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Arte e empreendedorismo: rodadas no Festival de Curitiba projetam R$ 10,5 milhões em negócios | ASN Nacional

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Programadores culturais, grupos de teatro, artistas e curadores de 16 estados brasileiros e do Chile e da Bolívia, participaram da primeira Rodada de Conexões. Realizada pelo Sebrae/PR durante o 31º Festival de Curitiba, o encontro contou com a presença de 42 companhias de teatro, que apresentaram seus portfólios, e 29 curadores, que representaram teatros nacionais e internacionais em procura de novas opções culturais.

O evento foi desenvolvido nos moldes de uma rodada de negócios, com conversas individuais de dez minutos. Ao todo, foram realizadas murado de 840 conversas durante os dois dias de ação. Dados preliminares de pesquisa com os participantes indicam que devem ser gerados R$ 10,5 milhões em novos negócios.

“Para nós, esse encontro que tem porquê objetivo promover negócios no setor, é inédito. Ele representou o início de um trabalho junto ao meio cultural, onde a troca de experiências e de contatos são fundamentais para alavancar as ações que estão sendo desenvolvidas e aquelas que podem surgir durante esse período de pós-pandemia”, celebra a coordenadora estadual de turismo do Sebrae/PR, Patrícia Albanez.

A Rodada de Conexões foi realizada durante o 31º Festival de Curitiba. Foto: Daniel Sorrentino.

A Rodada de Conexões contou com a participação de representantes dos estados de Amazonas, Bahia, Ceará, Região Federalista, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Setentrião, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além de bolivianos e chilenos.

A curadora do Festival de Curitiba, Giovana Toar, ressalta que a Rodada de Conexões auxiliou no fomento ao setor.

“É a primeira vez que o festival traz essa quantidade de programadores, promovendo ações para que nossos artistas possam levar seus espetáculos para outras praças. Essa ação é uma maneira de incentivar a economia criativa”, explica.

A atriz e produtora Geovana Metzger esteve presente durante os encontros realizados na terça-feira (04 de abril) e quinta-feira (06) no campus Santos Andrade da Universidade Positivo, em Curitiba. Moradora do Rio de Janeiro, ela conta que veio participar do Festival de Curitiba para atuar na peça “O Jogo” e encontrou no envolvente das rodadas um espaço devotado para ampliação da rede de contatos.

Geovana ainda comenta que foi a primeira vez em que ouviu falar sobre a realização de rodadas de negócio com a participação de representantes do meio teatral.

“O que me despertou o interesse foi a possibilidade de conseguir mostrar o nosso trabalho com o propósito de gerar esse vínculo com os curadores e, assim, viabilizar nossas ideias. Às vezes, temos vários projetos e queremos levar as peças para outras regiões, mas foge do nosso controle por diferentes motivos. Confesso que superou as minhas expectativas e espero que esses encontros virem tendências, isso vai nos ajudar a saber novos públicos”, comemora a atriz.

Participaram do evento, 42 companhias de teatro e 29 curadores. Foto: Daniel Sorrentino.

De Curitiba, o diretor e ator Léo Campos esteve presente, ao lado das atrizes Jheny Goll e Sandy Keller, para levar seus produtos a um novo público. Antes de trabalhar com artes cênicas, ele conta que era do meio da tecnologia da informação e participou de eventos semelhantes e, por isso, conhecia a dinâmica.

“As rodadas de negócios pedem por alguma coisa técnico e o artista costuma apresentar um pensamento mais lúdrico, que flerta com o lado humano. Vejo que essa conexão nos incentivou a pensar no empreendedorismo e em ter uma ininterrupção do que aconteceu durante o evento. Somos independentes e temos que aproveitar ações iguais a essa para produzir novos negócios. Com a realização frequente de encontros nesse padrão, entendo que nós, criadores, podemos montar projetos específicos para atender certas necessidades pontuais, porque para gerar mercado é preciso ter esse networking”, afirma Campos.

Uma das curadoras que teve entrada a produtos porquê esses foi Silvia Rambaldi. Representante da Fundación Santiago a Milénio, localizada em Santiago, no Chile, ela explica que veio em procura de encenações brasileiras que possam ser apresentadas em seu país.

“Foi provável saber secção das ações de artes cênicas brasileiras, por meio dos artistas e das programações. Esse intercâmbio é importante para produzir um vínculo do nosso país com ações brasileiras e que, assim, possamos desenvolver um trabalho melhor. Foi uma experiência muito positiva. Ao voltar para o Chile, terei um tempo para rever os contatos que fizemos e ordenar as informações. A teoria é de realizar negócios que possam levar a cultura brasileira para o nosso país”, finaliza Silvia.

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