São Paulo
“Não foi uma vida boa”, diz Tina Turner, revisitando o próprio pretérito, no documentário “Tina”, lançado em 2021. A cantora, que morreu nesta quarta (24) aos 83, se referia, em grande secção, aos 16 anos em que esteve casada com o guitarrista Ike Turner.
Ela o conheceu em um show, e logo se apaixonaram. Casaram-se em pouco tempo e formaram uma dupla músico no cenário soul que fez sucesso nas décadas de 1960 e 1970.
Só que por trás dos holofotes a rotina do par era recheada de brigas e violência. Dependente de álcool e de drogas, Ike traía e agredia a cantora sempre. Por diversas vezes, Tina ficou com o olho roxo e lábios feridos pelas agressões. Perucas e maquiagem eram usadas para esconder as marcas.
Na biografia “Tina Turner: My Love Story”, lançada em 2018, Tina disse que seu relacionamento estava fadado ao fracasso no dia que o portanto marido percebeu que ela iria ser sua nascente de quantia. “Ele precisava me controlar, economica e psicologicamente, para que eu nunca pudesse deixá-lo”, escreveu ela.
Posteriormente 16 anos, a artista abandonou o marido, mas na Justiça se propôs a furar mão de todo o seu patrimônio para poder usar o sobrenome que a consagrou.
Na música “What’s Love Got to Do With It?” (“O que o paixão tem a ver com isso?”), ela parecia deixar evidente em alguns trechos a violência doméstica que sofria. “Eu penso em tomar um novo rumo / Mas eu tenho que expressar / Eu tenho pensado na minha própria proteção / Esse sentimento me assusta/ Oh, o que o paixão tem a ver com isso?”
Ike morreu posteriormente uma overdose de cocaína, em 2007. Em 2013, a cantora se casou com o executivo músico boche Erwin Bach, portanto com 57 anos, mas já estavam juntos há quase 30 anos. Na biografia “Tina Turner: My Love Story”, ela revelou que Bach chegou a doar um rim a ela posteriormente ser cometida por uma doença renal.