Rio de Janeiro
São cinco anos de curso e Rebecca (ela optou por tirar o MC de seu nome artístico) finalmente terá um álbum para invocar de seu. Ainda sem nome, o trabalho está previsto para ser lançado em setembro e até lá algumas faixas serão divulgadas previamente.
Nesta quinta-feira (15), vêm dois singles de uma tacada só: “AEIOU” (feat com Pabllo Vittar e Vivi) e “Afrodisiak”. “São duas músicas que têm tudo a ver comigo e inauguram a temporada mais profissional da minha curso”, diz Rebecca.
A batida do funk que fez a renome da cantora continua sendo seu ponto possante, ela não abandona suas raízes, mas decidiu investir em outros ritmos, porquê trap, rhythm and blues e as baladas românticas. “Evidente que têm as canções comerciais e também as proibidonas [músicas com letras que fazem menção ao sexo, à criminalidade e à violência]. Não posso decepcionar o público que me acompanha desde o início”.
Os lançamentos contam com direção de arte de Giovanni Bianco, que recusou parceria com Lady Gaga por achá-la feia, e já trabalhou com Madonna, Gisele Bündchen e Anitta. Por falar em Anitta, Rebecca conta que troca mensagens quase diariamente com a amiga, com quem mantém um grupo em um aplicativo (Lexa e Pocah também fazem segmento da turma). “Anitta é incrível, temos uma relação de cumplicidade linda” diz ela, que não esconde: anda um pouco cansada da rivalidade que cismam em imputar às funkeiras.
Sororidade é o que não falta entre elas, garante Rebecca. “Isso [rivalidade] não existe, e graças a Deus, eu e as meninas temos maturidade para mourejar com essa ‘polêmica’. Inclusive, quando uma de nós vai lançar uma coisa, sempre avisamos para não impactar o trabalho da outra”, comenta a carioca de 25 anos, nascida e criada no Morro do São João, zona setentrião do Rio.
Rebecca fala bastante sobre sobre sexo em suas letras e vê seu nome continuamente associado à Anitta -mas não exclusivamente porquê amigas. Basta um Google rápido para encontrar várias menções às duas porquê um par, ex-affair, ex-ficantes, e suas variações. Ela nega. Diz que são amigas e só.
A cantora, aliás, está solteira e não pretende permanecer assim por muito tempo. “Podem dar em cima de mim”, brinca. “Sou bissexual. Sempre recebi cantadas de homens e mulheres. Normal. Me interesso por pessoas”, diz. “Venham, podem vir!”.