Sondagem do Transacção realizada pelo Instituto Brasílio de Economia da Instauração Getúlio Vargas (FGV Ibre) aponta que, mesmo com o término das restrições sanitárias da Covid-19, muitos consumidores continuam escolhendo canais digitais na hora de comprar. No terceiro trimestre deste ano, 15,1% das receitas do transacção foram obtidas por meio de vendas on-line em sites, aplicativos, e-mails, entre outros canais. O percentual é o maior registrado desde o segundo trimestre de 2021, quando foi de 21,1%, período no qual a pandemia ainda restringia as operações das lojas físicas.
O coordenador de Mercados e Transformação Do dedo do Sebrae Vernáculo, Ivan Tonet, destaca que os números refletem a mudança na cultura do consumidor que está mais do dedo, mas também são revérbero da maior digitalização das empresas e da melhora da experiência de compra no envolvente virtual.
“As empresas se mobilizaram para utilizar os canais digitais e, ao longo do tempo, se prepararam melhor para atender às demandas desses clientes que procuram mais produtos e em heterogeneidade”, avalia.
O estudo também aponta que nos meses anteriores ao início da crise da pandemia, em 2020, os canais on-line respondiam por 9,2% das vendas – um patamar subalterno ao último verificado pela FGV Ibre. Já no segundo trimestre deste ano, o percentual de vendas obtido por meio dos canais on-line estava em 13,1%.
Para aproveitar as oportunidades do transacção on-line, Tonet recomenda que os donos de pequenos negócios, primeiramente, entendam uma vez que os canais digitais funcionam e tracem uma estratégia específica para cada um deles, a partir do público-alvo de interesse. “Essa atuação demanda recursos, sejam eles humanos, de tempo, e financeiros, a término de investir na informação, na produção de teor, na divulgação”, acrescenta.
Tonet ressalta que, ao contrário das grandes marcas varejistas, o pequeno negócio oferece produtos mais customizados e um atendimento mais próximo do cliente.
O consumidor consegue falar com pessoas e não com robôs. Consegue fazer trocas com mais facilidade e flexibilidade. Muitas vezes, ao fazer um compra on-line de um negócio mais perto da sua moradia, o resultado chega muito mais rápido também.
Ivan Tonet, coordenador de Mercados e Transformação Do dedo do Sebrae Vernáculo.
Outra informação destacada pelo FGV Ibre é a queda no percentual de empresas sem nenhuma venda on-line. Do segundo para o terceiro trimestre deste ano, essa proporção recuou de 31,5% para 29,2%. No período pré-pandemia, essa porcentagem estava em 49,7%, ou seja, quase metade das empresas não tinha venda do dedo antes das restrições sanitárias.
O profissional do Sebrae Vernáculo reforça que mensurar os resultados é necessário para comprar aprendizados e retornos. Ele ressalta que as ferramentas disponíveis nos próprios canais ajudam na definição de metas, considerando os indicadores e resultados alcançados.
“A conversão, por exemplo, é um indicador muito importante que influencia no tamanho do investimento que será feito pelo empreendedor. Essa mágica do do dedo facilita muito o planejamento do negócio, mas o empreendedor precisa testar e saber muito os indicadores e os resultados para definir as suas metas”, explica Tonet.
Segmentos em subida
Entre os pequenos negócios, ele acrescenta que alguns segmentos se destacam nas vendas on-line, uma vez que é o caso do mercado pet, venustidade e voga, saúde, turismo, moradia e decoração.
“No caso de venustidade e voga, a tecnologia e perceptibilidade sintético tem contribuído muito para facilitar a tomada de decisão do consumidor, com uso de um provador virtual de roupas e até maquiagens, por exemplo”, comenta.