Os donos de micro e pequenas empresas retomaram a crédito em agosto. É o que mostra a Sondagem Econômica das MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a Instauração Getulio Vargas (FGV) com base em informações dos três principais setores da economia – Negócio, Serviços e Indústria de Transformação. No oitavo mês do ano, o Índice de Crédito das Micros e Pequenas Empresas (IC-MPE) subiu 1 ponto, puxado e pelo setor de Serviços.
Segundo o estudo, a crédito das micro e pequenas empresas (MPE) chegou a 93,9 pontos em agosto.
A economia porquê um todo melhorou, estamos vivendo um magnífico momento e isso se reflete também nos pequenos negócios. Os empresários estão inclusive investindo em seus negócios, isso significa geração de tarefa e renda
Décio Lima, presidente do Sebrae.
O presidente do Sebrae avalia ainda que as medidas que estão sendo tomadas pelo governo, porquê a elaboração de políticas públicas e iniciativas para dinamizar e modernizar os processos nas micro e pequenas empresas, além da redução da burocracia, podem fazer com que o cenário se torne mais robusto e favorável no limitado e médio prazo.
Otimismo no limitado prazo
A subida da crédito verificada em agosto foi motivada pelo otimismo das MPE em relação às perspectivas de limitado prazo, já que o Índice de Expectativas das MPE (IE-MPE) avançou 1,6 ponto, para 93,6 pontos, revertendo em 44% a queda do mês anterior. Os indicadores que compõem o índice acompanharam essa subida, com destaque para o que mede a tendência empresarial no limitado prazo, que subiu 3,3 pontos, para 94,1 pontos, retornando ao mesmo patamar de junho. Já o quesito volume de demanda prevista empresarial praticamente se manteve, ao continuar 0,2 ponto, para 87,8 pontos.
O Índice da Situação Atual das MPE (ISA-MPE), por outro lado, recuou 1 ponto, para 94,3 pontos, fazendo com que a diferença entre os índices – atual e porvir – caísse para 0,7 ponto, contra 3,3 pontos, em julho. O quesito volume de demanda atual empresarial foi o que apresentou a maior queda, de 4,6 pontos, para 94,7 pontos, seguido pelo indicador que mede a situação atual empresarial, que recuou 3 pontos, para 95,2 pontos.
Serviços
A crédito das micro e pequenas empresas do setor de Serviços (MPE-Serviços) subiu 0,6 ponto, batendo os 94,5 pontos em agosto. O bom resultado decorreu tanto da percepção dos empresários sobre a situação atual porquê quanto às perspectivas para o porvir.
O Índice da Situação Atual das MPE do setor de Serviços (ISA-S-MPE) retornou ao patamar de junho, impulsionado unicamente pelo quesito situação manante, que contabilizou um aumento dos empresários que acreditam que “a situação está boa” e uma redução dos entrevistados que enxergam porquê “ruim”. Já o Índice de Expectativas das MPE do setor de Serviços (IE-S-MPE) subiu no que diz saudação à tendência dos negócios no limitado prazo.
Negócio
Em agosto, o Índice de Crédito das Micro e Pequenas Empresas do Negócio (MPE-Negócio) cedeu 1,5 ponto, caindo para 91,3 pontos. A queda, em agosto, foi motivada, exclusivamente, pela visão desfavorável do momento manante, influenciado, sobretudo, pelo quesito que mensura o volume de demanda atual, considerada fraca pelos empreendedores.
Indústria de Transformação
O Índice de Crédito das Micros e Pequenas Empresas da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) cedeu 0,6 ponto e recuou para 94,7 pontos em agosto, mas insuficiente para virar a subida de junho. A queda do índice foi influenciada tanto pelo momento presente quanto pelas expectativas de limitado prazo. O comportamento do Índice de Crédito da Indústria de Transformação (ICI), divulgado pela FGV e que abarca todos os portes, foi parecido, ao recuar 0,5 ponto, chegando a 91,4 pontos. Ao confrontar a crédito das micro e pequenas empresas com a crédito dos demais portes, a Indústria é o único setor em que a crédito do primeiro grupo é superior ao do segundo.