Com Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) no papel princial, longa chega aos cinemas na quinta-feira (20)
Até pouco tempo detrás, “Barbie” mal tinha uma história, mas já era considerado o “filme do ano”. O que sabíamos é que a produção seria estrelada por Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”), acompanhada por Ryan Gosling(“Drive”) e um elenco repleto de rostos conhecidos, e com Greta Gerwig(“Adoráveis Mulheres”) no roteiro e na direção.
Aparentemente, a combinação foi boa o suficiente para soerguer a expectiva das pessoas às alturas. Cada novidade foto, trailer ou, literalmente, qualquer coisa sobre o longa já era motivo para euforia. E, agora, com o filme estreando nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (20), a pergunta que fica é: “Barbie” é realmente tudo isso?
O que acontece em “Barbie”?
Na história, a boneca mais famosa do mundo vive em um mundo perfeito, a Barbielândia, onde as Barbies se regojizam com o seu feito no mundo: o de empoderar mulheres no Mundo Real para serem médicas, advogadas, cientistas, astronautas, presidentes e, essencialmente, o que quer que elas queiram ser.
Enquanto isso, os Kens, vividos não só por Ryan Gosling, mas também por Simu Liu (“Shang-Chi e a Mito dos Dez Anéis”), Kingsley Ben-Grupar (“Invasão Secreta”), Scott Evans (“Grace & Frankie”) e Ncuti Gatwa (“Doctor Who”), transitam pela Barbielândia em procura de seu grande objetivo, que é invadir a atenção das Barbies, na pele de Margot Robbie, além de Issa Rae (“Insecure”), Emma Mackey (“Sex Education”), Hari Nef (“The Idol”) e Alexandra Shipp (“Tick, tick… BOOM!”).
Porém, toda essa sublimidade começa a desmoronar quando a Barbie Esteriotipada, a Barbie de Robbie, começa a ter pensamentos sobre a morte. No dia seguinte, ela acorda com mau hálito, sofre ao tomar um banho indiferente, tem um moca da manhã indigesto com torrada queimada e leite azedo, cai do telhado ao tentar transpor de sua Morada dos Sonhos e, para premiar a situação, descobre que não consegue mais permanecer na ponta dos pés.
Para resolver o problema, Barbie precisa viajar até o Mundo Real e entender o que está acontecendo. Com Ken em sua cola, ela deixa Barbielândia exclusivamente para desvendar que o mundo pós-Barbie não é tão perfeito quanto ela sempre achou e, na verdade, ele é comandado por homens tão medíocres quanto Ken, o que acaba empoderando o boneco, que decide implantar o patriarcado na Barbielândia e tomá-la para si.
“Barbie” é realmente tudo isso?
Sim, “Barbie” é realmente tudo isso. O longa aborda o papel da mulher na sociedade, a luta contra o patriarcado e a desigualdade de gênero, entre outros assuntos atuais e pertinentes, mas não espere uma abordagem inédita e revolucionária, porque ela não existe. Supra de tudo, “Barbie” é um filme feito para divertir e não educar os espectadores.
Ainda assim, o roteiro de Gerwig, em colaboração com o marido da diretora, o cineasta Noah Baumbach (“A Lula e a Baleia”, “Soído Branco”), consegue nos fazer sentir o peso de ser uma mulher em um mundo patriarcal, o que adiciona uma fardo dramática ao longa e torna mais profundo. Há o momento para se divertir, mas também há momentos para refletir sobre o que está sendo apresentando e nenhum sobrepõe o outro.
“Barbie” ainda conta com uma produção de arte incrível, que conseguiu tomar os mínimos detalhes do que é galhofar de Barbie. Porque é isso que o filme realmente é: uma grande folgança de Barbies. Por isso, as cenas em Barbielândia são bastante lúdicas e, muitas vezes, irreais, porque não há limites para a imaginação de uma menino.
Margot Robbie, no papel da Barbie principal, se junta a essa mistura uma vez que a encarnação perfeita da boneca. Ela é ingênua, bondosa, amigável, firme e decidida não só sobre o que quer, mas também sobre o que precisa fazer para ajudar os outros.
E, quando ela “quebra”, é doloroso vê-la sofrendo, porque apesar de ser a Barbie Esteriotipada – loira, magra e com uma venustidade superabundante, o contrário de tudo o que se espera em um mundo com mais multiplicidade -, nós já estamos apaixonados por seu bom coração e suas intenções genuínas.
Além de Robbie, o seu colega de cena, Ryan Gosling, cria um Ken quase melancólico, das quais único objetivo é ter a sua pasmo por Barbie retribuída. Mesmo quando ele viaja para o Mundo Real, descobre o patriarcado e decide instaurar o “regime” na Barbielândia, isso não o transforma em um vilão, porque fica evidente que, tudo aquilo, na verdade é uma forma de invocar a atenção de Barbie e, quem sabe, conseguir o que quer.
Por término, vale primar também as atuações de Simu Liu, Issa Rae, Sharon Rooney (“My Mad Fat Diary”), Kate McKinnon (“Saturday Night Live”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), que brilham mesmo com participações reduzidas, e America Ferrera (“Ugly Betty”), que tem um solilóquio poderoso em uma cena decisiva do longa.
“Barbie” é um daqueles casos raros em que tudo simplesmente funciona muito muito. É uma divertidíssima comédia, típico blockbuster, mas também é enxurrada de razão e, mormente, coração. É realmente o filme do ano. E você não vai querer perder.
Para qual lançamento de 2023 você está mais ansioso? Vote em seu filme predilecto!
- “Missão Impossível: Acerto de Contas – Secção 1” (13 de julho)
- “Barbie” (20 de julho)
- “Oppenheimer” (20 de julho)
- “Ursinho Pooh: Sangue e Mel” (10 de agosto)
- “Agente Stone” (11 de agosto)
- “Vermelho, Branco e Sangue Azul” (11 de agosto)
- “Besouro Azul” (17 de agosto)
- “Fale Comigo” (17 de agosto)
- “As Tartarugas Ninja: Caos Mutante” (31 de agosto)
- “A Madre 2” (7 de setembro)
- “A Noite das Bruxas” (14 de setembro)
- “Kraven: O Caçador” (5 de outubro)
- “Assassinos da Lua das Flores” (19 de outubro)
- “Jogos Mortais X” (26 de outubro)
- “Duna: Secção” (2 de novembro)
- “As Marvels” (10 de novembro)
- “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” (16 de novembro)
- “Aquaman e o Reino Perdido” (21 de dezembro)
- “Rebel Moon” (22 de dezembro)
