Início Turismo Arábia Saudita: como é fazer turismo no país – 22/03/2023 – Turismo

Arábia Saudita: como é fazer turismo no país – 22/03/2023 – Turismo

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Vocês estão diante do maior lago sintético do mundo, e aquela é a maior esfera de LED do planeta, reconhecida pelo Guinness. A frase é proferida pelo saudita Turki Majed ao recepcionar dois jornalistas, um do Brasil e outro da Argentina, no parque Boulevard World.

O sítio é uma das 15 áreas de entretenimento da Riyadh Season, um festival anual de entretenimento, gastronomia e esporte, que sempre ocorre entre os meses de outubro e março, promovido pela Domínio Universal de Entretenimento em Riad, a capital saudita.

O órgão tem papel coadjuvante em um projecto de governo, o Visão 2030, cuja missão é fomentar o turismo e atrair multinacionais à Arábia Saudita, um reino ultraconservador.

No Boulevard World, as dimensões do lago sintético, tomado por embarcações similares às de Veneza, e o embaralhamento de cores do balão de LED impressionam e, ao mesmo tempo, ilustram a mania de grandeza dos sauditas.

No entanto, mais que as medidas, o Boulevard oferecia a chance de testar a gastronomia e atrações culturais de dez países, entre eles China, Estados Unidos e França.

É uma vez que se Riad importasse um retalho de cada pátria, construindo um planeta à segmento em torno do maior lago sintético do mundo. Os países estão separados a um passo. Os Estados Unidos despontavam com o letreiro de Hollywood e os seus super-heróis. As hamburguerias e as lojas que vendiam a miniatura de personagens da Marvel ficavam abarrotadas. Bonecos e gorros do Capitão América e do Varão Aranha vendiam uma vez que se fossem chuva.

Os cenários são compostos por maquetes realistas, uma vez que a do Círculo do Triunfo. A ponte e os túneis são de madeira e ferro, revestidos por materiais que imitam o asfalto —uma vez que a que imita a rodovia americana Route 66 —ou terreno, uma vez que se fossem cavernas.

Entre apresentações, destaques para os encantadores de serpentes na espaço que representa o Marrocos, as pizzas voadoras (da Itália), os shows de dragões (da China) e o festival de flamenco (da Espanha).

A poucos metros, o Boulevard Riyadh City traz mais de 70 restaurantes, 50 palcos teatrais e outros 20 para musicais. Para Majed, o que mais importa é sublinhar que um dos estúdios dali, o Merwas, é o maior do Oriente Médio.

É simples que os passeios na Arábia Saudita não se resumem às quase 8.500 atividades da temporária Riyadh Season, cuja edição deste ano, sob o slogan “além da imaginação”, acaba de fechar, às vésperas do Ramadã, período sagrado para os muçulmanos.

Mas, nenhum outro é tão empolgante. Tampouco o badalado mirone do Kingdom Tower a 300 metros de fundura. Nele uma ponte, cercada por vidros, interliga as duas pontas de um arranha-céu.

Maior exportadora de petróleo, a Arábia Saudita só abriu para o turismo em 2019. Até portanto unicamente tinham recta de entrar muçulmanos que se dirigiam a Meca ou pessoas com visto de trabalho.

O país também se esforça para figurar no circuito dos grandes eventos esportivos e tem planos ambiciosos para sediar a Despensa do Mundo de 2030.

Em janeiro, Riad recebeu as decisões das supercopas da Espanha e da Itália, além do amistoso entre Paris Saint-Germain e o combina do Al Nassr/Al Hilal, que reuniu Messi e Cristiano Ronaldo. Contratado para jogar no Al Nassr, o português receberá salário de R$ 1 bilhão por ano e servirá de isca para atrair outras estrelas do esporte.

Com o turismo aquecido, a Arábia Saudita vislumbra não só novas receitas, mas a chance de se apresentar ao Poente uma vez que um país simpático e capaz de tocar megaeventos. Um diagnóstico pouco provável, hoje, em meio à truculência por segmento de seu governo.

O príncipe do reino, Mohammad bin Salman, conduz medidas de relaxamento à lei islâmica, sharia, e tenta reduzir a sujeição econômica do petróleo ao mesmo tempo que seu regime é marcado por potente repressão à dissidência.

Foi ele quem aboliu a exigência das abayas, túnicas que cobrem o corpo, para mulheres estrangeiras e permitiu que elas pudessem encaminhar e ir aos estádios. Outro decreto de impacto foi a reabertura das salas de cinemas em seguida proibição que durava 35 anos.

Tais medidas, porém, são incipientes, e o país não convence do seu comprometimento com os direitos humanos, sobretudo o das mulheres sauditas, obrigadas a usar abayas e o hijab —véu sobre cabeça e pescoço. Elas tampouco podem ter qualquer contato com um varão que não faça segmento de suas famílias.

Além da falta de fé no reino, a sociedade saudita continua bastante conservadora. Nos restaurantes, apesar do término da segregação entre os gêneros, o mais generalidade é observar mesas onde há presença só de homens, boa segmento deles fumando cigarros e narguilé.

As demonstrações de afeto entre um parelha são tolhidas em público, enquanto homens se beijam e dançam abraçados.

Por término, viajar até Arábia Saudita e manter-se sóbrio diante do assalto aos direitos humanos e à liberdade de sentença é impraticável. Aliás, pormenor importantíssimo, o consumo de bebida alcoólica é proibido por lá. Nem isso pode.

COMO CONSEGUIR VISTO PARA A ARÁBIA SAUDITA?

Para solicitar o visto de turismo para visitar a Arábia Saudita, brasileiros precisam entrar em contato com a embaixada do país, em Brasília. Os números são (61) 3248-3525 e (61) 3248-3523; o email é embsaud@tba.com.br

O repórter viajou a invitação do Riyadh All-Star, que teve uma vez que atração o duelo entre PSG e Al Nassr/Al Hilal

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