Ela não promete ser a maior nem a mais rápida, mas quer ser a mais linda tirolesa do país. A vista da praia de Botafogo, com o Cristo Redentor ao fundo, poderá ser apreciada com ventinho na rostro e indiferente na ventre a partir do segundo semestre, segundo um projeto que já está em curso.
Ao lado dos cabos que sustentam o bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, se somarão outros quatro condutores de aço trazidos da Suíça para transportar os visitantes mais aventureiros de um morro a outro, numa intervalo de 755 metros.
Um sistema de sensores digitais inédito no Brasil, segundo o diretor técnico Diego Scofano, saberá exatamente quando o passageiro saiu, chegou e deixou a plataforma, abrindo a portinhola e liberando o próximo viajante maquinalmente.
Segmento da inspiração veio dos esportes radicais e aéreos que ele pratica, porquê o penacho com protetor facial usado na asa-delta (também para dominar os gritos) e a cadeirinha usada no parapente, feita do tecido ultrarresistente das escaladas.
Situada num monumento procedente tombado e rebatizado de “parque”, a tirolesa será mais uma modernização do marco turístico que já foi revolução 111 anos atrás —o Pão de Açúcar foi o terceiro teleférico construído no mundo e hoje é o mais longevo em operação.
Mas não sem polêmicas. Um grupo de escaladores e moradores da Urca mobilizou, no último mês, um petição com mais de 6.000 assinaturas contra a instalação do projeto. O movimento #paodeacucarsemtirolesa critica o impacto ambiental, visual e sonoro que a atração poderá trazer.
A Secretaria Municipal do Envolvente e Clima, a Smac, também pediu recentemente um detalhamento de perfurações de rochas que não estariam previstas no projeto. Em resposta, a empresa afirma que obteve todas as licenças necessárias junto aos órgãos públicos e ressalta seu trabalho ambiental.
Ainda não há data certa para inauguração nem estimativa dos preços da futura atração.
Veja a seguir porquê funcionará a novidade tirolesa