Do que você precisa saber:
- O Índice de Crédito das Micros e Pequenas Empresas subiu de 87,7 pontos para 87,9 pontos em maio.
- A crédito dos empresários foi puxada pelos setores de Serviços e Negócio.
- Pelo quarto mês ininterrupto, a crédito das micro e pequenas empresas de Serviços (MPE-Serviços) aumentou, avançando 2,5 pontos.
O otimismo dos donos de pequenos negócios que atuam nos setores de Serviços e Negócio fez com que, em maio, o Índice de Crédito das Micros e Pequenas Empresas (IC-MPE) passasse de 87,7 pontos para 87,9 pontos, segundo a Sondagem Econômica das MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a Instauração Getulio Vargas (FGV).
O IC-MPE é a formação dos três índices de crédito dos principais setores da economia – Negócio, Serviços e Indústria de Transformação. O aumento de 2,5 pontos na crédito dos pequenos negócios de Serviços e de 2 pontos na do Negócio amenizou a queda de crédito de 1,3 ponto dos empreendedores que atuam na Indústria da Transformação.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, explica que, em maio, a crédito de Negócio e Serviços mostrou sinais de recuperação, enquanto a da Indústria de Transformação caminhou no sentido oposto e manteve a tendência progénito iniciada em março pretérito.
“A Indústria tem mostrado uma maior preocupação, pois a subida taxa de juros praticada inviabiliza o crédito e os investimentos nos pequenos negócios. Enquanto a taxa não encolher, os donos de pequenos negócios ficarão mais parcimoniosos em suas estratégias”, pontua Lima.
Serviços
Pelo quarto mês ininterrupto, a crédito das micro e pequenas empresas de Serviços (MPE-Serviços) apresentou movimento ascendente, avançando 2,5 pontos, chegando a 92,2 pontos, em maio. Com o resultado, o indicador acumula subida de 7,4 pontos e registra o maior nível desde outubro do ano pretérito (99,4 pontos). “Pelo histórico da Sondagem das MPE, o setor de Serviços é o mais resiliente diante das adversidades domésticas e globais e, recentemente, tem sinalizado fôlego remanescente do termo da pandemia”, observa o presidente do Sebrae.
Quatro dos cinco segmentos pesquisados apresentaram resultado positivo, com destaque para o que presta serviços às famílias. Essas sinalizações positivas dos donos de pequenos negócios podem estar associadas à novidade oportunidade de serviços de delivery, que cresceram fortemente durante a pandemia e se mantiveram porquê um novo formato de mercado nos últimos anos. Os segmentos de serviços de transporte, serviços profissionais e outros também seguiram em subida. Já o segmento serviços de informação e informação caiu pela terceira vez consecutiva.
Negócio
Depois queda em abril, a crédito dos micros e pequenos empresários do setor de Negócio (MPE-Negócio) voltou a subir em maio. Com o aumento de 2 pontos, ela atingiu 85,3 pontos. O resultado do mês pode estar relacionado ao aumento do salário-mínimo e à resiliência no mercado de trabalho.
O segmento que mais influenciou nesse balanço foi o varejo restrito, que é o de bens de consumo. Os segmentos veículos, motos e peças (lojas de autopeças e pequenas revendedoras) e material para construção recuaram.
Indústria de Transformação
A crédito das micro e pequenas empresas da Indústria de Transformação (MPE-Indústria) caiu pelo terceiro mês ininterrupto e bateu nos 85,4 pontos, o menor nível desde junho de 2020 (75,5 pontos). Os segmentos mantimentos e metalurgia e produtos de metal foram os que pesaram na queda da crédito do setor. O segmento refino e produtos químicos também recuou, enquanto os de vestuário e outros caminharam no sentido oposto e avançaram.
