Responda sinceramente: você sempre joga fora a comida quando vê que já passou a data de validade?
Se a resposta foi “sim, simples, ou você acha que eu sou porco?”, você deve repensar essa posição.
Nos Estados Unidos, há um poderoso debate sobre a urgência de se fabricar uma legislação mais inteligente para rotular víveres, no que diz reverência ao prazo seguro de consumo.
Segundo uma reportagem do site Business Insider, todo ano são desperdiçadas pelos americanos 5 milhões de toneladas de comida que acabam no lixo por excesso de cautela.
Isso, de conformidade com o texto, resulta num gasto médio anual de US$ 1500 por família. Grana que vai direto da conta bancária para o aterro sanitário.
É evidente que cada país tem suas peculiaridades, em próprio quando se trata de legislação. Nos EUA, há tapume de 60 tipos diferentes de rotulagens para a validade da comida.
Uma confusão dos diabos. Na maioria das vezes, a validade não é assertiva quanto a descartar o manjar na tal data.
As embalagens americanas costumam trazer a frase “best before” (“melhor antes de”), seguida do dia do vencimento. Não fica simples se é seguro ou não aventurar meter pra dentro a comida depois disso.
Naturalmente, a maioria das pessoas acha melhor fazer o que é melhor. E lá se vai um rango quase perfeitamente bom para o lixo.
No Brasil, a termo da etiqueta é quase sempre “validade”. Ou seja: passou do prazo, está nulo.
Certamente essas datas não são definidas no pontapé. Há profissionais altamente competentes por trás do cômputo do risco sanitário.
A data de validade existe para ser respeitada pelo transacção. Não defendo em hipótese alguma o relaxamento da observância dessa norma por supermercados e afins. Expirou, perdeu.
Uma vez na sua vivenda a comida, há de se agir com bom siso.
Porque a lei precisa generalizar. Põe vencimento em sal e açúcar, coisas que duram uma evo. Coloca no mesmo balaio víveres que estragam e outros que só ficam menos gostosos ou nutritivos.
Se não for assim, vira a algaravia que é a rotulagem gringa.
Porque os prazos levam em conta condições de transporte e armazenamento aquém das ideais. E ainda incluem uma margem extra de segurança na data de validade.
Pegue o caso do ovo. O prazo carimbado na bandeja se refere a ovos armazenados em temperatura envolvente, em qualquer estação do ano e em qualquer região do país.
Só que ovo carioca de verão apodrece mais rápido do que o ovo invernal de Campos do Jordão. E ainda mais velozmente do que um ovo guardado na geladeira.
Mais do que tudo, treine e confie nos seus sentidos, no olfato em próprio. Cheire o leite desobstruído há cinco dias, mas que ainda não azedou. Cheire tudo antes de consumir ou cozinhar.
Se a validade expirada não é uma sentença de lixo para o manjar, o contrário também pode suceder. Já cansei de me livrar de músculos dentro da validade, mas que empesteou a vivenda de odor putrefato quando tirei da embalagem.
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