de enxurrada, entre março e agosto), cachoeiras e as sumaúmas, as maiores e mais antigas árvores da floresta amazônica. A ingresso é gratuita, mas precisa ser autorizada previamente pelo ICMBio (órgão de conservação ambiental).
Lençóis Maranhenses (MA)
As chuvas que caem sobre o litoral do Maranhão entre fevereiro e maio se acumulam sobre as areias do maior parque de dunas do país, formando lagoas de chuva quente e cristalina que fazem do sítio um dos destinos mais procurados —e instagramados— do país. Uma vez que a seca vai minando as lagoas, a melhor estação para ir é de maio a agosto. O parque não serpente ingresso mas, para saber, é preciso contratar condutor credenciado nas cidades vizinhas ao parque, porquê Santo Amaro do Maranhão (262 km de São Luís) e Barreirinhas (183 km do aeroporto de Parnaíba, no Piauí).
Fernando de Noronha (PE)
Desavisados podem se frustrar com as regras que regem a ilhota de Fernando de Noronha, que tem 70% do seu território dentro dos limites do parque vernáculo pelágico. Para acessar essas áreas, além de um salso ingresso (R$ 179 para brasileiros), geralmente é necessário pegar fileira para conseguir vaga (o número de visitantes por dia é restringido) e contratar um guia. Ainda assim, um ou outro atrativo pode estar fechado. Mas, ao colocar o snorkel e olhar embaixo d’chuva, tudo faz sentido: as regras permitem ao turista ter contato com um ecossistema praticamente intocado, com fauna que inclui tubarões, tartarugas e até golfinhos.
Chapada das Mesas (MA)
O interno do Maranhão tem grandes platôs rochosos, porquê o Morro do Chapéu, que parecem grandes mesas de pedra no horizonte —que dão nome ao parque e oferecem trilhas com vistas panorâmicas. Mas a renome do sítio vem mesmo das cachoeiras de águas cristalinas, que formam piscinas naturais cinematográficas porquê o Poço Azul, dentro da Suplente Oriundo Catarata do Rio Cocal (R$ 70 o ingresso), que guarda também a catarata de Santa Bárbara, a maior do parque, com 75 metros de queda.
O principal ponto de pedestal para acessar o parque é o município de Carolina, 220 km ao sul de Imperatriz pela BR-010
Serra da Capivara (PI)
Os mais antigos vestígios da presença humana nas Américas, que datam de 50 milénio anos detrás, foram encontrados nas cavernas deste parque. São inúmeros artefatos de pedra, esqueletos e pinturas rupestres que compõem mais de 1.000 sítios arqueológicos, a maior concentração do tipo no continente, que colocou o parque na lista dos Patrimônios Mundiais da Unesco. O séquito de um guia contratado com antecedência é obrigatório.
O principal ponto de pedestal para acessar o parque é o município de São Raimundo Nonato (PI), a 303 km de Petrolina (PE)
Chapada dos Veadeiros (GO)
Um dos mais antigos e diversos ecossistemas tropicais do mundo, o cerrado é um refúgio para milhares de espécies em tempos de flutuações climáticas e também é publicado porquê “nascimento das águas”, já que, antes de circularem por todo o continente, as chuvas que caem por lá formam as mais de 2.000 cachoeiras catalogadas no parque. Em 2001, juntamente com o Parque Vernáculo das Emas, em Goiás, foi proferido Patrimônio Oriundo da Humanidade pela Unesco.
O entrada ao parque é verosímil a partir dos municípios goianos de Cocuruto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Novidade Roma e São João d’Coligação
Chapada dos Guimarães (MT)
A pouco mais de 60 km de Cuiabá, a cidade homônima ao parque é a principal porta de ingresso para suas trilhas, cachoeiras (porquê a Véu de Prometida, com 86 metros de fundura), cavernas e mirantes —nos dias mais limpos, é verosímil enxergar a capital mato grossense e até a planice pantaneira. O entrada é gratuito, mas alguns atrativos requerem a meio de guia. Alguns passeios nos periferia também valem, porquê o Mirone Morro dos Ventos e as cavernas Aroe Jari e Kiogo Brado.
Serra da Canastra (MG)
A menos de 100 km da famosa Capitólio (MG) esse parque abriga as nascentes do rio São Francisco e a sua primeira catarata, a Casca D’anta, com 186 metros de queda e piscinas naturais onde é verosímil se banhar. Uma trilha de 1,6 km permite apreciá-la de inferior, enquanto outra, mais rústica, de 3,3 km, leva à segmento subida. O entrada é gratuito mas, em feriados prolongados, é recomendado agendar a visitante no site do ICMBio.
As portarias do parque ficam próximas aos municípios de São José do Barroca (SP) e São Roque de Minas (MG)
Serra da Bodoquena (MS)
Entre os atrativos de Bonito (MS), estão as trilhas e cachoeiras deste parque, uma superfície de mata atlântica em meio ao entupido que também sofre influências do pantanal —o que explica a riqueza da sua biodiversidade, que inclui onças-pintadas, onças-pardas, macacos-prego e rios de águas super cristalinas com matas ciliares muito preservadas. Mais ao setentrião, no município de Bodoquena, uma trilha de dificuldade média leva ao cânion do rio Salobra, onde é verosímil tomar banho em meio a paredões que chegam aos 80 metros de fundura. Os ingressos são gratuitos, mas é preciso contratar um guia.
Itatiaia (MG e RJ)
Na Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, esse foi o primeiro parque vernáculo criado no Brasil, em 1937. Na sua segmento baixa, os atrativos incluem as cachoeiras Véu da Prometida e Itaporani, e piscinas naturais porquê a do Maromba e o Lago Azul. Já na segmento subida, as montanhas e elevações rochosas fazem a alegria dos praticantes de trekking. No Pico das Agulhas Negras, com 2.791 metros de altitude, chegou até a nevar nos anos 1980. Também é verosímil fazer travessias com pernoite, cujos roteiros vão de 22 a 32 km. Os ingressos custam a partir de R$ 22 por dia.
A partir do município de Itatiaia (RJ), a BR-485 leva até a portaria da segmento baixa; já o entrada à segmento subida se dá pela BR-354, 26 km depois Engenheiro Passos, partquedoitatiaia.tur.br
