Os pequenos produtores de moca que fazem secção das regiões com registros de Indicações Geográficas (IG) serão destaque na 11ª Semana Internacional do Café (SIC), que começa nesta quarta-feira (8), em Belo Horizonte (MG). Com base do Sebrae, produtores de 15 IGs vão marcar presença na feira, considerada um dos maiores eventos do setor cafeeiro no mundo. Nessa edição, o tema médio do evento é “Origens produtoras – uma visão de porvir para uma novidade enxovia do moca”, com a perspectiva da sustentabilidade, considerada cada vez mais requisito obrigatório no mercado internacional.
No Brasil, o moca é o resultado que detém o maior número de registros de Indicação Geográfica, seja ela, a modalidade de Denominação de Origem (DO) ou Indicação de Proveniência (IP). O registro é expedido pelo Instituto Pátrio de Propriedade Industrial (INPI). São grãos reconhecidos pelo elevado padrão de qualidade, cultivados em territórios com características específicas com tradição do saber-fazer.
O Sebrae atua em 38 regiões produtoras de moca de 14 estados. Atualmente, existem 16 selos de Indicação Geográfica, registrados no INPI, em 15 regiões brasileiras. A exegeta de Competitividade do Sebrae Pátrio Carmen Sousa ressalta a valia do tema dessa edição. Estamos conectados e o nosso projeto é reposicionar estrategicamente para o mercado vernáculo e internacional a cafeicultura Brasileira. Faremos isso integrando as diferentes regiões e atores da enxovia, construindo um portfólio de marcas, produtos e serviços, com o objetivo de reunir valor, gerando mais riqueza e libido em todos os públicos estratégicos da cafeicultura Brasileira.
“Atuamos para que o moca do pequeno produtor com o registro de IG seja reconhecido ainda mais pela sua qualidade e sustentabilidade. Os cafés brasileiros diferenciados, certificados precisam ser mais valorizados no mercado interno e extrínseco. O produtor está cada vez mais interessado em reunir valor ao resultado. Já é verdade, há várias marcas ofertadas e à venda em várias cafeterias, empórios, micro torrefações, supermercados. O consumidor final é exigente e tem entrada a produtos de qualidade e com práticas sustentáveis, proporcionando entrada a experiência única, identificado em QR-code nas embalagens. Esse processo de inovação tem sido valorizado no mercado e a própria indústria tem se posicionado de forma dissemelhante, com seus programas de qualidade, embalagens e linhas diferenciadas”, frisou.
A expectativa é que a SIC 2023 atraia, no pavilhão do Expominas, mais de 20 milénio pessoas de até 40 países dispostas a se conectar e gerar oportunidades para toda a enxovia do moca brasiliano no entrada a mercados, conhecimento e negócios.
Além de produtores e representantes de empresas, também participam pesquisadores, especialistas, baristas, mestres de torras e coffee lovers, conhecidos porquê apreciadores de moca. O evento é gratuito para produtores rurais, empresas do setor e visitantes internacionais. Para pessoa física, haverá cobrança de ingresso, no valor de R$ 60. Clique aqui para se credenciar.
Experiência sensorial
O espaço do Sebrae vai promover o produtor, as regiões produtoras e o resultado. Serão divulgados os cafés produzidos em regiões produtoras em que a instituição atua, entre elas, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Rondônia. A exegeta de Competitividade conta que o visitante do estande terá uma experiência sensorial. “O público terá a chance de saber todo o processo de produção do moca dessas regiões, a partir do zelo que o produtor tem desde o plantio, da colheita e secagem até a xícara do consumidor final. Também vai poder degustar os cafés e ainda participar de dinâmicas, com recta a brinde privativo”, enumera.
De contrato com Carmen, com base do Sebrae, os produtores também vão poder realizar cupping com compradores nacionais e internacionais. Ou por outra, o Sebrae vai oferecer gratuitamente o serviço de diagnóstico de ESG, que verifica boas práticas nos aspectos de sustentabilidade ambiental, social e governança dos negócios da empresa.
Programação
Os três dias da SIC 2023 vão permitir conexões com o que há de mais inovador no mercado de moca, com compartilhamento de conhecimento entre os líderes e gestores do setor. A feira vai oferecer conteúdos, por meio de palestras, cursos, workshops, provas de moca e degustações orientadas.
É o caso do debate sobre a digitalização das Indicações Geográfica que acontece no dia 8, na Sala de Perceptibilidade de Mercado, com a presença da exegeta de Inovação do Sebrae Pátrio Hulda Giesbrecht. Além dela, participam Antônio Carlos Tafuri, exegeta de produtividade e inovação da Sucursal Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luciano Grassi Tamiso , COO da Agtrace, Marina Zimmermann, assessora técnica da Confederação da Lavoura e Pecuária do Brasil (CNA), e André Maltz, CEO da Agtrace.
Entre as competições, destacam-se o concurso Coffee of the Year Brasil 2023, em que os melhores cafés brasileiros da safra novidade serão conhecidos (muitos deles são apoiados pelo Sebrae), o Encontro Mineiro das Cooperativas de Moca – OCEMG e o Campeonato Brasílico de Barista, das quais vencedor irá simbolizar o Brasil no campeonato mundial em 2024.
