São Paulo
Foi durante o período da pandemia que Junior Lima teve persuasão de que queria fazer música pop. A decisão aconteceu depois um tempo remoto dos instrumentos e do microfone, até mesmo sem escutar zero. Depois de uma cutucada do pai, o cantor Xororó, ele remontou seu estúdio.
“Nesse período, eu me distanciei da música. Meu pai me mandou uma e falou: ‘Ouve aí, mexe, vê o que que você acha’. Eu estava sem ouvir zero, sem tocar, mexi, fui colocando uns barulhinhos diferentes, sintetizadores, pulsando alguns teclados e gostei”, conta, em entrevista ao F5.
Junior se animou. Abriu o computador, montou uns cavaletes, colocou uma tábua em cima e o computador, e, voilà, remontou o estúdio. Passou a produzir e produzir sem parar e diz não vincular para quem estranha sua guinada músico. “O pop pode ser dissemelhante [de as pessoas associarem a mim], mas a mudança foi proveniente. Quero, supra de tudo, me realizar.”
“Lembro da primeira sensação de penetrar o computador e ver aquela tela em branco, pensar: ‘Tá, por onde eu primícias, que som que é esse?'”. Pegou a manha rapidinho e, em pouco tempo já compôs 54 músicas, das quais 23 compõem o primeiro disco solo do artista.
A primeira segmento estreou em outubro de 2023, e a segunda chega às plataformas digitais na quinta (23). Na noite de quarta (22), ele vai fazer uma audição beneficente em prol das vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul na vivenda de shows Audio, zona oeste de São Paulo.
Um de seus singles preferidos é “Seus Planos”, que agitou as redes sociais por uma foto em que o cantor aparece parcialmente pelado.
Junior afirma que, com 35 anos de curso, a foto é “só mais uma forma” de estar nu para o público, já que, garante, se sente exposto com o trabalho que apresenta aos fãs. Ele não é histrião nem zero e sabia, no entanto, que o burburinho gerado pela quase nudez atrairia atenção.
[Pensei] ‘Um negócio desse vai dar uma causada’, juntei o útil ao deleitável”, admite. “As pessoas estão consumindo de tudo o tempo todo, [então é um jeito de] você conseguir falar ‘opa, presta atenção que eu tenho cá um trabalho’.”
Aos 40 anos de vida recém-completados, diz sentir a idade de um jeito dissemelhante, já que começou a trabalhar muito cedo. Para algumas coisas, tem disposição de uma pessoa de 55 anos; já em outras, um pós-adolescente.
“O tempo é um pouco distorcido na minha percepção. Sinto uma maturidade maior, coisas que me incomodavam, me afligiam ou me deixavam inquieto, assentaram um pouco nos últimos anos. A pandemia nos obrigou a mourejar com tantas coisas, com tantos pensamentos, eu trouxe mais uma filha ao mundo.”
Apesar de crescer exposto, Junior diz não se arrepender da curso construída ao lado de Sandy desde os quatro anos, mas afirma que não deixaria os filhos embarcarem na mesma hoje em dia. Ele é pai de Otto, de 7, e Lara, 3, frutos do relacionamento de 10 anos com a padrão Monica Benini.
O cantor percebe que a família, assim uma vez que a ex-dupla, “segurou muito a vaga” se comparado a ex-artistas mirins —o que não quer proferir que não houve consequências.
“Não existe verificação dos anos 1990 com 2024, é tudo dissemelhante, e eles fizeram o que estava ao alcance deles para nos protegerem. Faço estudo, religiosamente, desde os meus 21 anos, não perco de jeito nenhum, é fundamental para a minha saúde mental. Tem questões que eu tenho que trabalhar, mourejar, já tive temporada de depressão, temporada de pânico. Não falo muito porque eu tendo a me recolher nesses momentos. Mas me pegou e pegou a minha mana também.”
Ele cita também uma vez que essenciais para a saúde mental a potente presença da mãe, Noely, e do pai, Xororó, além do indumentária de os pais não serem economicamente dependentes dos dois -o que frequentemente acaba gerando cobranças e frustrações nos parentes de crianças prodígio, uma vez que Sandy & Junior.
“Não quero nem romantizar isso, mas a minha mãe abdicou da vida dela, e isso não foi de perdão, teve um dispêndio, já que ela abriu mão de tudo, mas ela botava os nossos pés no solo enquanto todo o entorno tende a te tirar do solo”, relembra.
“A gente amava fazer aquilo. Durante toda a nossa puerícia, até virar adulto, nosso numerário só ficava guardado, e meu pai continuava sendo quem sustentava a família. Eu não tinha essa noção, minha relação com o numerário foi acontecendo conforme fui entendendo que o numerário passou a ocupar um lugar de consequência do meu trabalho. E é um puta privilégio no nosso país poder falar isso, tenho completa noção disso hoje em dia.”
