As joias artesanais produzidas em prata na cidade de Pirenópolis (GO) vão esplender no palco da exposição “Origens Brasileiras Artesanato – I Evento Internacional de Indicações Geográficas de Artesanato”, nos dias 29 e 30 de junho, no Meio Sebrae de Referência do Artesanato Brasílico (CRAB), no Rio de Janeiro (RJ).
A exposição internacional reunirá artesãos, especialistas, gestores e representantes de diversos países para debater os desafios e o potencial econômico das Indicações Geográficas para o segmento do artesanato.
Na oportunidade, Alfredo Rendón, profissional em Recta Intelectual, apresentará o processo de transformação das marcas coletivas da Região de Michoacán (México). Peru e a Colômbia apresentarão casos de sucesso e a programação também contará com palestrantes franceses Antoine Ginestet, Benjamin Moutet e Déborah Broquère.
Segundo o gestor estadual de Indicação Geográfica (IG) do Sebrae em Goiás, João Luiz Prestes Rabelo, “a Identificação Geográfica das pratas de Pirenópolis é uma propriedade intelectual, que permite reconhecimento vernáculo e valorização cultural para o município”, pontua.
Qualidade, rastreabilidade e reputação
A IG é a junção de características exclusivas das peças produzidas pelos artesãos locais, que estão protegidas porquê um resultado originário de uma superfície geográfica, que lhe confere qualidade, rastreabilidade, reputação e outros atributos essencialmente ligados à região onde são produzidos.
De concórdia com João Luiz, Goiás conta somente com duas Indicações Geográficas até o momento: a prata de Pirenópolis e o açafrão de Mara Rosa. Atualmente, o Sebrae está auxiliando outras cidades na conquista do reconhecimento, porquê a esmeralda de Campos Verdes, o cristal de Cristalina e a cachaça de Orizona. “O Sebrae atua com o escora do dossiê do resultado, contando a história, com o caderno de especificações, forma de extração e fabricação, entre vários outros fatores”, completa o crítico.
As pratas de Pirenópolis alcançaram a Indicação Geográfica em 2019, mas a produção das joias com as características atuais foi iniciada ainda na dezena de 70, por artesãos que vieram de outras regiões do país.
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As 12 Indicações Geográficas de Artesanato
- Bordado de Caicó (RN)
- Bordado filé da região das Lagoas Mundaú-Manguaba (AL)
- Capim dourado do Jalapão (TO)
- Joias artesanais em prata de Pirenópolis (GO)
- Opalas e joias artesanais de Pedro II (PI)
- Panelas de barro de Goiabeira (ES)
- Peças artesanais em estanho de São João del Rei (MG)
- Produção têxtil de Resende Costa (MG)
- Redes de Jaguaruana (CE)
- Renda irlandesa da região de Divina Pastora (SE)
- Renda renascença do Cariri Paraibano (PB)
- Têxteis em algodão naturalmente matizado da Paraíba (PB)