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Nova rota em Mato Grosso tem imersão na cultura pantaneira – 27/09/2023 – Turismo

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O despertar do Pantanal começa com o som do motor de um pequeno paquete que navega pelo rio Mutum em direção à baía de Siá Mariana, em Barão de Melgaço, a 116 km de Cuiabá. Na baía, o silêncio toma conta enquanto todos esperam o Sol, até que o horizonte espelhado na chuva calma começa a lucrar novos tons, entre laranja e amarelo, até as cores da manhã se revelarem.

O caminho da volta já é embalado pelo som de alguns pássaros; os animais aparecem às margens do rio e é verosímil observar um gavião-belo no cimo da árvore, garças-maguari voando, assim uma vez que um jacaré-do-pantanal prestes a transpor da chuva, o que parece concluir o amanhecer pantaneiro.

O Pantanal é uma das maiores planícies alagadas do mundo e possui uma grande biodiversidade. A população da região e o turismo sofreram muito com as queimadas de 2020 e com a pandemia da Covid-19.

Assim, a renovação turística de Mato Grosso procura o retorno do fluxo de visitantes por meio da inclusão de elementos da cultura mato-grossense nas rotas, que podem variar desde de apresentações musicais até a experiência de um dia no cotidiano pantaneiro.

Um exemplo é a ida ao Museu da Viola de Cocho, em Santo Antônio de Leverger, a 30 km de Cuiabá, que impressiona pelo conhecimento do rabino Alcides Ribeiro.

A família do luthier está na quarta geração de artesãos e domina todo o processo da viola de cocho, instrumento de cordas tal qual corpo é feito a partir de um único pedaço de madeira. Lá é verosímil ver uma vez que a madeira é esculpida, além do instrumento em ação.

Já a visitante à Comunidade Quilombola Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento (50 km de Cuiabá), mostra um pouco da história do estado.

São tapume de 14 milénio hectares que foram doados aos avós de Antônio Mulato em 1883, tomados por fazendeiros e retomados posteriormente a Constituição de 1988. O trabalho de gerações de famílias funciona em conjunto no dia a dia do quilombo, na Escola Estadual Quilombola Tereza de Conceição Arruda e na confecção de produtos artesanais.

Há também atividades de submersão rústico, uma vez que passar algumas horas em uma quinta no concentrado e testar o quebra-torto, uma vez que é chamado o moca da manhã clássico dos trabalhadores

da região, formado pelo arroz Maria Isabel, que inclui músculos seca, farofa de banana e ovo frito. A vivência acontece na Estância Maués, antiga quinta leiteira em Leverger.

Outra sugestão é passar um dia no Rancho São Jorge, em Poconé, a 104 km de Cuiabá. Ali é verosímil marchar a cavalo, seguir o zelo com os animais, consumir a famosa cabeça de boi assada, servida com paçoca socada no pilão, e repousar em uma rede ao som de uma roda de viola.

Os mais aventureiros podem ver o pôr do sol direto das águas do rio Paraguai, em um passeio de caiaque, na cidade de Cáceres, a 220 km de Cuiabá —o rio nasce em Mato Grosso, mas passa por Bolívia, Paraguai e Argentina.

A fauna e a flora continuam sendo o vértice da visitação. O visual enche os olhos e compensa a dificuldade de aproximação pelas estradas de terreno. Sinal de celular e wi-fi nem sempre estão disponíveis e devem ser verificados anteriormente para evitar surpresas.

A biodiversidade do Pantanal se destaca tanto que atrai observadores de pássaros e fotógrafos de natureza do mundo inteiro. Lisa Canavarros, sócia do Aymara Lodge, em Poconé, a 130 km de Cuiabá, diz que metade de seus hóspedes vem de outros países, principalmente dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Essa demanda é refletida na formação da equipe da pousada, que conta com biólogos de São Paulo e guias da região para oferecer um serviço qualificado.

Esse é o objetivo de visitantes de países da América Latina também, uma vez que relata o guia Waldir Telles, que já recebeu grupos de argentinos liderados por um ornitólogo, profissional devotado ao estudo de aves, mormente para observar os pássaros.

Safáris e passeios de paquete são as atividades que mais proporcionam momentos de submersão na natureza com a expectativa de encontrar uma onça-pintada, o maior felino das Américas. A reparo de onças pode ser realizada por meio de propriedades privadas, hotéis e agências de turismo, ou em áreas protegidas, uma vez que o Parque Estadual Encontro das Águas, na região de Porto Jofre.

Com o objetivo de proteger os animais, ações são desenvolvidas com abordagens diferentes, desde conscientização direcionada à comunidade e a proprietários de fazendas até projetos de

recuperação e reintegração de animais silvestres.

Um deles é a ONG Panthera, uma organização internacional especializada na conservação de felinos, principalmente onça-pintada e jaguatirica no Pantanal.

De concórdia com Fernando Tortato, coordenador de projetos da Panthera, o turismo em torno da reparo de onças é uma atividade relativamente recente, com menos de 25 anos de existência, e algumas dicas podem ser úteis para os interessados.

O período com mais chances de encontrar o bicho é o de seca, de julho a outubro, já que a fauna se concentra ao longo dos rios e corpos d’chuva. Os felinos procuram esses locais em procura de suas presas, uma vez que jacarés e capivaras.

Não há um horário específico, carros e barcos saem perto das 6h da manhã. Alguns voltam aos hotéis depois de algumas horas e outros ficam até às 18h para aumentar as chances. Nas proximidades de Poconé, foi onde houve mais relatos de avistamento de onças durante esta viagem.


COMO IR

Birding Pantanal – @birdingpantanal, tel. 65 99982-1294

Ecotur Pantanal – @ecoturpantanal, tel. 65 3345-3345

Five Adventure – 5A – @fiveadventurebr

ONDE COMER

Recanto do Jaó, somente com suplente – @recantodojaoturismo

Tarumeiro, nos fins de semana e feriados – @tarumeiros_restaurante

Quinta Jacobina, aos domingos e feriados – @fazenda_jacobina

Prosa na Orla, de terça a domingo – @prosa_naorla



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