A tangerina ponkan, originária de Cerro Azul e Doutor Ulysses, municípios situados na região do Vale do Ribeira, no Paraná, teve sua solicitação de reconhecimento da Indicação Geográfica (IG) oficialmente registrada junto ao Instituto Pátrio da Propriedade Industrial (INPI). No dia 28, o repositório do pedido da IG foi anunciado para a comunidade, realizado no núcleo de eventos Galpão, em Cerro Azul. A solenidade contou com a participação de autoridades locais e produtores da fruta. A expectativa é de que, nos próximos meses, as requisições sejam analisadas e que o número de produtos com IG no Paraná, 12 atualmente, receba a soma da ponkan.
Rafael de Almeida Monteiro Cropolato tem tapume de 5 milénio pés de ponkan na sua propriedade, localizada no bairro Lageadinho, em Cerro Azul. Anualmente, ele comercializa entre 8 milénio e 10 milénio caixas da fruta.
“A expectativa é grande, tanto para os agricultores quanto para o município, tendo em vista que grande secção do município tem sua renda vinda da tangerina ponkan. A Indicação Geográfica deverá impactar na economia do município e os compradores também vão lucrar uma fruta com mais qualidade e maior roboração do mercado”, disse Rafael.
O consultor do Sebrae/PR, Ivan Evangelista, detalha o envolvimento que a instituição teve para fortalecer os produtores rurais e o setor do agronegócio, com foco na obtenção do registro de Indicação Geográfica (IG) para a fruta.
Ele lembra que a parceria com a Associação Vale da Ponkan, com a Prefeitura de Cerro Azul e o Instituto de Desenvolvimento Rústico do Paraná (IDR), resultou em avanços, em 19 meses de atuação, incluindo a adoção de padrões de qualidade, rastreabilidade, vendas coletivas, estruturação da associação e promoção da identidade visual do resultado.
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A produção foi qualificada por meio dos parâmetros técnicos definidos no protocolo de qualidade criado e adotado pelo grupo, fortalecendo a organização do grupo e capacitando os produtores em negociação com potenciais mercados. Na safra de 2022, os produtores negociaram com o mercado utilizando os parâmetros qualitativos estabelecidos pelo projeto.
Outrossim, conforme o consultor, o suporte na promoção da associação e dos produtos em feiras regionais gerou referência na cárcere produtiva dos citros. Os produtores de ponkan de Cerro Azul também adotaram ações proativas na procura pela IG, porquê a emprego dos protocolos técnicos, a participação em ações de conexão com potenciais mercados, a presença em feiras e visitas técnicas em outras IG, consolidando esforços para invadir o reconhecimento da Indicação Geográfica e promovendo o desenvolvimento sustentável da região.
O trabalho integrado entre as instituições e os produtores possibilita a otimização dos esforços, ganhos em resultado e assertividade nas ações em prol dos produtores que são os protagonistas de todo o processo, principalmente pelo diálogo entre as partes e construção conjunta.
Ivan Evangelista, consultor do Sebrae/PR.
No ano de 2021, o trabalho pela Indicação Geográfica começou com o envolvimento de representantes de produtores, associações e gestores dos municípios, com o diagnóstico realizado pelo Sebrae/PR e a conscientização dos produtores acerca do potencial para estabelecer uma IG na região. No mesmo ano, foram iniciadas as etapas técnicas essenciais para formalizar a solicitação junto ao INPI, com o suporte da Prefeitura de Cerro Azul.
O prefeito de Cerro Azul, Patrik Magari, destacou a prestígio da IG para o desenvolvimento lugar. E expressou otimismo de que, com a Indicação Geográfica, a produção da fruta possa atrair mais investimentos e, também, visitantes para a região, fomentando não exclusivamente a economia lugar, mas também o turismo no município.
“A Indicação Geográfica é de grande prestígio para nossa região, município e, principalmente, para a nossa tangerina-ponkan. Ela representa aproximadamente 40% do nosso PIB, graças ao ciclo produtivo dessa fruta. Outrossim, a ponkan tem uma relação significativa com o turismo em Cerro Azul. Com a Indicação Geográfica, teremos a oportunidade de promover mais a nossa fruta e as propriedades locais que a produzem. Isso não só aumentará a notoriedade da fruta, mas também atrairá a atenção de pessoas na região e incentivará visitantes a explorar o Vale do Ribeira”, discorreu o prefeito Patrik.
Capital vernáculo
Em 2023, Cerro Azul recebeu o título de capital vernáculo da ponkan. Atualmente, o município é responsável por colocar o Paraná em quarto lugar, entre outros estados da federação, no cultivo da fruta.
Segundo informações da Prefeitura de Cerro Azul, a produção média de tangerina-ponkan em Cerro Azul é de 500 milénio toneladas por ano. O setor agrícola é predominantemente formado por pequenos agricultores familiares, que trabalham em terrenos de dois a três alqueires. A renda gerada com o cultivo da ponkan e de outras culturas é reinvestida na comunidade, impulsionando a economia lugar.
A cultura desempenha um papel determinante no Resultado Interno Bruno (PIB) de Cerro Azul, contribuindo com tapume de R$ 160 milhões para o PIB municipal. A tangerina-ponkan contribui com quase R$ 100 milhões.
O secretário de Lavoura, Provimento e Meio Envolvente de Cerro Azul, Bruno Henrique Lovatto, destaca o papel da fruta para a economia do município.
“Ao longo dos anos, nossa economia tem desenvolvido consistentemente, em grande secção devido ao cultivo da ponkan. O nome de Cerro Azul está consolidado no mercado de tangerinas, graças à qualidade diferenciada de nossa fruta. Os consumidores buscam ativamente a ponkan de Cerro Azul devido à sua mel, suculência, coloração e altos padrões de higiene”, observou.
Ele também enfatiza a prestígio da Indicação Geográfica para os produtores do município.
“Estamos liderando esse projeto junto com nossos parceiros, com grandes expectativas de valorizar nossa fruta, aumentar seu reconhecimento e preconizar sua visibilidade, não exclusivamente nacionalmente, mas também internacionalmente. Levante projeto beneficiará tanto nossos produtores rurais quanto o setor de turismo em nosso município”, completou Lovatto.