Os pequenos negócios mineiros têm, cada vez mais, entendido a influência e investido em ações de multiplicidade dentro das empresas. De concórdia com a pesquisa “Diversidade, Equidade e Inclusão”, realizada pelo Sebrae Minas, 50% das pessoas entrevistadas acreditam que o tema é muito relevante e 66% afirmam que estimulam ações de promoção à multiplicidade em suas empresas. A pesquisa inédita ouviu 1.126 empreendedores de todo o estado entre os meses de maio e junho de 2023.
Segundo o levantamento, entre as pessoas que afirmaram promover ações de multiplicidade, a maioria (66%) disse que investe em iniciativas voltadas para a paridade racial. Em seguida, 45% afirmaram que estimulam ações a término de promover a paridade de gênero, 40% visando à inclusão de pessoas mais velhas e 28% voltadas aos direitos LGBTQIAPN+.
“Diante de todas as mudanças ocorridas na sociedade, é fundamental estimular o debate e conscientizar sobre a relevância do tema multiplicidade, isenção e inclusão, principalmente no meio corporativo. O objetivo da pesquisa foi examinar o perfil das pessoas empreendedoras em Minas Gerais e compreender suas percepções sobre o tema, visando apoiá-las na implementação de estratégias e ações voltadas aos públicos desfavorecidos e minorizados da sociedade”, destaca o presidente do Recomendação Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Resultados
De concórdia com a pesquisa, 66% das pessoas entrevistadas realizam qualquer tipo de ação de promoção à multiplicidade. No entanto, vale observar que a maioria dos (as) entrevistados (as), 77%, informou que não possui nenhum resultado ou serviço em sua empresa voltado especificadamente para o público minoritário (LGBTQIAPN+, pessoas com deficiências, de corpos diferentes, negras ou mais velhas). Quando perguntados sobre a influência do tema multiplicidade dentro das organizações, 50% afirmaram que é muito relevante e exclusivamente 12% disseram que levante é um tema irrelevante ou pouco relevante.
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A pesquisa perguntou, ainda, qual era a primeira teoria que vinha à cabeça sobre o tema multiplicidade no contextura corporativo. A teoria que preponderou foi a de que “somos todos iguais”, apontada por 47% dos (as) entrevistados (as). Somente 11% afirmaram nunca ter parado para pensar a saudação e 3% acreditam que é um tema da tendência e que logo passará.
Outro oferecido que labareda atenção é que metade das pessoas entrevistadas afirmaram que possuem funcionários (as) ou prestadores (as) de serviços. Dentre essas, exclusivamente 53% incluem qualquer tipo de multiplicidade no seu quadro de profissionais. Dentre os tipos de multiplicidade mais contemplados estão: racial (69%), etária (51%), gênero (47%) e LGBTQIAPN+ (42%).
“Tais resultados sinalizam que os (as) empreendedores(as) compreendem e valorizam a temática da multiplicidade no contextura corporativo, mas ainda há muito a prosseguir no sentido de adotar ações mais concretas, porquê políticas para a inserção de grupos minorizados no quadro de funcionários, ou a geração de produtos ou serviços para o público diverso”, destaca o presidente. “A pluralidade e a multiplicidade de pessoas trazem novas perspectivas e soluções para as empresas, contribuindo para o aumento da originalidade e inovação, e para a construção de um mercado e economia mais inclusivos”, acrescenta.
Perfil das pessoas empreendedoras em Minas Gerais
Em relação ao perfil das pessoas donas de negócios, a pesquisa revelou que a grande maioria (96%) é cisgênero. Somente 4% são pessoas trans ou não binárias. Em relação a orientação sexual, 90% são heterossexuais e 6% são homossexuais, bissexuais ou pansexuais. A maioria das pessoas que empreendem se autodeclaram negras (49%) – sendo 38% pardas e 11% pretas – e 48% se declararam brancas.
Aliás, 97% das pessoas entrevistadas responderam que não pertencem ao grupo de pessoas com deficiência (PCD) e, nos 3% que possuem alguma deficiência, as mais citadas foram deficiência visual, seguido de deficiência física e espectro autista.
Ações do Sebrae Minas
O Sebrae Minas compreende a influência de estimular ações em prol da multiplicidade. Por isso, a instituição desenvolveu o programa Sebrae de Plurais, que procura sensibilizar, conscientizar, debater e promover a multiplicidade, a isenção e a inclusão no contextura interno, com os colaboradores, e nas relações com fornecedores e clientes da instituição.
Entre as ações do programa, o Sebrae se empenha em promover encontros, congressos e seminários para debater o tema, além de iniciativas porquê o programa Sebrae Delas, que visa concordar e fomentar o empreendedorismo feminino; e o projeto social do Núcleo de Empreendedorismo Juvenil (NEJ), da Escola do Sebrae, que oferece o curso técnico em Gestão gratuito para jovens da rede pública, em sua maioria jovens da periferia, pessoas negras e mulheres, além de grupos de pessoas com deficiência (PCD).
“Essas e outras ações visam estruturar uma cultura organizacional inclusiva e contribuem para alcançarmos o nosso propósito, de impulsionar o empreendedorismo para transformar vidas”, ressalta Marcelo.
*A pesquisa “Variedade, Isenção e Inclusão” foi realizada pelo Sebrae Minas entre os dias 25 de maio e 06 de junho de 2023, com 1.126 empreendedores de todo o estado, entre microempreendedores individuais (MEI) e donos(as) de micro e pequenas empresas (MPE).
Assessoria de Prensa Sebrae Minas
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