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Psoríase: pacientes têm alto índice de transtorno mental – 29/10/2023 – Equilíbrio e Saúde

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A comentador de mídias sociais, Luana Cianci, passou a puerícia e puberdade se sentindo deslocada dos colegas. Usava blusas com gola subida e mangas compridas, mesmo no calor do verão no Ceará, onde se mudou com a mãe e o padrasto aos 9 anos. Subida e magra, cobria os braços para esconder as lesões de uma quesito que ainda compreendia pouco.

O pai, que era farmacêutico, ajudou em uma consulta com uma dermatologista do Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde recebeu o diagnóstico de psoríase. Na era, ele lhe entregou uma pasta com documentos explicando a quesito, mas ela não deu muita esfera.

Posteriormente passar por um período de difícil corroboração, aos 15 anos, teve uma novidade crise com lesões. Sentia-se sozinha, e não conseguia se encaixar em grupos de amigos. Aos 17, tentou tirar a própria vida. “Ali, eu renasci. Fiquei uma semana internada no hospital e decidi: ou eu me aceito, e aceito minha própria pele, ou isso não vai dar manifesto”, conta.

Agora, aos 28 anos, participa com orgulho de sua 7ª campanha para o Dia Mundial da Psoríase, neste domingo (29). Apesar de Luana já ser considerada paciente em remissão, o estigma associado aos sintomas ainda leva muitos a atrasarem o diagnóstico.

A psoríase é uma doença sistêmica, inflamatória, crônica e autoimune, que culpa placas avermelhadas espessas na pele, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas. Ela acomete de 1 a 2% dos brasileiros, ou tapume de 5 milhões de pessoas, de negócio com a associação Psoríase Brasil. Não há diferença da prevalência entre homens e mulheres.

A compreensão mais recente é que ela tem um componente genético, que pode ser hereditário, mas também é desencadeada por fatores ambientais. Em universal, a doença tem dois picos, um no início da puberdade e outro entre 40 e 50 anos, explica a dermatologista Aline Bressan, rabi em ciências médicas pela Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

“O que vem muito para o consultório são pacientes que desistiram porque foram orientados que é uma doença de fundo emocional, que a culpa é dela. Não é assim. O estresse, a ansiedade, são fatores agravantes, assim porquê obesidade, tabagismo, e a própria psoríase também pode ser um fator de risco para doenças cardiovasculares e hipertensão“, afirma.

A doença não é contagiosa, mas muitos pacientes sofrem com preconceito e discriminação da sociedade. “Eles relatam que sempre tem alguém que troca de lugar na sala ou no ônibus para não sentar ao lado. Tem um ignorância na população sobre a psoríase. No trabalho, podem ser chamados a atenção ao usar um uniforme ou roupa preta, já que as escamações, principalmente do pele cabelo, se parecem com uma caspa grossa, portanto é uma situação delicada”, diz.

Na psoríase, devido a uma resposta imune exagerada da própria pele, células da derme se acumulam e descamam, podendo fomentar inflamações e até sangramentos. Em universal, as lesões são localizadas no pele viloso, joelhos e cotovelos, e pode também comparecer nas unhas e outras regiões, porquê axilas.

Segundo Marcelo Pinho, reumatologista e membro da Percentagem de Espondiloartrites da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia,) tapume de 30% dos casos de psoríase são graves e podem evoluir para a chamada artrite psoriásica (quando acomete as articulações), psoríase pustulosa e outras, além de ser também fator de risco para outras condições, porquê obesidade e síndrome metabólica.

“Não chamamos mais de artrite psoriásica, porque entendemos a doença porquê um todo. Os sintomas dos pacientes são muito complexos, eles têm desde queixas de dores nas costas até lucro de peso, alterações no tubo estomacal, mudanças de humor, tudo isso relacionado à inflamação do organização [da psoríase]. Por isso, é fundamental uma abordagem multidisciplinar do tratamento”, afirma.

É por essa razão que muitos dos pacientes com doença psoriásica também têm cumeeira proporção de depressão e saúde mental prejudicada, explica o médico. “Eles têm risco ressaltado para depressão, sofreguidão e AVCs [acidentes vascular cerebral]. E os fatores porquê tabagismo e consumo de ultraprocessados pioram a quesito psoriásica.”

Mudança de dieta, reduzindo o consumo de alimentos altamente inflamatórios, porquê carboidratos, açúcar e ultraprocessados, é uma das formas de facilitar no tratamento. A prática de atividade física e a exposição ao sol também contribuem.

“Se você fizer uma bariátrica, reduz em duas a três vezes o risco da psoríase evoluir também para a forma grave. Portanto é preciso compreender as necessidades fisiológicas do paciente, qual o nível de acometimento dos demais órgãos”, afirma.

Tudo isso, é simples, tem um alto componente psicológico, segundo a dermatologista Bressan. Por isso, não é um tanto tão simples quanto expor “a psoríase é desencadeada por fatores emocionais”.

“Compreendemos que não é fácil fazer essa mudança, esse hábito de vida. Todo paciente psoriásico sabe que, quando está nervoso, pode ter uma novidade crise. É importante também manter a segmento da sintoma na pele sob controle, com hidratação e o uso dos medicamentos tópicos, para não evoluir para forma grave”, pontua.

Hoje, há medicamentos que conseguem fazer um bloqueio na transição da período ligeiro, que é manifestada principalmente na pele, para a período grave. “Temos entrada tanto no SUS [Sistema Único de Saúde] quanto na rede conveniada de planos de saúde os medicamentos conhecidos porquê imunobiológicos, que são terapias avançadas”, diz Pinho. “E, simples, ter um dermatologista, um reumatologista, um nutricionista, um cardiologista, todos os especialistas atendendo aquele paciente, é também fundamental.”

No caso de Cianci, seus exames, consultas e medicamentos são todos feitos por uma equipe multidisciplinar no SUS.

“Eu tenho hoje uma vida igual a de pessoas sem psoríase, faço tudo normal. Tenho sorte também de ser alguém que leva informação sobre psoríase, não só pelas campanhas, mas no meu trabalho. Portanto, lá detrás, aquela Luana que não falava com ninguém, cabisbaixa, roupa totalmente fechada, que só via a piora da minha pele, ela não existe mais”, completa.

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