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USP cria tecnologia que protege alimentos durante digestão – 13/06/2023 – Equilíbrio e Saúde

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Os compostos bioativos, presentes principalmente em frutas e hortaliças, exercem diferentes ações biológicas no organização associadas à promoção da saúde e ao aumento do bem-estar. A eles são atribuídos efeitos antioxidante, antidiabético, antienvelhecimento e anticancerígeno, entre outros.

Cientistas vêm estudando maneiras de otimizar a sucção desses compostos no trato estomacal, aumentando sua biodisponibilidade. Uma dessas maneiras é nanoencapsular as substâncias para que sejam liberadas lentamente, resistindo ao processo digestório e à ação das bactérias da microbiota intestinal.

É o que vêm fazendo dois cientistas do Departamento de Ciência dos Provisões e Nutrição Experimental da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) em diversos trabalhos, o mais recente publicado no International Journal of Biological Macromolecules. Ambos são integrantes do Meio de Pesquisa em Provisões (FoRC), um Meio de Pesquisa, Inovação e Espalhamento (CEPID) da Fapesp.

“Utilizamos a pectina extraída de resíduos do albedo [a parte branca] e da casca de frutos cítricos, com proporção de pureza que permite o consumo nutritivo. Elas foram preparadas por métodos que excluem qualquer componente químico prejudicial à saúde humana”, conta João Paulo Fabi, coautor do trabalho e professor da FCF-USP.

No cláusula de revisão, os cientistas descrevem o uso das pectinas porquê material para encapsulação de compostos bioativos. Outrossim, apresentam uma novidade tecnologia desenvolvida pelo grupo. “Formamos um nanocomplexo de pectina com lisozima, substância segura para consumo nutritivo extraída da clara do ovo, que dá mais firmeza ao resultado. E, assim, formamos uma rede protetora para um formado bioativo muito sensível: a antocianina”, resume.

Antocianinas são pigmentos solúveis em chuva pertencentes ao grupo dos flavonoides, compostos fenólicos presentes em vegetais e responsáveis por uma grande variedade de cores observadas em flores, frutos, folhas, caules e raízes de vegetais, cuja coloração pode variar do vermelho carmim ao violeta/azul.

A metodologia sugerida pela dupla pode ser usada para encapsular outros compostos bioativos solúveis em chuva. “Testamos com a antocianina porque é um formado muito reptador e sensível a muitos fatores, porquê, por exemplo, luz, temperatura, pH e bactérias intestinais”, informa Thiécla Katiane Osvaldt Rosales, primeira autora do cláusula.

O trabalho também recebeu financiamento por meio de outros dois projetos (19/11816-8 e 12/23970-2).

Vantagens

De pacto com os pesquisadores, a vantagem principal do método desenvolvido é que, além da pectina, da lisozima e do material encapsulado (a antocianina), não há nenhuma substância adicionada. “Usamos três compostos de fontes naturais e misturamos em laboratório formando um resultado novo, sem soma de sais, ligantes, ou zero que possa ser potencialmente tóxico. Outrossim, as nanopartículas não são tão pequenas. Quando são muito pequenas, elas vão ultrapassando as barreiras e membranas das células e entram no DNA, podendo ter efeito tóxico. O tamanho que conseguimos é seguro”, resume Fabi.

Rosales explica resumidamente o processo de obtenção das nanopartículas. “A pectina e a lisozima são aquecidas separadamente, pois o aumento da temperatura provoca uma diferença parcial da estrutura, possibilitando que as substâncias tenham melhor interação. Depois do aquecimento é feito um resfriamento rápido, para aproveitar essa estrutura molecular mais afeita à interação, e misturamos com o material que será encapsulado quando a pectina e a lisozima atingem uma temperatura que não será nociva à antocianina, um formado bastante sensível e instável. Misturamos as três em suspensão aquosa e, em seguida uma hora de matinada, o que resulta já é a antocianina nanoencapsulada. Portanto, a suspensão passa por um processo de filtração para que o teor não encapsulado seja separado.”

Segundo ela, há um zelo próprio com fatores porquê temperatura e pH. “Testamos a otimização dos parâmetros, principalmente o pH. Não pode ser eminente, porque degrada a antocianina, e nem muito plebeu. O pH final foi 5, considerado ótimo para a interação entre as moléculas. Também o tempo e a intensidade da matinada foram testados. Procuramos notar a todos os detalhes pequenos, mas que fazem a diferença para a formação de partículas estáveis. Já fizemos o repositório da patente da metodologia.”

Resultados

Ao final, a eficiência do encapsulamento foi testada in vitro, em um sistema de digestão simulado que imita a temporada gástrica e a temporada intestinal.

“O resultado é que uma secção da antocianina foi liberada durante o processo digestório, já no final da temporada gástrica, e uma secção ficou presa à nanoestrutura, com possibilidade de liberar o restante no envolvente intestinal ou portanto ser absorvida integralmente porquê secção da nanoestrutura. Acreditamos que é um bom resultado”, comemora Rosales.

O próximo passo será testar em animais. “Testamos in vitro e encontramos resultados que indicam que as nanopartículas são seguras para o consumo. Temos indícios de que as células podem absorvê-las de uma maneira não tóxica e de que as pectinas protegem as antocianinas e suas propriedades. Agora, temos de testar em animais. Observar o processo desde a ingestão verbal para saber porquê será a sucção das antocianinas, usando marcadores específicos de sucção, para entender o trajeto que fazem no organização e o orientação biológico”, diz.

A teoria principal dos cientistas é usar as nanopartículas porquê suplementação fomentar. “Podem ser adicionadas a vitualhas e suplementos dietéticos. Mas seria necessário escalonar industrialmente para incluí-las em um suplemento”, pondera Fabi.

A esse saudação, vale ressaltar que a estratégia não demanda equipamentos ou procedimentos caros. “Outrossim, o material utilizado para as nanocápsulas, que vem de subprodutos da casca de frutos cítricos, tornaria o dispêndio ainda menor para a indústria. Essa pectina que utilizamos no trabalho é um resultado que existe comercialmente, utilizado pela indústria de vitualhas, geralmente para formar gel em geleias, ou usado porquê espessante”, complementa Rosales.

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