No novíssimo cruzeiro Viva, menos é mais. Ou, melhor, menos passageiros é igual a mais espaço, com melhores experiências para quem está a bordo. Esta é a proposta no recém-inaugurado navio da Norwegian Cruise Line.
Entre os variados programas que se apresentam pode surgir uma corrida de kart em uma pista com subidas e descidas que passa por três níveis da embarcação; ou uma relaxante piscina termal com sal para flutuação, integrada ao spa. À noite, uma pequena apresentação músico em um dos bares, no estilo pocket-show, disputa a atenção com um verdadeiro musical da Broadway no teatro ali do lado. Tudo ao alcance do passageiro, quase ao mesmo tempo, e no mesmo lugar
O Viva é o segundo de seis cruzeiros da classe Prima previstos para serem lançados pela Norwegian —o primeiro, em 2022, recebeu o nome de Prima mesmo. Construído no estaleiro Fincantieri, perto de Veneza, tem proporções semelhantes às do irmão um ano mais velho: são 294 metros de comprimento e 41 de largura, com 142.500 toneladas.
Com essas medidas, de conciliação com a companhia de origem americana (mas o fundador é norueguês, daí o nome), o cruzeiro poderia acomodar facilmente mais de 4.000 hóspedes, porém, reduziu a capacidade para 3.099, proporcionando mais conforto para quem está a bordo.
“Procurar diferenças entre o Prima e o Viva é quase porquê participar de um jogo dos sete erros”, brinca a brasileira Marília Flores, que já passou por diferentes navios da companhia. No Viva, ela integra a equipe de entretenimento e se reveza no atendimento do Galaxy Pavillion, envolvente muito procurado por jovens, que reúne atrações imersivas e de verdade virtual. Flores é uma das 1.506 pessoas da tripulação, praticamente um para cada dois passageiros.
Mas não são exclusivamente os números que impressionam no Viva. Seu design traz espaços elegantes e alguns ambientes com linhas futuristas que zero lembram a decoração meio kitsch que habita o imaginário genérico dos cruzeiros. Um exemplo é o atrium Penrose, no sexto deque, perto do bar que normalmente fechava as noites com pequenos shows em ritmo latino —até o elevador, com centenas de pontos de luz, se torna espaço instagramável.
Um dos principais sucessos para fotos e vídeos entre adultos e crianças, porém, é a obra de arte do dedo “Every Wing Has a Silver Lining” —uma folgança com a frase “every cloud has a silver lining” (depois da tempestade vem a calmaria). A “wing” (asa), no caso, é uma referência à mariposa, figura mediano no trabalho do britânico Dominic Harris, de quem estúdio fica em Notting Hill (aquela de Hugh Grant, mas em outra rua).
Na obra —um quadro com tapume de 16 metros de largura—, 2.128 borboletas ficam alinhadas e se movimentam quando a tela é tocada. É evidente que ninguém resiste a fazer círculos e outras
linhas com os dedos para reputar o voo das borboletas.
O quadro fica instalado na parede do Metropolitan Bar, uma atração etílica do navio, com seu programa de drinques sustentáveis e zero desperdício —o bar reaproveita em seus coquetéis produtos que seriam descartados dos outros bares e restaurantes da embarcação para produzir xaropes e afins, porquê no refrescante El Padrino, com vodca, Aperol, ginger beer e xarope de abacaxi feito por lá. Tanto nos bares porquê nos restaurantes, os menus são únicos e nem sempre dá notório pedir em um bar o drinque que viu no outro.
Para quem deseja degustar uma cozinha dissemelhante a cada dia, o Viva não decepciona. Alguns deles já estão incluídos no pacote capital, porquê o Surfside Moca & Grill, procurado do moca da manhã ao jantar. Perto da piscina principal, funciona em estilo de bufê, incluindo estações de omelete pela manhã e uma máquina de sorvete que funciona o dia inteiro.
Quem preferir pode escolher um dos chamados restaurantes de especialidades, todos com as refeições cobradas à secção (a depender do pacote comprado no ato da viagem).
Entre eles estão o galicismo Le Bistro, o italiano contemporâneo Vaga by Scarpetta ou o mexicano Los Lobos, no qual uma atendente prepara um delicioso guacamole diante do hóspede. Quase todos os restaurantes possuem uma espaço com vista para o mar.
Há também mais privacidade, luxo e conforto para quem não tem problemas em remunerar custoso. A espaço batizada porquê The Haven é um navio VIP dentro do navio, com 107 suítes. Essa parcela crème de la crème em alto-mar tem à disposição um mordomo 24 horas por dia, que pode cuidar de suas reservas em restaurantes ou espetáculos de entretenimento (sempre com preferência) ou de sua rodela extra de limão no gim-tônica. O espaço tem ainda elevadores próprios, sauna e uma outra piscina de borda infinita, muito menos concorrida.
Se “White Lotus” fizesse uma temporada em um cruzeiro, certamente seria nesta espaço. Para a turma hospedada no The Haven, a massagem sueca de US$ 599 (tapume de R$ 2.900 por século minutos) no Mandara Spa deve ser muito mais suave.
Com tanto espaço para pista de kart, games de verdade virtual, cassino, spa com múltiplos tratamentos, restaurantes, bares e teatro com músico da Broadway (“Beetlejuice”, indicado ao Tony), faltou ao Viva investir um pouco mais nas piscinas, pequenas e em quantidade diminuta diante de tanta grandeza.
Para indemnizar, em sua viagem inicial, no início de agosto, o Viva parou em alguns dos portos mais desejados da região do Mediterrâneo, incluindo Split (Croácia), Salerno (Itália), Cannes (França) e Ibiza (Espanha). Essa região continuará a ser explorada em setembro, antes do cruzeiro trocar o Mediterrâneo pelo Caribe, para aproveitar o verão do lado de cá.
PRÓXIMOS ROTEIROS
Ilhas Gregas e Itália
10 dias, de 13/9 a 23/9
Cabine com varanda: R$ 9.446 por pessoa*
Mediterrâneo (Itália, França e Espanha)
8 dias, de 23/9 a 1º/10
Cabine com varanda: R$ 6.374 por pessoa*
Caribe (partindo de San Juan, Porto Rico)
7 dias, de 15/12 a 22/12
Cabine com varanda: R$ 7.941 por pessoa*
*O preço inclui benefícios porquê open bar, wi-fi gratuito, restaurantes de especialidades e créditos para passeios terrestres. Taxas não estão inclusas. Os valores estão sujeitos a alterações. Checar no site: ncl.com.br