Dimitri Payet vive grande início de 2024 no Vasco e já começa a edificar sua idolatria, sete meses depois de chegar ao Brasil. A relação virou enunciação pública de carinho do galicismo nesta sexta-feira (8).
O camisa 10 vascaíno deu longa entrevista ao “L’Equipe”, principal jornal esportivo da França, e chamou a atenção ao proferir que “sem o Vasco, estaria morrendo lentamente”.
Payet, que deu cinco assistências e marcou dois gols em nove jogos no ano, ainda revelou um sonho que gostaria de realizar em 2024: disputar os Jogos Olímpicos de Paris 2024 em seu país, a França.
Leia tópicos da entrevista de Payet ao “L’Equipe”
Saída do Olympique de Marseille e “salvação” no Vasco
O divórcio com o Olympique de Marseille não foi digerido. Honestamente, a ferida nunca vai sarar. A separação foi brutal e muito difícil para mim. Depois, você tem que conviver com isso. Quando cheguei (no Brasil), eu estava no pavimento. Foi difícil. Na minha cabeça, eu não via recuperação. Agradeço ao Vasco e à torcida que me ajudou a levantar. Foi o paixão deles que me salvou. Sem o Vasco, eu estaria morrendo lentamente
Dimitri Payet
Sonho olímpico
Só há três vagas (para maiores de 23 anos). Estou à disposição da França. Sei o que é jogar uma Eurocopa no meu país (em 2016) e foi insólito. Por outro lado, não sei porquê é competir nas Olimpíadas. Porquê galicismo, adoraria ter essa experiência. Estou à disposição da seleção francesa, seja ela qual for. Veremos. Há um treinador que vai fazer as suas escolhas, estou confortável com isso
Dimitri Payet
Pressão da torcida vascaína e aprovação da família Dinamite
A pressão é subida, e é também por isso que vim para cá. É o que eu senhoril. Eu vivo para isso. É uma forma de pressão sentir o paixão e as expectativas de milhares de torcedores. Eles esperam que você seja decisivo. Isso é ainda mais verdadeiro quando você está vestindo a camisa 10 usada por Roberto Dinamite. A família dele aprovou minha chegada e não havia porquê decepcioná-los
Dimitri Payet
Proposta do Olympiakos e escolha pelo Vasco
Tivemos longas conversas com meus assessores e minha esposa. Felizmente, eles estavam lá para me motivar. Havia também o Olympiakos, mas optamos pelo Brasil. Optamos por eu vir sozinho, deixando minha esposa cuidar dos quatro filhos pequenos, da escola, do futebol, dos torneios. Estou cá graças a ela. Assinei contrato até junho de 2025
Dimitri Payet
Objetivo: Libertadores
Precisamos manter os pés no pavimento. Nosso primeiro objetivo é permanecer no campeonato e, se tudo der manifesto, tentaremos nos qualificar para a Libertadores Seria uma viagem e tanto ir jogar na Argentina, no Chile, na Bolívia
Dimitri Payet
Diferenças culturais no vestiário
Quando cheguei, eles estavam todos na liceu, com música brasileira tocando, cantando, dançando, estavam muito relaxados. Era porquê se eles não percebessem a urgência da situação. Percebi que esse era o jeito deles de ser. Depois, quando o jogo se aproxima, eles mudam, tornam-se guerreiros e vão para a guerra. Na França, se você tem 9 pontos no primeiro vez, ninguém dança ou canta. Cá, eles são alegres e felizes por estarem vivos
Dimitri Payet
(Publicado por Luccas Oliveira)
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