Início Negócios Crédito impulsiona comércio de bairro em Belo Horizonte | ASN Nacional

Crédito impulsiona comércio de bairro em Belo Horizonte | ASN Nacional

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O varejo de proximidade voltou à tendência, principalmente posteriormente a pandemia da Covid, que mudou muitos dos hábitos de consumo dos brasileiros. Surfando na vaga de oferecer um pouco de tudo a curta intervalo, empórios ressurgiram repaginados, com diferencial na venda de produtos locais e regionais. Em 1953, seu Caetano Jácome abriu um mercadinho no bairro Calafate, região oeste da capital mineira. Inspirado no pai, em 2016, Marcelo fundou o Empório du Carmo no bairro de Santo Agostinho, região de classe média subida da cidade.

Um ano mais tarde, Ritha Jácome seguiu os passos do irmão, levando para outro bairro de elevado poder aquisitivo, Cidade Jardim, um empório com o mesmo nome. A maioria dos produtos são de Minas Gerais e o potente são os queijos. “A minha teoria foi trazer um pouquinho do Mercado Mediano de Belo Horizonte para o bairro”, conta Ritha. Mesmo já tendo atuado porquê consultora do Sebrae, ela cometeu um erro geral a quem se façanha pela primeira vez no empreendedorismo:

Eu pensei que soubesse porquê perfurar e gerir a empresa e não me preparei adequadamente, não fiz um projecto de negócio, não segui a silabário que sempre preconizei.

Ritha Jácome, empreendedora

Em 2021, ela acabou precisando recorrer a um financiamento de R$ 50 milénio para arcar com as despesas do empório e prometer o fluxo de caixa. Para tanto, contou com a garantia do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), do Sebrae, utilizando a consultoria da instituição. O pagamento do empréstimo foi feito a partir de uma tábua regressiva, as prestações começaram em pouco mais de R$ 3 milénio e terminaram em setembro de 2024, em tapume de R$ 1 milénio.

O empório de Ritha cresceu no tamanho e no faturamento. Passou de 30 m² para uma loja de esquina, na mesma avenida, agora com 90 m², e faturando, em média, R$ 180 milénio mensais. Ritha investe em queijos e em vinhos diferenciados, além de manter pequenos quiosques de conveniência em hotéis da capital. “Hoje defendo o uso consciente dos recursos e da gestão planejada do negócio. Não tenho problema em consentir meus erros. Voltei a ser consultora do Sebrae, desta vez com o diferencial da minha experiência na transporte do meu negócio”, ressalta.

Foto: Alessandro Carvalho
Marcelo de Souza e Silva comemora os resultados do Fampe. Foto: Alessandro Roble

Calculadora financeira

Visando fortalecer o aproximação a crédito, o Sebrae investiu R$ 2 bilhões no Fampe, o que possibilita a liberação de até R$ 30 bilhões em crédito para o setor nos próximos três anos, garantindo até 80% dos valores financiados. Para facilitar todo o processo, na plataforma Crédito Consciente, os empreendedores podem compreender melhor suas finanças antes de solicitar um empréstimo. Há, por exemplo, uma calculadora financeira, por meio da qual os usuários podem inserir dados sobre suas vendas e custos para obter uma estudo detalhada da situação da empresa.

Com esse diagnóstico em mãos, o empresário pode explorar opções de linhas de crédito, organizadas por modalidade de financiamento, taxas, prazos e valores estimados, conforme suas necessidades. Em Minas Gerais, por exemplo, a garantia oferecida pelo Fampe ajuda empreendedores de portes variados, começando por aqueles que só precisam de um empurrãozinho. O presidente do Juízo Deliberativo do Sebrae no estado, Marcelo de Souza e Silva, comemora os resultados.

Por meio do Fampe, ampliamos de forma significativa o aproximação ao crédito pelos micro e pequenos negócios. Nos últimos quatro anos, alcançamos um recorde de atendimentos pelo Fampe, com mais de 47 milénio empresas de vários segmentos beneficiadas. Juntas, elas somaram tapume R$ 2,7 bilhões em financiamentos e 70% desse montante foram garantidos pelo fundo de aval do Sebrae.

Marcelo de Souza e Silva, presidente do Juízo Deliberativo do Sebrae Minas Gerais

Para Marcelo, o Fampe cumpre um papel de democratizar o crédito ao impulsionar os pequenos negócios e prometer o desenvolvimento econômico brasiliano.

Pandemia foi inspiração

Marta Veloso também focou em um empório para empreender. Moradora do Cumeeira Barroca, em Belo Horizonte, ela alugava a garagem de sua lar para um estúdio de pilates. Durante a pandemia, quando a família se refugiou em um rancho em Três Marias, Marta teve a teoria de utilizar o espaço para comercializar produtos da roça. Ela utiliza as frutas produzidas no rancho para fazer polpas, picolés e sorvetes, produz roscas e comercializa pão de queijo, pastéis de angu, queijos, carnes, tilápia e pequi, todos os produtos oriundos de Minas Gerais.

“O meu picolé de pistache é famoso, tem gente que atravessa a cidade para comprar”, comemora. Para expandir o Empório do Compacto, Marta e o marido, Vicente, buscaram financiamento de R$ 10 milénio, com a garantia do Fampe do Sebrae. O faturamento gira em torno de R$ 14 milénio mensais e os custos fixos são reduzidos. “A lar é própria, não temos funcionários e o meu marido, gerente de banco reformado, faz a gestão do negócio. Já somos referência pela qualidade dos produtos que comercializamos”, conclui.

Momento Crédito Consciente

Esta é a quarta reportagem da série Momento Crédito Consciente, um oferecimento do Sebrae Acredita. A proposta é levar conhecimento sobre o crédito para donos de pequenos negócios de todo o país. Confira o lançamento semanal de novos episódios e a série completa na Dependência Sebrae de Notícias (ASN).

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