O que a terreno natal de Pedro Álvares Cabral e “Casa do Dragão”, série derivada de “Game of Thones“, têm em geral?
Tanto Belmonte, onde nasceu o desbravador português que aportou no Brasil em 1500, quanto Monsanto, lugarejo que virou locação da novidade série que sucedeu a de maior sucesso da HBO, são destinos pouco explorados na região mediano de um Portugal medieval.
A zona de 300 km situada entre o Porto e a capital Lisboa abriga 12 aldeias históricas, regiões vinícolas e o Parque Pátrio da Serra da Estrela. “É uma espaço com uma rede de aldeias preservadas ao longo de séculos com castelos e fortalezas”, diz Pedro Machado, presidente da Escritório Regional de Promoção Turística do Núcleo de Portugal.
Aldeias com suas construções em granito se somam a outras 23 erguidas com xisto, pedra negra usada em edificações típicas da espaço.
Denominadas aldeias históricas a partir de 1995, surgem pela vontade de sucessivos reis na Idade Média para povoar e proteger o território fronteiriço com a Espanha.
E assim foi construída uma série de fortificações uma vez que a de Monsanto, encravada no elevado de uma encosta. Um cenário cinematográfico, literalmente. A fortaleza remonta ao tempo dos Cavaleiros Templários. Conhecida uma vez que “a lugarejo mais portuguesa de Portugal”, foi tomada pela trupe de filmagem de “Vivenda do Dragão” em outubro de 2021.
Com 800 moradores, Monsanto foi escolhida para narrar a história da Vivenda Targaryen, 300 anos antes dos eventos de “Game of Thrones”. É chamada de “a cidade das pedras”, graças aos gigantes blocos de granito espalhados em meio às construções e colinas escarpadas, perfeitas para o universo criado por George R.R. Martin em “Queimação e Sangue”, livro que originou a série.
Espectadores, leitores e simples turistas podem respeitar o forte lugar no elevado da serra, a Pedra do Dragão da ficção, com vista espetacular da Serra da Estrela. É preciso preparo físico para chegar ao topo, atingível somente a pé.
Para os locais, as filmagens foram um transtorno. O proprietário do restaurante Petiscos & Granitos, João Salgueiro, diz não ser fã da série. “Não pudemos transfixar as portas durante as gravações”, conta o proprietário da simpática tasca, onde se pode saborear costela de borrego (ovelha com até um ano).
Atores e técnicos perderam a chance de saber o banheiro do lugar, que dá para uma rocha imensa desgarrada da serra, convertida em parede procedente do envolvente. Um pouco supra do restaurante esbarra-se em uma vivenda que parece saída do traçado entusiasmado “Os Flintstones”, com um conjunto de pedra servindo de telhado.
A série trouxe mais visitantes, que encontram em Monsanto e periferia vestígios arqueológicos que datam da ocupação romana e da conquista do lugar por Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. O régio expulsou dali os mouros em 1165. As muralhas, grutas e capelas são testemunhas desse pretérito, assim uma vez que o forte edificado pela Ordem dos Templários no século 12.
A porta de ingressão da região é a cidade de Viseu, também reconquistada dos mouros, que tem uma vez que atração a imponente catedral gótica.
“As aldeias são um passeio para além dos destinos famosos da região, uma vez que Coimbra, sabido pela universidade mais antiga do mundo, e Fátima, núcleo de romagem religiosa”, diz o guia José Manuel Domingues Santos, da Madomis Tours.
Para os brasileiros, uma visitante obrigatória é Belmonte, onde tremulam na torre do forte as bandeiras de Portugal e Brasil, numa homenagem a Cabral. A poucos metros dali, fica a pracinha com o busto do transcendente, protagonista da Era dos Descobrimentos.
Nessa pegada histórica, chega-se a Tomar, com seu magnífico convento com oito claustros, onde a história dos cavaleiros templários na península ibérica pode ser revivida. O Convento de Cristo é uma estrutura monumental muito preservada, assim uma vez que o Aqueduto dos Pegões, construído em 1593 com 6 km de extensão para abastecer o claustro.
Outra paragem é o Mosteiro de Alcobaça, patrimônio da Unesco desde 1989. Na construção de quase 900 anos repousam os túmulos de Pedro e Inês, protagonistas da trágica história de paixão. Alcobaça respira a versão lusitana de “Romeu e Julieta”, dedicando ao parelha Pedro 1º (de Portugal) e sua rainha póstuma, Inês de Castro, um roteiro romântico pelas ruas da cidade.
É oportunidade para entender o enredo que levou à frase “agora, Inês é morta”. O pai de Pedro, o rei Afonso 4º, não aprovou o romance do príncipe com a senhora de companhia de sua futura mulher. O rei e seus conselheiros decidiram, logo, matar a espanhola Inês, prenúncio à linhagem real portuguesa.
“Depois de subir ao trono, Pedro teria desenterrado o corpo da namorada para ser coroado e levado até Alcobaça, onde repousam eternamente juntos”, relata Sônia Vicente, técnica de turismo do município. Uma mito que está no imaginário português e em “Os Lusíadas”, de Camões.
No rotação devotado ao parelha no núcleo de Alcobaça, obras de arte em cerâmica e porcelana contam a história de paixão. Caminhos que traduzem a espírito lusitana e os ecos de um Portugal medieval.
A jornalista viajou a invitação Escritório Regional de Promoção Turística do Núcleo de Portugal
ONDE FICAR
Viseu Charming Spa Hotel
R. do Hospital 3500-161, Viseu. Mais informações.
Hotel República
Rossio da República, 2300-550, Tomar. Mais informações.
Montebelo Mosteiro de Alcobaça Historic Hotel
R. Silvério Raposo, 2460-075, Alcobaça. Mais informações.