Rio de Janeiro
Nesta terça-feira (23), duas das 13 mulheres que acusam Gérard Depardieu de assédio sexual falaram publicamente sobre as violências sofridas do planeta francesismo. As atrizes Charlotte Arnould e Sarah Brook contaram detalhes das agressões sofridas do ator em uma entrevista. Deperdieu, que foi indiciado em março deste ano por “estupro” e “violência sexual” por conta de uma denúncia de Arnould, em 2018, nega as acusações.
“Sinto que morri e que minha vida acabou. São cinco anos que vivo no inferno”, começou Charlotte Arnould no testemunho que deu à emissora BFMTV. Ela revelou que desde o incidente, que aconteceu na moradia do ator em agosto de 2018, passou a tolerar de bulimia, fastio, escarificação e alcoolismo.
A atriz ainda expôs que o comportamento de Depardieu nos bastidores é de conhecimento das pessoas no mundo do cinema e que zero feito contra o francesismo. Ela caracterizou a tolerância das produções com o protagonista de “O Último Metrô” (1980) e “Cyrano de Bergerac” (1990) porquê “omerta”, uma referência à lei do silêncio da máfia.
Sarah Brooks também contou ter sido vítima do ator nas filmagens da série “Marselha” na reportagem da emissora francesa. “Estávamos filmando em um estádio de futebol em Marselha. […] Depardieu estava ao meu lado, e enquanto uma turba tirava nossa foto, […] ele colocou a mão no meu short e na minha calcinha -lembrou ela.
Brooks disse que tentou denunciar a agressão, mas que os profissionais da equipe riram da situação. “Foi decepcionante, vexatório, chocante. Quem faz isso com uma pequena de 20 anos?”, questionou.
