São Paulo
Depois os diversos problemas —incluindo a morte de Ana Clara Benevides— nos shows de Taylor Swift no Rio de Janeiro no final de semana pretérito, a preocupação fez com que muitos pais e mães acompanhassem os filhos na fileira do primeiro show da turnê da cantora em São Paulo, nesta sexta-feira (24). Antes de os portões do Allianz Parque (na zona oeste da cidade) serem abertos, a excitação dos jovens contrastava com o semblante tenso de alguns de seus responsáveis.
“Eu estou cá porque eu sabia que a fileira ia ser perigosa”, disse Wagner José Pereira, de Bauru (a 330 km da capital), ao F5. Ele veio seguir a esposa e a filha e reclama da organização do show, feita pela produtora T4F.
Pereira afirmou ter presenciado brigas no sítio. “Agora pouco eu chamei a polícia”, afirmou ele, detalhando que a confusão se deu por culpa de uma disputa pelo lugar na fileira. “O problema no Brasil é que eles vendem show sem lugar marcado”, avalia. “Tinha que ser igual de cinema, a sua disputa é no mouse ali na hora de comprar eletronicamente. Um jogo do Corinthians seria mais tranquilo.”
Aline Abraã, de Araçoiaba da Serra, município a 410 km da capital paulista, trouxe o marido, os dois filhos e um sobrinho ao show e relata que ficou preocupada em seguida os acontecimentos no Rio. “Esperava que em São Paulo houvesse mais organização, visto o que aconteceu lá [no Rio]”, disse ela, reprovando a desorganização. “Esperava que a empresa observasse o que aconteceu para não repetir o erro.”
O corretor de imóveis Ronaldo, 57, que preferiu não dar o sobrenome, veio de Manaus (AM) só para seguir a filha enquanto ela não entra no estádio. Ele também reclamou da falta de organização: “Está tudo desorganizado. Ninguém orienta a fileira. Não vi uma chuva”.
Desde o segundo show de Taylor Swift no Rio de Janeiro, a T4F diz que passou a distribuir água gratuitamente ao longo das filas. Todavia, não foi verosímil ver tais pontos de distribuição com facilidade na tarde desta sexta-feira.