The New York Times
O popstar britânico Elton John lamentou a “maré crescente de raiva e homofobia” nos Estados Unidos e descreveu uma vez que “vergonhosas” várias leis aprovadas recentemente na Flórida que restringem os direitos LGBT+.
“Está tudo dando falso na América”, disse o cantor, há anos uma voz dos direitos e visibilidade gays, em entrevista publicada na revista britânica Radio Times, apontando para um aumento nos incidentes violentos e nas leis recentes que limitam os direitos. “Parece que estamos andando para trás. E isso se alastra. É uma vez que um vírus que está atacando o movimento LGBTQ+.”
Segundo o grupo de resguardo dos direitos LGBTQ Human Rights Campaign, mais de 520 medidas legislativas desse tipo foram adotadas em mais de 40 estados americanos –um recorde.
“Não palato zero disso”, disse Elton, falando do clima cada vez mais hostil. “É uma maré crescente de raiva e homofobia que se alastra pela América.”
Elton John, 76 anos, será a atração principal de Glastonbury, o maior festival de música britânico, no domingo (26), e sua longa turnê final, Farewell Yellow Brick Road, se aproxima da final em Estocolmo, em 8 de julho. A turnê começou em 2018 e quando terminar terá incluído mais de 330 apresentações, mas foi interrompida pela pandemia e pela cirurgia de quadril à qual o cantor foi submetido.
Enquanto se preparava para se apresentar em Glastonbury, a última apresentação britânica na turnê, Elton disse que não sabe se o sentimento crescente anti-LGBTQ é tão potente no Reino Unificado. “Não sei porque não tenho pretérito muito tempo por cá”, ele disse.
Mas qualificou uma vez que “homofobia totalidade” o escândalo em torno do âncora noticioso britânico Phillip Schofield, que se demitiu recentemente depois de consentir que teve um relacionamento com um varão mais jovem.
“Se tivesse sido um hétero tendo um caso com uma mulher mais jovem, isso nem sequer teria sido notícia”, ele comentou.
Na entrevista à Radio Times, Elton disse que depois que sua turnê de despedida terminar, talvez ele tope fazer uma série longa de shows em um mesmo espaço, “mas não na América”. Seus representantes disseram que o motivo é o mesmo que o levou a sentenciar parar de fazer turnês: ele quer passar mais tempo com seu marido e filhos, que vivem no Reino Unificado.
No ano pretérito, Elton –que não quis que suas canções fossem tocadas em comícios do ex-presidente Donald Trump—se apresentou na Casa Branca de Joe Biden. “Eu queria que a América fosse mais bipartidária”, ele disse, sentado ao piano. Depois do concerto, Biden lhe entregou a Medalha Nacional de Humanidades.
Tradução de Clata Allain