O bom momento vivido pela economia no ano pretérito beneficiou o conjunto das empresas brasileiras, mas foi particularmente mais positivo para os negócios liderados por mulheres. Apesar do rendimento médio ter desenvolvido em ambos os grupos, dados do Sebrae mostram que as empreendedoras tiveram um aumento maior (9,4%) que o registrado pelos homens (5,6%). Com isso a diferença entre os rendimentos dos dois gêneros caiu quase 5 pontos percentuais (redução de 31,4% para 26,7%) de 2022 para 2023.
De consonância com a Pesquisa Pátrio por Modelo de Domicílios Contínua (PNADC), do Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE), no terceiro trimestre de 2022, o rendimento médio real das mulheres empreendedoras era de R$ 2.453 e, entre os homens, esse valor ficava em R$ 3.225. Doze meses depois, a remuneração média real das mulheres foi de R$ 2.685 (um desenvolvimento de 9,4%); já a dos empreendedores do sexo masculino ficou em R$ 3.404 (aumento de 5,6%).
Para o diretora de Gestão e Finanças do Sebrae Pátrio, Margarete Coelho, a redução da diferença de rendimento entre homens e mulheres confirma a influência de o país continuar apoiando as políticas de inclusão e redução das desigualdades de gênero.
“Diversos estudos do Sebrae já comprovaram a influência do empreendedorismo feminino no Brasil. Ao fortalecer as empresas lideradas por mulheres, nós não somente contribuímos para gerar mais trabalho e renda, mas estamos colaborando para emancipar mulheres”, Margarete Coelho, diretora do Sebrae .
Pesquisas feitas pelo Sebrae no termo do ano pretérito apontaram para as dificuldades que as empreendedoras enfrentam, começando dentro de lar. De consonância com o levantamento, é mais frequente para os homens receberem pedestal de clientes e fornecedores (43%). Já no grupo feminino, esse índice cai para 34%. O mesmo estudo mostra ainda que 42% das empreendedoras brasileiras já presenciaram situações de preconceito contra outra mulher dona de negócio e um quarto das empresárias já sofreu na própria pele atitudes discriminatórias.
A PNADC, do IBGE, revelou também que, no terceiro trimestre de 2023, entre as mulheres donas de negócio, a maioria foi encarregado de morada, murado de 53%. O levantamento mostrou ainda que as proporções de mulheres com ensino médio e ensino superior se mantiveram estáveis em torno de 41% e 29%, respectivamente, ao longo de 2023. A categoria com menor representatividade foi a de mulheres sem instrução, que oscila entre 1% e 9%.
Confira os números:
2022
Rendimento médio das mulheres no 3º trimestre – R$ 2.453
Rendimento médio dos homens no 3º trimestre – R$ 3.225
2023
Rendimento médio das mulheres no 3º trimestre – R$ 2.685
Rendimento médio dos homens no 3º trimestre – R$ 3.404
