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Norwegian Dawn: como é o cruzeiro pela costa da África – 28/08/2024 – Turismo

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Um aviso na porta da suíte do navio de cruzeiros da linha Norwegian Cruise Line lembra lembra todas as manhãs que estamos de férias, ou seja, é para relaxar e gozar. Às vezes o bilhete faz sentido, porque a sensação de estar recluso num enorme shopping, cassino e resort flutuante por dias a fio pode desestabilizar os ânimos de quem costuma ter os pés muito plantados em terreno firme até demais.

É nessas horas que o azul magnificiente do oceano Índico visto da varanda do quarto dá uma certa silêncio, em privativo à noite, com o revérbero gigantesco da Lua no meio do zero. E o bar de vinhos do navio, muito muito provido e com enorme variedade de rótulos, dá um verniz etílico à calmaria que pode se estender por semanas.

É importante ter um livro à mão, porque não há sinal decente de internet que chegue, e o detox do dedo se impõe. Zero de trabalhar, zero de telefonemas, reuniões no Zoom, mensagens de texto cortando o barato.

Partimos de Port Louis, nas Ilhas Maurício, rumo à África do Sul com uma paragem na Ilhéu da Reunião, um território gálico no meio do mar. A praia de Pointe aux Piments, início da viagem, é um paraíso de águas cristalinas, com um serviço cinco estrelas agudo para aplacar qualquer libido na praia atulhada de corais.

Os vilarejos da paragem francesa logo adiante, pequenos enclaves morro supra de um vulcão ainda ativo, são o oposto polar. A terreno escura e seus declives dramáticos ali, vales escavados ao longo de milênios com ondas de neblina cobrindo o horizonte, dão a sensação de estarmos na superfície lunar, um deserto de charme um tanto estrangeiro.

Já no continente, as paradas ao longo da costa da África do Sul descortinam horizontes ainda mais selvagens —e ensinam novos exercícios de fé.

Se em Richards Bay é verosímil submergir na praia da suplente ambiental de Cape Vidal, onde a chuva é mais do que transparente, as ondas mansíssimas e macaquinhos fofos —não chegue perto— brincam à sombra das palmeiras, Port Elizabeth é o lugar de observar alguns mamíferos de porte mais avantajado.

Dentro do jipe, ingénuo nas laterais mas cocuruto o suficiente para dar uma sensação de segurança, embora nos façam assinar termos que a culpa é nossa se virarmos almoço de alguma fera, sabemos há um único leão na suplente, mas ele sai só à noite e deixa o dia para o espetáculo dos elefantes.

São longos minutos olhando um inextricável de galhos —a vegetação retorcida é um show à segmento—, esperando ver ou ouvir qualquer movimento que possa indicar a presença tão acachapante quanto encantadora dos paquidermes.

De repente, eles saem da mata com seus filhotes para disputar um único oásis no meio da imensidão estorricada. Os guias avisam que eles são perigosos, não mais que os hipopótamos, que só avistamos ao longe, sempre dentro d’chuva.

É bom remoer esse imaginário plácido de bichos soltos na hora de voltar ao navio, onde os estímulos são outros. É a sensação de estar num videogame, com tudo acontecendo ao mesmo tempo, leilões de arte, com muito Romero Britto, espetáculos acrobáticos —o caos a bordo, que é uma experiência inolvidável.

O jornalista viajou a invitação da Norwegian Cruise Line

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