Início Música Milli Vanilli: Maior escândalo da música vira documentário – 04/11/2023 – Música

Milli Vanilli: Maior escândalo da música vira documentário – 04/11/2023 – Música

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São Paulo

O ano era 1989. Se você estava vivo, provavelmente ouviu uma música do Milli Vanilli na rádio em qualquer momento. Em seguida estourar na Europa no ano anterior, o duo pop desembarcava nos Estados Unidos, onde emplacaria três singles no topo da lista Hot 100 da Billboard. Ao todo, seriam 78 semanas sem transpor das paradas de sucesso.

No ano seguinte, Fab Morvan e Rob Pilatus (os nomes que davam rosto à dupla) ainda ganhariam o Grammy de artistas revelação, carimbando de vez o nome na história da música. Só não da forma que imaginavam. Pouco tempo depois, um escândalo abalaria de forma irreversível a imagem de ambos: o empresário deles, Frank Farian, convocaria a prelo para revelar que a voz ouvida pelos fãs em shows e gravações nunca foi deles.

O Milli Vanilli precisou restituir o Grammy —o único revogado até hoje pela Ateneu da Gravação, que promove a premiação— e o caso ficou espargido porquê “o maior escândalo do mundo da música”. Esse, inclusive, é o subtítulo de um documentário que, agora, repassa essa história e está disponível no serviço de streaming Paramount+.

Aos 57 anos, Morvan é hoje um pai de família que leva uma vida muito mais pacata que a experimentada naquele período. Ao F5, ele diz que está feliz de dar sua versão dos fatos, um pouco que na era ninguém quis ouvir. “Eu finalmente pude racontar a minha história”, comemora.

Para ele, desafogar teve um efeito terapêutico. “As feridas emocionais foram curadas”, conta. “Eu cresci, evoluí porquê pessoa e porquê artista, e hoje vivo contornado de paixão em lar. Aprendi com os meus erros, e acho que o documentário é sobre isso.”

Morvan diz que a teoria de enganar o público foi de Farian e que a dupla, inicialmente, não sabia que não iria trovar. “Ele foi o fundador do Milli Vanilli, foi ele quem premeditou tudo e separou todo mundo que fazia secção do projeto para que não pudéssemos falar uns com os outros para tentar mudar o que estava acontecendo”, afirma. “Ele estava no controle de tudo.”

Farian, que se recusou a gravar para o documentário, continuou com sua curso de produtor músico normalmente depois do escândalo. Já Morvan e Pilatus foram execrados pela prelo da era. Questionado sobre a diferença de tratamento e se isso poderia ter qualquer componente racista, ele responde: “Tento não usar a missiva do racismo, mas onde há fumaça sempre há lume”.

“Mesmo 30 anos depois, ainda tem gente que se mantém silencioso sobre o tema”, conta. “Nós pagamos um preço tá, e que preço ele pagou? Ele continuou trabalhando, enquanto nós fomos jogados aos leões e colocados nas listas negras de gravadoras e emissoras de TV. Tive sorte de sobreviver por motivo do meu paixão pela música.”

Pilatus, que acabou se entregando ao vício em drogas e chegou a morar nas ruas, morreu em decorrência de uma overdose acidental em 1998, quando os dois amigos tentavam reerguer a curso, agora usando os próprios nomes. “Rob não está cá para racontar a versão dele, mas fico feliz de poder ouvi-lo no documentário”, emociona-se Morvan. “Ele amadureceu muito emocionalmente no final da vida, mas era muito difícil para ele mourejar com tudo o que aconteceu. Ele morreu de coração partido.”

Morvan também acredita que as coisas seriam muito diferentes hoje em dia, quando as vozes dos artistas são modificadas por autotune e desafios de lipsync somam bilhões de visualizações no TikTok. “Quando veem o documentário, as gerações mais jovens perguntam: ‘Mas o que eles fizeram de incorrecto?”, aponta. “Agora, com as redes sociais, a dublagem é celebrada. Nós não cantávamos, mas era música pop embalada de um jeito dissemelhante, era o primícias de uma novidade era.”

Agora, o ex-astro sonha em voltar a rodar o mundo, só que desta vez mostrando a própria voz. O Brasil, que ele cita mais de uma vez, seria paragem obrigatória de uma verosímil turnê. Ou, caso assim o quisesse, de uma palestra sobre porquê se manter firme diante das intempéries da vida.

“Não preciso de um Grammy para me sentir relevante”, diz. “Faço o meu trabalho, sou cantor, compositor e produtor, faço minhas coisas no palco. Acredite, o melhor ainda está por vir. As pessoas ainda vão me deslindar porquê artista, tenho certeza. Eu nunca vou parar.”

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