Já imaginou escolher uma praia e estar a poucos minutos de uma floresta? Uma vez que se não bastasse, há ainda uma ilhéu enxurro de bares e restaurantes onde só se chega de navio.
Em uma viagem ao Rio de Janeiro, geralmente, o foco é a zona sul, que concentra as opções mais badaladas da cidade. Porém, há uns bons quilômetros dali, a região da Barra da Tijuca desponta porquê uma versão mais raiz da capital fluminense —com uma infraestrutura turística que não deixa zero a desejar.
Mesmo com suas grandes avenidas à la Brasília, a Barra ainda guarda um espírito selvagem que já não se vê tanto na zona sul. Além de contemplar os surfistas sempre presentes no mar, também é provável trocar o pé sujo de areia por um calçado lambuzado de barro, já que a partir da zona oeste é provável embarcar em diferentes passeios que proporcionam um contato com as riquezas daquela que é tida porquê a maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca, encravada no Parque Nacional da Tijuca.
A partir de hotéis do bairro é provável partir num Jeep 4×4, na presença de um guia de turismo, com direcção ao parque. O trajeto dos periferia da praia até o lugar não leva mais de 30 minutos e pode incluir uma paragem na também famosa e escondida praia da Joatinga, eleita pela Folha um dos século lugares imperdíveis do Brasil.
A depender do tempo e da maré, ela pode estar enxurro de ondas (o que é bom para os surfistas) ou calma porquê uma piscina. Nesses dias, inclusive, as águas ficam tão coloridas e transparentes que é impossível não se sentir em uma espécie de Caribe tupiniquim.
Quem quiser chegar por conta própria também consegue, mas é preciso pular cedo da leito —por dois motivos: primeiro, porque o bolsão de estacionamento do condomínio onde fica a praia é gratuito e comporta somente 60 veículos; e porque a Joatinga não é uma praia perene. Sua fita de areia é encoberta sempre que a maré sobe. Ou seja: quem chega tarde pode até curtir o visual, mas só do cimeira da colina que leva até lá.
De volta ao veículo, é hora de acessar a estrada da Canoa, muito na lema entre a Barra e a praia de São Conrado. A extensão já faz segmento do Parque Nacional da Tijuca, uma explosão de virente de 39 km², quase o mesmo tamanho da Barra da Tijuca inteira.
Além de um encontro com pequenos micos que saltam de uma árvore para outra, é provável escutar uma sinfonia dos pássaros. Entre as espécies encontradas na Floresta da Tijuca estão aves porquê saíras, tangarás, gaviões e arapongas. Já a fauna terrestre tem ainda quatis, tatus, ouriços-coendu e tamanduás-mirim.
Existe um cantinho reservado aos amantes de esportes radicais: Pedra Formosa, de onde partem os voos de asa-delta que aterrissam em São Conrado. Quem não tem coragem de voar pode somente observar os voos a partir do Mirone das Canoas, que oferece uma vista panorâmica de toda a região, incluindo os picos, a própria praia de São Conrado e um clube de golfe.
O parque tem uma infinidade de cachoeiras e bicas para matar a sede —até mesmo banhar-se—, além de praia sintético formada pelas águas que emanam de uma cascatinha. O guia Henry Courcy, da Jeep Tour, carioca com prosápia francesa, explica, passo a passo, e árvore por árvore, a história da floresta, que chegou a ser destruída e, depois, replantada pelas mãos de negros escravizados.
De volta às cercanias da orla da Barra, o turista pode se embrenhar de navio em uma extensão pantanosa, com chuva e mata ao volta: o ducto de Marapendi, alcançável por deques às margens da lagoa homônima.
De uma ponta a outra o passeio poda persistir mais de 40 minutos. Em uma extremidade está uma extensão que remete ao Pantanal, onde há garças e biguás. Num dos trechos de mangue é provável observar siris de cores vibrantes e, numa extensão mais fechada, próximo aos restaurantes e bares da ilhéu da Gigoia, é provável até se deparar com jacarés. Mais uma das surpresas que aguardam quem se propõe a explorar essa outra faceta do Rio de Janeiro.
O jornalista viajou a invitação da rede Laghetto Hotéis