Ah, uma vez que é incrível reprofundar na cultura pérsico em Teerã. Dançar sem compromisso numa mansão de músicos que você conheceu no mesmo dia em Havana! E o que é o passeio de paquete em Hvar até a caverna azul?
Frases assim saem facilmente da boca de quem já foi ao Irã, a Cuba e à Croácia. E eu poderia facilmente reproduzi-las uma vez que minhas, aliás, uma vez que acabei de fazer supra. Mas eu estaria blefando.
Eu nunca fui a nenhum desses três países. Aliás, não conheço uns 80 deles, pelo menos segundo a lista de nações reconhecidas pela ONU. Sim, eu sei, na minha contabilidade, já somo 114 países. É bastante, mas ainda falta tanto!
Esse número talvez seja familiar para quem acompanha minhas aventuras. Já há qualquer tempo, quando em alguma entrevista me perguntam quanto países eu conheço, a resposta vem rápida: 114.
Ocorre que desde a pandemia esse placar permanece fixo. Até 2019, eu tinha sempre o objetivo de incluir dois, se provável três, países por ano nela. Mas aí… muito, você sabe o que aconteceu.
Desde que as fronteiras se abriram, diga-se, lentamente (minha adorada Tailândia, por exemplo, só foi totalmente liberada para turistas no final do ano pretérito), eu já fiz várias viagens internacionais. Todas elas, porém, para destinos já conhecidos.
Muitas dessas aventuras você acompanhou cá, uma vez que a recente viagem a Paris para comemorar meus 60 anos. E, entusiasmado uma vez que sempre, eu talvez tenha escondido essa minha… chamemos de frustração: a de não estar colecionando novos carimbos no meu passaporte.
Muito, os ventos vão mudar. Aliás, já estão mudando! No momento em que você lê isso, eu já estou pisando no que os antigos navegadores chamavam de “terreno incognita”.
Talvez não tão incógnita assim, já que estou em uma cidade que não é exatamente nos confins do mundo. (Não, eu não vou descrever ainda onde estou!). Mas tudo nas próximas três semanas vai ser novo para mim!
Nessa lista de países ainda não explorados, além dos três que já citei ali no início, existem dezenas que eu sonho em saber. Alguns deles de difícil entrada, é verdade, uma vez que o próprio Irã, que, se já é complicado para um turista em universal, imagine para um que é jornalista!
Nações em conflito grave, uma vez que a Rússia e, mais recentemente, o Sudão, estão fora de questão por enquanto. E destinos uma vez que a Coreia do Setentrião, o Iêmen e o Paquistão, parafraseando Tolstói quando escreve sobre famílias infelizes, são complicados a sua maneira.
Aí você tem os lugares mais remotos, pelo menos para nós cá no Brasil, uma vez que Nauru, Guam, Palau, nomes que as ondas da Oceania trazem aos nosso ouvidos com um misto de encantamento e curiosidade. Mas essa é uma região do planeta que prefiro deixar para o final da lista.
Cá “do lado”, sempre olhando de horizontes brasileiros, temos “as Guianas”: a Francesa, a antiga holandesa (Suriname) e a antiga inglesa (que reteve o nome original, Guiana). Porquê estão cá perto, sempre acho que posso visitá-las a qualquer momento.
Tenho lacunas na América Mediano (poucas) e Caribe (muitas), mas isso eu resolvo uma outra hora. E na África, muito… Paladar de expressar, com orgulho, que já visitei 16 países no continente. Mas quando você lembra que são 54 no totalidade, dá um manifesto desespero: vai fechar a conta?
Muito, vou chegar mais perto disso até o final de maio. E vou descrever para você. Não agora. Não uma vez que um spoiler. Não, não é tortura, tampouco superstição.
É somente a vontade de, nos próximos dias, viajar uma vez que na Antiguidade, antes de as redes sociais entrarem nas nossas vidas.
Vou simplesmente viajar.
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