Início Celebridades ‘Agora converso, não leio textos’, diz Carlos Tramontina – 13/06/2023 – Celebridades

‘Agora converso, não leio textos’, diz Carlos Tramontina – 13/06/2023 – Celebridades

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São Paulo

Foi só o jornalista Carlos Tramontina, 67, se desligar da Mundo, em abril de 2022, para que a empresa onde trabalhou por mais de 40 anos começasse a desonerar medalhões do jornalismo, esporte e dramaturgia. O apresentador saiu “em generalidade tratado” com a emissora e agora inicia uma novidade período avante de dois podcasts, trazendo consigo uma certeza: ninguém pode se considerar eterno na TV.

“Noto que a emissora iria se rejuvenescer. É do jogo. Não podemos descobrir que seremos eternos. Depois do confinamento da Covid eu mesmo comecei a me perguntar até quando o meio iria me querer, se não estava na hora de eu testar outros caminhos”, diz ele ao F5.

No próximo dia 15, o jornalista estreia o Tramonta News, podcast dos Estúdios Flow onde poderá “conversar, e não mais ler textos”. E engana-se quem pensa que ele se preocupa com um provável cancelamento pelas opiniões que possa dar ao vivo.

“Não sou ligado a partido político, nunca fui, não sou petista nem bolsonarista, eu sou realista, o que tiver que falar sobre política, comportamento e decisões de autoridades ou grupos, eu vou falar”, afirma o jornalista, que comemora outra novidade em sua vida: a chance de tirar 15 dias de folga para fazer uma viagem em família, um pouco inimaginável ao longo de seus 43 anos na TV ocasião. “Não conhecia o mundo fora da Mundo até transpor dela.”

Foi difícil tomar a decisão de transpor da empresa onde você trabalhou por tanto tempo?

Quando eu procurei a direção, minha saída até o termo daquele ano era um pouco consolidado na minha mente. Eu os procurei no final de janeiro de 2022 e me foi dito que eu ficaria até abril. Acabei saindo dia 2 de maio oficialmente. Foi um movimento tranquilo e em tá nível.

Teve temor de ser deposto antes de transpor por conta própria?

Cá cabe um justificação: Quando me consolidou a teoria de que poderia transpor, não tinha temor de ser deposto, mesmo porque minha saída veio numa período em que não havia muitas demissões. Antes de mim saiu o Alberto Gaspar. O Chico Pinheiro saiu na mesma semana que eu, portanto não existia temor. TV ocasião está buscando um novo público, uma novidade forma de falar. Quem descobrir que vai permanecer para sempre na tela esta completamente equivocado. Eu sempre recebi propostas para fazer outras demandas e nunca pude, pois tinha compromissos com a empresa. Agora [em podcast] eu convertido, não leio mais textos, isso faz toda diferença, muda a dinâmica do encontro.

Uma vez que são seus podcasts?

Estreei o Portas Abertas, um podcast onde entrevisto um convidado, que pode ser notoriedade ou não, uma poder ou não, pessoa conhecida ou não, mas que tenha histórias, experiências, aventuras e emoções vividas. E no dia 15 de junho prelúdios o Tramonta News: eu e um convidado comentamos notícias e acontecimentos, não necessariamente do dia, mas assuntos relevantes e de interesse. Tudo é provável num podcast. O primeiro vai ao ar às terças, às 16h, e o segundo às quintas, 16h [no canal do YouTube Flow News].

Podcasts geralmente têm audiência de um público mais jovem. Não teme ser encarado porquê um ‘tiozão’?

Num primeiro momento, sim (risos), o tiozão da galera, pois tenho 67 anos. E recentemente teve aquela história do meme ‘6 e ônibus‘ que foi adotado pelos jovens e hoje nas ruas as pessoas não me reconhecem porquê Tramontina da Mundo, mas o Tramontina do ‘6 e ônibus’. Fui à CCXP e era parado para fazer foto por justificação desse meme. Logo, se por um lado tenho uma certa idade e estou muito avante de quem está inserido nesse ramo de podcasts, por outro é uma invenção.

E um provável cancelamento pela sua opinião, te aflige?

Penso nisso, sim, não teria porquê não pensar, mas também não tenho temor. Não sou ligado a partido político, nunca fui, não sou petista nem bolsonarista, eu sou realista, o que tiver que falar sobre política, comportamento e decisões de autoridades ou grupos, eu vou falar. Só que sei que devo evitar ao supremo os adjetivos, pois eles muitas vezes distorcem e entortam o raciocínio. Falar o que penso tendo porquê base os fatos, não é o problema. Alguns vão descobrir bom, outros não, e isso é segmento do jogo.

É um grande duelo profissional, não?

Talvez o maior da minha curso. Fiquei 43 anos na Mundo e passei a dominar a técnica e a saber com profundidade as características do meu trabalho. Mas em podcast eu literalmente tiro uma roupa e visto outra. Tive até que comprar roupas esportivas, pois só tinha ternos. Cheguei a ter 11 deles em uso e não os repetia. Camisas sociais brancas eu tenho 10, centenas de gravatas. Mas isso virou pretérito. Agora é só camiseta, bermuda e sapatênis.

Não são raros os casos de pessoas que decidem traçar outros rumos na curso e veem a vida mudar porquê um todo. Aconteceu com você?

Sim. Voltei recentemente da Califórnia onde fui ver minha mana, e daqui a dois meses vou com meus filhos, minha mulher e a netinha para outra viagem de 15 dias. Agora tenho liberdade, uma qualidade de vida muito melhor. E os ternos estão guardados para eventos oficiais. Me desfiz de alguns, dei uma renovada. Refiz meu guarda-roupa. Não conhecia o mundo fora da Mundo até transpor dela.

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