O viajante dinamarquês Thor Pedersen descreve os altos e baixos de uma jornada de quase uma dezena, incluindo sua estada forçada de dois anos em Hong Kong. Thor, hoje com 44 anos, trabalhou com transporte e logística antes de tombar na estrada
CORTESÍA DE THOR PEDERSEN
Você já sonhou em viajar para todos os países do mundo?
Menos de 300 pessoas realizaram essa conquista: três delas estiveram em todos os países duas vezes e duas completaram a proeza sem voltar para morada.
Mas somente uma fez a volta ao mundo sem pegar sequer um avião, afirma o responsável de tal façanha.
Por que viajar de avião está tão custoso no Brasil
“Meu nome é Torbjørn C. Pedersen, que é um nome terrível para um viajante. Mas isso nunca me impediu, somente me chame de Thor”, diz o dinamarquês em sua apresentação em site Once upon a Saga (Era uma vez uma saga, em tradução literal).
Ele conta que se inspirou em uma frase do observador dinamarquês Piet Hein: “É preciso viajar para entender que o mundo é rotundo”.
Há tapume de 9 anos ele saiu de morada para viajar o mundo, com o objetivo de não voltar antes de completar a jornada.
Simples, ele tinha algumas regras simples: passaria pelo menos 24 horas em cada país e não pegaria nenhum avião. Viajaria somente por terreno ou chuva.
“Não vou comprar, pedir emprestado ou alugar um sege para ir de A a B e definitivamente não tenho motorista. Dessa forma, terei certeza de que passarei muito tempo com moradores e viajantes, uma maneira incrível ver o mundo!”, descreveu.
Ele levou 3.512 dias para percorrer todos os países do mundo, viajando a pé, de sege, de ônibus, de trem e de paquete.
Barraco no avião: por que os casos aumentaram em 2022 e quais as possíveis consequências
E “todos”, para Thor, são mais do que a lista solene de países da ONU, cujos membros são 193 mais dois Estados observadores. Ele diz que já visitou 203 países e também incluiu territórios disputados em sua lista.
Thor planeja retornar à Dinamarca em julho, uma dezena depois de sua partida
CORTESÍA DE THOR PEDERSEN
A proeza começou às 10h10 do dia 10/10/2013 e estava originalmente prevista para terminar em 2018, mas acabou se arrastando por mais 5 anos.
Em maio de 2023 ele chegou às Maldivas, a região isolar no Oceano Índico, determinado a curtir um novo país pela última vez… pois não havia mais nenhum em sua lista.
Ele ainda estava lá em junho, em Thilafushi, quando falou com o programa BBC OS, do Serviço Mundial da BBC.
____________________________________________________________________________
Qual foi a coisa mais memorável da sua viagem?
Tantas coisas! Matrimoniar pela primeira vez, matrimoniar pela segunda vez.
Ver um foguete disparar no espaço e perceber que era a primeira vez que eu via um tanto transpor do planeta… foi um grande momento!
Estar em uma tempestade a bordo de um navio porta-contêineres, ver as baleias pularem, ser convidado para um consórcio no Sudão… tanto, tanto!
Uma vez que você conseguiu ver a sua esposa durante a viagem? Foi complicado?
Ela me visitou 27 vezes ao volta do mundo e o momento mais difícil foi quando fiquei recluso em Hong Kong por dois anos durante a pandemia.
Hong Kong era bastante rigoroso com as regras sobre a covid-19. Eu não conseguia embarcar em nenhum navio e a maioria dos países para onde eu tinha que ir estavam com suas fronteiras fechadas.
E minha esposa não pôde ir me ver em Hong Kong porque não éramos casados e porque eu não era residente. Portanto eu tive que dar um jeito.
Consegui um tarefa e me tornei residente temporário. E conseguimos nos matrimoniar online por meio de uma filial em Utah.
Não foi um consórcio aceito na Dinamarca, mas foi em Hong Kong, o que bastou para eu tratar da papelada e enviar o visto para ela.
Portanto ela pôde ir e passamos tapume de 100 dias juntos.
Qual foi o país mais difícil de entrar?
Guiné Equatorial. Eu praticamente desisti. Eu estava com problemas.
Visitei 4, 5, 6 embaixadas e consulados diferentes tentando obter um visto e eles não me trataram muito ou educadamente.
Atravessei fronteiras terrestres e em muitos, muitos postos de controle, qualquer pessoa uniformizada tornou minha vida um pesadelo.
Foi um período realmente difícil.
País #100, em janeiro de 2016: Guiné Equatorial, o mais difícil, mas valeu a pena
ONCE UPON A SAGA
Mas valeu a pena?
Muito, esse foi o 100º país, logo valeu a pena em termos de progresso.
É um país adorável. É muito bonito e as pessoas que conheci lá foram muito, muito simpáticas.
Muitas pessoas que têm a sorte de viajar compram souvenirs. É um tanto que você fez?
Não posso comprar zero que não caiba na minha bagagem.
Em universal, não compro souvenirs porque teria que carregá-los pelo menos até ver minha esposa na próxima vez e ela levá-los para morada.
Mas colecionei algumas lembranças em todo o mundo e as pessoas também me deram muitos presentes. As pessoas são realmente gentis e generosas.
Uma vez que sou um Emissário da Boa Vontade da Cruz Vermelha dinamarquesa, encontrei-me com a Cruz Vermelha em tapume de 190 países.
Eles têm o hábito de me dar xícaras de moca, logo depois de 10 visitas da Cruz Vermelha eu viajo com 10 xícaras de moca na mala.
Em junho de 2014 chegou ao país #43, México, e se apaixonou por muitas coisas, principalmente pela comida
ONCE UPON A SAGA
Quando você vê os aviões voando no firmamento pensa “nossa, isso tornaria tudo muito mais fácil!”?
Absolutamente.
Perdi a conta de quantas vezes estava em uma longa e desconfortável viagem de ônibus e ao olhar para o firmamento azul via um avião e me perguntava ‘o que estou fazendo da minha vida?’.
Minha viagem de ônibus mais longa durou 54 horas. Não sei se dá para imaginar o quão dolorido fiquei depois de uma viagem dessas.
Nesse longo período em que você está viajando, alguma vez você se cansou?
Simples que sim.
Não conheci muitas pessoas que viajaram por muito mais tempo do que seis meses ou talvez um ano inteiro.
Conheço algumas pessoas que fazem isso há alguns anos, mas é quase uma vez que saber um unicórnio.
Esse também era o meu limite.
Dois anos foram suficientes: conheci tantas pessoas, experimentei tantas comidas diferentes, e tudo, desde o transporte, os vistos, a papelada e todas essas coisas… Eu estava pronto para ir para morada.
País #51 em julho de 2014: Colômbia. “Cá as pessoas sorriem com o coração.”
ONCE UPON A SAGA
Mas eu estabeleci uma meta e estava tentando depreender um tanto que nunca havia sido feito antes.
Achei que havia muito valor nisso e esperava que as pessoas pudessem se inspirar e se motivar com o que eu estava fazendo.
Portanto continuei lutando para depreender o objetivo.
Em 2019 estava muito cansada e não me faltaram muitos países para visitar.
As companhias de navegação me disseram que poderiam me levar de volta para morada em 10 meses pelos demais países.
E aí estourou a pandemia, que me atrasou mais três anos.
Portanto agora estou pronto e ansioso para ir para morada.
____________________________________________________________________________
O tempo médio que Thor passou em cada país foi de 17 dias para toda a viagem; sua visitante mais curta foi de 24 horas na Cidade do Vaticano
CORTESÍA DE THOR PEDERSEN
Quando Thor deixou sua morada há quase uma dezena, ele não sabia muito qual era o propósito de sua proeza.
Mas ao longo do caminho, ele encontrou não somente um, mas vários. Eis a lista que consta em seu site:
1. “Ninguém havia feito isso antes.
“Fazer um tanto novo é emocionante e serve uma vez que natividade de inspiração e motivação para muitos.”
2. Tive a honra de viajar uma vez que Emissário da Boa Vontade da Cruz Vermelha Dinamarquesa.
“Uma vez que a maioria das pessoas, eu sabia muito pouco sobre a organização, mas ouvir voluntários de todo o mundo me surpreendeu. Eu admiro os milhões de voluntários que fazem a diferença na vida de milhões de pessoas todos os dias.”
3. O mundo não é o que a maioria de nós acredita.
“A grande mídia nos mostra a segmento sensacional (…). Muitas vezes ouvimos muito sobre terror, devassidão, conflitos, desastres naturais, mortes, extremistas…
“Felizmente descobri que, embora o mundo não seja perfeito, a maioria das pessoas com quem compartilhamos nascente planeta são pessoas bem-intencionadas.
“Política e religião são importantes para alguns. Mas muitas vezes acho que essas cinco coisas são muito mais importantes: família, comida, música, esportes e falar sobre o clima.
“Todo país do mundo tem o recta de ser visto uma vez que o melhor país em potencial do mundo.”
4. Você pode viajar com um orçamento insignificante.
“Às vezes parece uma tortura estar restringido a um orçamento insignificante. Às vezes eu quero uma boa leito, mais luxo e um bife suculento.
“No entanto, mantenho o orçamento porque, de concordância com muitos, seus sonhos são retidos por falta de tempo ou verba ou ambos.
“Você tem que fazer o seu próprio tempo, mas nascente projeto mostra que não é preciso ser milionário para viajar, saber culturas e fazer novos amigos.”
No final, Thor foi movido pela curiosidade, encorajado a desenredar uma vez que o mundo era incrível e quanto havia para aprender.
Outrossim, emocionava-se com uma frase que sempre o acompanhava: Um estranho é um companheiro que você ainda não conheceu… “Quem posso encontrar amanhã?”
