Todo ano é a mesma coisa. Com a chegada de junho, as redes sociais ganham as cores do arco-íris, empresas criam ações voltadas para a pluralidade e a mídia taxa matérias sobre a vivência de gays, lésbicas, bissexuais e pessoas trans. O esforço para invadir espaço em um nicho de consumidores preocupados com a representatividade, mas, raramente resiste à mudança do mês. Logo em 1º de agosto, as velhas práticas voltam com tudo.
Cansados desse cenário, cada vez mais famosos se rebelam contra o marketing sazonal, exigindo que as marcas adotem políticas efetivas de inclusão.
“É importante as marcas lembrarem que a gente continua existindo o resto do ano. Inclusive, em matérias e entrevistas também, porque somos pessoas complexas e falamos sobre diversos assuntos além das nossas questões LGBTQIA+. As marcas darem oportunidades pra essas pessoas é uma maneira de nos entender de veste uma vez que segmento da sociedade”, opina a atriz Ana Hikari.
O oportunismo de algumas marcas levou Ana Hikari a fazer uma avaliação mais criteriosa das ofertas de contrato. “Eu sempre tomo muito desvelo pra admitir campanhas publicitárias pra não parecer um tanto sem sentido ou que pareça aproveitador em cima de uma data que não é só comemorativa. É uma data pra lembrar da luta. Por isso, sempre aprovo previamente as campanhas e analiso muito muito a maneira que vou abordar a campanha”, explica.
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Bruno Fagundes
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Revérbero do público
A opinião do apresentador e influencer Vitor Di Castro vai no mesmo sentido. “Essa coisa da gente só lucrar espaço em junho entre as marcas é um tanto que por um lado é interessante e recente. Isso a gente ta falando de 2018/2019 pra cá quando as marcas começaram a usar junho para se posicionarem e, evidente, poderem lucrar com isso”, pontua.
“Eu acho muito interessante porque a gente sai de um cenário em que não existimos para um outro cenário onde além da gente subsistir a gente pode fazer com que você lucre, né? E não é lucrar em cima do nosso sofrimento é lucrar em cima do orgulho. É lógico que isso tem uma problemática. Portanto, o que está sendo exclusivamente para a publicidade e o que, de veste, as empresas estão fazendo em relação à comunidade LGBT?”, indaga Vitor.
Para o influencer, mesmo beneficiando-se do poder de compra da comunidade LGBTQIA+, o chamado pink money, algumas marcas evitam se vincular à motivo para além do mês do Orgulho, por motivo do conservadorismo de seu público ou da gestão.
“Quando você depende muito desse público, você vai comprar uma desavença muito grande com ele, logo esse é um dos lados. O outro lado é que muitas empresas e marcas, também são geridas por pessoas LGBTfóbicas, a gente nunca pode olvidar isso, porque as marcas, empresas e corporações são formadas por pessoas”.
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Porquê ser coligado de verdade
Roteirista-diretora queer negra, Gautier Lee tem uma estratégia para evitar desabar na lábia de marcas oportunistas. “Eu geralmente convertido com outras pessoas LGBT+ que já trabalham com as mesmas empresas e pergunto sobre uma vez que foi a experiência, se houve qualquer momento de desrespeito, se os valores praticados estavam de entendimento com a média do mercado, se o envolvente era hospitaleiro, entre outras. Isso me ajuda a ter um quadro melhor da proposta antes de admitir ou não”, explica a fundadora do Macumba Lab.
Para Lee, ser coligado da luta por paridade sexual e de gênero vai muito além de transfixar espaço na publicidade. “O primeiro passo é ter um comprometimento genuíno com a motivo e promover mudanças factíveis em suas práticas internas. E isso não pode se limitar exclusivamente a estratégias de marketing. É precisso que a inclusão e a pluralidade estejam presentes em políticas internas de contratação, paridade salarial e na geração e manutenção de um envolvente de trabalho seguro para todos”, opina.
Rebento de Antônio Fagundes, Bruno Fagundes assumiu um relacionamento recente com o também ator Igor Fernandez e passou a ser procurado por várias empresas dispostas a usar seu rosto para parecerem mais representativas. Ele, mas, segue a máxima de não trabalhar com marcas que não representam seus valores verdadeiramente.
Bruno dá algumas dicas para as labels que, de veste, querem se tornar mais representativas. “Tem milhões de maneiras. Primeiro é concordar iniciativas LGBTQIAPN+ e ONG’s. Mas também é precípuo dar oportunidade para pessoas que, por via de regra, estão fora do mercado de trabalho por serem quem elas são. Se você tem a oportunidade de dar e transfixar espaços para inserir essas pessoas no mercado de trabalho, que muitas vezes elas não são aderidas só por preconceito, você já ajuda o movimento”, conclui.