Uma oficina com participação de professores de diferentes estados do país discutiu práticas e abordagens pedagógicas, com foco na instrução empreendedora, durante o Festival LED – Luz na Ensino, que ocorre no Rio de Janeiro, nesta sexta e sábado (21 e 22). Na tarde de ontem, por muro de duas horas, debates, exemplos e trocas de experiências foram proporcionadas pela oficina “Uma vez que trabalhar o componente curricular projeto de vida e as competências socioemocionais na instrução básica?”, promovida pelo Sebrae, em conjunto com o Meio Futura, durante o evento. O festival é produzido pela Orbe e Instauração Roberto Oceânico, em parceria com a Editora Orbe.
Formado em Letras e atualmente doutorando em psicossociologia, Victor Meirelles, que atua uma vez que professor na instrução básica no Rio de Janeiro, contou durante a atividade sobre o uso da arte e da cultura, numa abordagem empreendedora, para falar de temas considerados áridos por segmento dos alunos. Ele deu o exemplo de um estampa do Pato Donald que traz noções de aritmética para quebrar barreiras sobre o teor. Ou de ferramentas das redes sociais que podem funcionar uma vez que instrumento de pesquisas ou checagem de informações.
“Ao se falar na produção de uma pizza, é provável trabalhar toda uma interdisiciplinariedade. Existem as fatias, os ingredientes que vão em cada uma, para falar de matemática. Podemos falar da química, porque vai ao forno e assa. Tem a literatura, pois a receita precisa estar escrita em qualquer lugar. Com esses recursos, fica mais saboroso aprender sobre matemática, literatura, química, o próprio linguagem italiano”, aponta Victor.
–
As barreiras enfrentadas no dia a dia para serem empreendedores no ofício de ensinar também foram trazidas ao debate. Thaiane Machado, professora em Salvador, destacou a pasteurização dos conteúdos e formas de ensinar. “O padrão que vai para uma escola de Brasília é o mesmo que chega à escola de Salvador. E há contextos, até mesmo emocionais, muito diferentes”, aponta. “Em Salvador, as aulas só começam para valer depois do Carnaval, é péssimo, aí eu me pergunto: por que não pegar o carnaval, que é uma sarau popular, que tem história, arte, cultura, geografia, território, entre outros temas envolvidos, e cada disciplina não traz isso? Porque o padrão vem de cima para reles”, afirma.
Luana Carulla, coordenadora do Sebrae Pátrio, considera que a oficina cumpriu seu objetivo. “Exploramos possibilidades de desenvolver as competências empreendedoras a partir de atividades dinâmicas, e também disseminamos as soluções do Sebrae com o Meio Futura, potencializando o nosso EAD [ensino a distância]. Houve engajamento e muitas perspectivas de emprego desses conhecimentos”, destaca Luana.
Quiz no LED
Na segmento externa do Festival LED, que acontece no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio, o Sebrae montou um espaço para vulgarizar a Ensino Empreendedora. Estudantes, professores e visitantes em universal do evento puderam participar de um quiz, com perguntas sobre o tema.
Bruna Rodrigues, de 19 anos, estudante de Psicologia, participou da ação. “O empreendedorismo é uma tema muito falado na internet e entre as pessoas, mas não muito nesse sentido de comprar habilidades não só para furar uma empresa, mas para a sua vida em universal”, diz a pequena.
Alice Lieban, de 22 anos, estudante de Artes Cênicas, também passou pelo sítio. “A gente que trabalha com arte, de certa forma, também precisa ser empreendedor. Acho que esse tema conversa muito com a nossa veras, de quem tem que gerar projetos, consertar numerário para esses projetos”, comenta Alice.
O Festival LED – Luz na Ensino ocorre entre os dias 21 e 22 de junho no Rio de Janeiro. São dois dias de muito teor sobre tecnologia, saúde emocional e crise ambiental, além do papel da instrução nessas discussões. Nomes uma vez que Angela Davis, Ailton Krenak, Criolo, Mário Sérgio Cortella, Felipe Neto, Marcos Mion e Fábio Porchat participam do evento.
