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Veja a obra de Gustave Eiffel, morto há 100 anos – 02/03/2023 – Turismo

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O impacto do desenvolvimento de estradas de ferro na Europa e no mundo no século 19 pode ser comparado ao da invenção da internet no século 20. Assim porquê a web gerou e fez prosperar os gigantes da informática, a expansão das ferrovias promoveu empresas de construção de pontes, participando ativamente da Revolução Industrial.

Durante toda a metade do século 19, centenas de “obras de arte de infraestrutura”, pontes e viadutos, foram construídas em vários países com muita originalidade e mobilizando, às vezes, investimentos financeiros consideráveis.

Nesse contexto, o jovem Gustave Eiffel (1832 -1923), recém-formado na prestigiosa Escola Médio de Engenharia de Paris, ganhou progressivamente espaço no mercado mundial. Graças a seu talento para utilizar o ferro em seus projetos e à sua vocação para os negócios, ele conquistou notabilidade e prestígio, que permanecem vivazes até hoje.

Bertrand Lemoine, engenheiro, arquiteto e historiador, é um dos especialistas da vida e obra de Gustave Eiffel. Ele é mentor científico da Associação dos Herdeiros de Gustave Eiffel e responsável de uma biografia sobre o construtor, publicada em 1984. Em entrevista à RFI, no primeiro andar da Torre Eiffel, Lemoine ressaltou que o engenheiro galicismo criou sua companhia aos 32 anos e se destacou também porquê um supimpa empresário.

“Ele dominou as sutilezas da construção metálica, que surgia na estação, mas foi também capaz de gerir uma empresa, escolher colaboradores, associar-se a bons parceiros, e encontrar o pedestal político adequado”, conta o biografo.

Proezas técnicas

As proezas técnicas e arquitetônicas idealizadas por ele foram construídas nos quatro cantos do mundo. Monumentos com a marca Eiffel dominam a paisagem de várias cidades europeias, mas também das Américas, Ásia, África e Oceania.

Suas construções mais numerosas datam dos anos 1870, porquê as pontes D. Maria Pia do Porto, em Portugal; de Garabit, no centro-oeste da França, de Ungheni, entre a Moldávia e a Romênia; e de Trang Tien, no Vietnã. A estação ferroviária de Budapeste, na Hungria, a Catedral de Arica, no Chile, ou o revolucionário Observatório de Nice, no sul da França, foram erguidos na mesma dezena.

Uma das genialidades de Eiffel, e chave de seu sucesso, foi fabricar projetos pré-fabricados, feitos em sua fábrica em Levallois-Perret, na periferia de Paris, e fáceis de exportar. “Os kits de elementos metálicos eram transportados por trem ou embarcação, e depois montados no lugar”, explica Lemoine.

Poucas pessoas sabem que a estrutura interna da estátua da Liberdade, em ferro, foi concebida por ele, em 1881, assim porquê o sistema de eclusas do Meio do Panamá, entre 1887 e 1889. Do mesmo ano data a inauguração de seu monumento mais famoso, a torre de 300 metros que leva seu nome, erguida em Paris para a Exposição Universal que comemorou o centenário da Revolução Francesa.

“A Torre Eiffel foi realmente o ponto supino de sua curso porquê construtor. Isso lhe permitiu entrar no panteão dos grandes homens e engenheiros e ter um nome que é hoje quase universalmente espargido”, acredita Bertrand Lemoine.

Ao longo de todo o século 20 e início do século 21, a Torre Eiffel ganhou várias réplicas em todo o mundo, porquê em Santos Dumont, no Brasil, ou em Tianducheng, na China.

Escândalo da falência do Meio do Panamá

O célebre engenheiro galicismo também esteve envolvido em um dos maiores escândalos do século 19, o da falência do Meio do Panamá. Ele foi indiciado pelo caso, mas antes de a Justiça o inocentar em 1893, o escândalo acarretou o termo da empresa e da marca Eiffel.

Moralmente impressionado, o construtor consagrou os últimos anos de sua vida à ciência. Apesar da idade avançada, o engenheiro continuava fascinado pelas inovações científicas.

O grande público desconhece o trajo, mas para salvar a Torre Eiffel da devastação, ele transformou o último caminhar do monumento em um laboratório que contribuiu para avanços tecnológicos nos setores da telegrafia sem fio, da radiodifusão, da meteorologia, da aerologia e da aviação.

O interesse pela aviação nascente começou cedo e aproximou Eiffel do brasílico Santos Dumont, que realizou em Paris o primeiro voo homologado da história.

A Associação dos Herdeiros de Gustave Eiffel organiza vários eventos durante todo o ano de 2023 para marcar seu centenário de morte O principal deles será uma exposição sobre o legado do “mágico do ferro”, patrocinada pela Unesco. A mostra será inaugurada em Paris, em maio, e depois será exibida em vários países.

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