Motivado pelo objetivo de levar o que há de mais moderno em tecnologia para uma das atividades econômicas com maior efervescência do interno do estado, a produção têxtil, o Metrópole Parque faz segmento de um novo projeto, levado pelo Sebrae no Rio Grande do Setentrião, que promete digitalizar 180 oficinas de costura do RN. Intitulada Mais Performance Voga, a iniciativa visa inserir pequenos negócios do ramo têxtil ao contexto da Indústria 4.0 – fazendo com que o uso de tecnologia de gerenciamento de dados possa otimizar linhas de produção, diminuir perdas e ampliar resultados, o que contribui para o desenvolvimento e expansão de diferentes tipos de negócios.
A solução tecnológica empregada no projeto foi desenvolvida pela startup NUT – empresa vinculada ao Metrópole Parque especializada em coleta e uso de dados – e consiste em um sistema web, um aplicativo e um dispositivo de hardware, que permitem ao usuário escoltar toda a risco de produção, possibilitando que a gestão solucione, em tempo real, possíveis gargalos na fabricação das peças, de modo a otimizar recursos humanos e materiais.
“Na prática, tanto o sistema uma vez que o aplicativo servem para o usuário monitorar, em tempo real, a produção das roupas em sua oficina. O sistema é conectado com a internet, de maneira que os dados são armazenados em nuvem e podem ser acessados toda vez que for preciso”, explica Dalila Monteiro, COO da NUT.
Já o hardware consiste em uma espécie de caixa pequena, acoplada na mesa dos operadores, por meio do qual é provável, ao toque de um botão, registrar o início e o término na produção de peças. Esse dispositivo é diretamente conectado ao sistema web, de modo que seus registros geram gráficos em tempo real e, a partir disso, apontam informações uma vez que produtividade por operador, gargalos, desempenho universal, tempos improdutivos, entre outras. A proposta compõe uma das linhas de atuação prioritárias do Sebrae, que tem o intuito de otimizar o setor têxtil do Rio Grande do Setentrião, diminuindo, para isso, os déficits produtivos.
“Existem muitas lacunas de competitividade nesses empreendimentos, principalmente em suas relações com os grandes varejos da voga. As oficinas ainda não possuem conhecimento e o capital suficientes para investir em pesquisa, desenvolvimento e em equipamentos para inovação. Foi daí que surgiu a teoria de usar a tecnologia para solucionar ou reduzir esses problemas”, comenta Lorena Roosevelt, assessora de Parecer Deliberativo do Sebrae.
Com investimento inicial de R$ 650 milénio, podendo chegar a mais de R$ 1,5 milhão na segunda tempo, o Mais Performance Voga foi sancionado em primeiro lugar no edital Do dedo.BR – iniciativa da Filial Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) que apoia projetos de transformação do dedo para negócios de micro, pequeno e médio porte. Além do Sebrae, do Metrópole Parque e da NUT, o projeto também recebe o escora da Federação das Indústrias do Rio Grande do Setentrião (Fiern) e do Núcleo de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER).
Iniciada em outubro de 2022, a iniciativa é conduzida em duas etapas: “tempo piloto” e “graduação”. A primeira acontece junto a 60 oficinas e procura validar a tecnologia junto às empresas envolvidas, de modo a determinar a adesão da solução do dedo nesses contextos de produção.
Em seguida, uma vez validada a tempo piloto junto à ABDI, o Mais Performance será expandido para outras 120 oficinas do estado, de modo que todas recebam a solução completa e possam monitorar sua produção digitalmente.
As oficinas contempladas pelo projeto estão localizadas em diferentes municípios do estado, principalmente os situados na região Seridó – uma vez que Caicó, Currais Novos e Parelhas. Caso aprovada em sua totalidade, a iniciativa terá duração de um ano e oito meses.
Indústria potiguar
Atualmente, a indústria têxtil potiguar responde a 4,5% do Resultado Interno Bruto (PIB) do estado, segundo a Fiern. Somente no contexto das oficinas de costura, essa atividade econômica gera mais de 4 milénio empregos, conforme dados do próprio Sebrae.
Não obstante toda essa expressividade, segundo Lorena Roosevelt, existe uma vazio competitiva entre as pequenas empresas confeccionadoras de peças e os grandes empreendimentos varejistas do mercado da voga. Exemplo disso é o indumentária das 180 oficinas têxteis mapeadas para o Mais Performance ainda utilizarem papel, ou planilhas, para registrar seus índices de produtividade.
Apesar de geral, a prática manual desconsidera uma série de vantagens inerentes à Indústria 4.0, uma vez que uso inteligente de dados para melhorias contínuas no processo fabril. Tal falta de modernização pode desencadear, principalmente com o mercado do dedo, uma defasagem frente ao que é exigido hoje pelo público consumidor.
“Sabemos que os requisitos de eficiência, produtividade e qualidade esperados pelo consumidor da voga são altos e crescem cada vez mais. Todo o contexto do consumo do dedo – em que se pesquisa mais e se tem um leque de opções de produtos muito maior do que antigamente – induz as grandes empresas têxteis a acompanharem esses padrões, o que também é repassado para as oficinas de costura”, comenta Lorena Roosevelt.
A solução, portanto, passa pelo fortalecimento da Indústria 4.0, que, mesmo não sendo comumente associada aos pequenos negócios – pode fazer a diferença na fabricação de peças em curta graduação.
“Mesmo em uma produção completamente manual, uma vez que é a dessas oficinas, é provável extrair dados produtivos, principalmente aqueles relacionados ao tempo. O pequeno empresário pode identificar facilmente as razões de possíveis quedas de produtividade e tratar do problema em tempo hábil”, complementa Dalila Monteiro.
Em nível de mercado, o chegada a dados, preconizado pela Indústria 4.0, também contribui, segundo ela explica, para o aumento da competitividade, visto que o chegada a indicadores garante às pequenas empresas mais segurança e transparência na hora de negociar com grandes corporações do ramo.
Para Vanderlúcia Oliveira, facilitar administrativa da Zaja Confecções, oficina de costura do município de Cerro Corá (RN) com mais de 15 anos no mercado, a transformação do dedo promovida pelo Mais Performance tem gerado ganhos principalmente no quesito de otimização do tempo.
“O indumentária do gerente de produção não precisar mais apurar, manualmente, a produtividade de seus operadores nos permite lucrar tempo e, consequentemente, o nosso faturamento também é otimizado. Só temos ganhos, melhorias e pontos positivos com o dispositivo”, avalia Oliveira. A empresa atende clientes tanto do RN uma vez que de outros estados, contando com uma marca própria de roupas e empregando mais de 120 profissionais.