São Paulo
A atriz e apresentadora Drew Barrymore falou em tom bastante franco sobre a relação com os pais em uma entrevista que acaba se publicada na revista americana New York Magazine.
“As mães dos meus vizinhos já se foram, e a minha não. Muito, não tenho esse privilégio, mas não posso esperar”, afirma a atriz. “Mas não quero viver numa situação em que libido que alguém morra antes do tempo só para que eu possa crescer. Quero que ela tenha uma vida feliz, saudável e próspera. Tenho que resolver minhas questões apesar de ela estar neste mundo”.
Na reportagem da revista americana, ela conta uma vez que a mãe —que atuava também uma vez que sua empresária— a tratava uma vez que amiga e cliente. Quando tomou a primeira taça de champanhe na vida, Barrymore tinha oito anos; um ano depois, foi a vez da primeira cerveja. E a cocaína veio aos 12. Tudo com o conhecimento da mãe.
A artista foi mandada para uma clínica de reparação aos 13 anos, mas a mãe a tirou de lá depois de 12 dias para que a filha pudesse participar do filme “Muito Longe de Lar” (1989).
Barrymore já falou algumas vezes sobre as dificuldades que enfrentou ao longo da vida com o abuso de álcool e drogas. Ela se emancipou aos 14 e anos e passou a ser considerada adulta aos olhos da lei.
Também não é a primeira vez que a artista fala sobre o comportamento condenável dos pais. Ela já contou, por exemplo, uma vez que a mãe a proibia de consumir doces, mas autorizava o uso de drogas.
Barrymore começou na indústria do entretenimento ainda garoto —quando atuou em “E.T.”, de Steven Spielberg, por exemplo, tinha exclusivamente sete anos. Era tão pequena que achava o extraterrestre do longa, um boneco, era real.
O pai não era dissemelhante da mãe. John Drew Barrymore, que fez um relativo sucesso uma vez que ator, também era alcoólico e abandonou a família logo que a filha nasceu. A primeira memorandum que Drew tem do pai é de quando ele a arremessou contra a parede, quando ela tinha três anos. Ela lembra ainda que John cometia agressões uma vez que colocar a mão da filha na labareda de uma vela e proferir que a dor era alguma coisa da imaginação.
À New York Magazine, ela diz que passou a ver a o pai de uma forma dissemelhante com a idade: “Entendi quão inapto uma vez que ser humano ele era”.
Na mesma reportagem, ela conta escreveu para a mãe para desejar feliz natalício e ouviu um “eu te senhor” de volta. “Não importa quanto você envelheça, quando sua mãe diz que te patroa você volta a ser pequeno”, diz ela.
“Eu perdoo minha mãe, perdoo ou meu pai. Nunca me perdoei, mas quero me perdoar e estou pronta para isso.”
A atriz tem feito sucesso com The Drew Barrymore Show, programa de entrevistas que foi renovado para uma quarta temporada. Ela tem sido elogiada pelas entrevistas francas, nas quais costuma se terebrar sobre questões pessoais —deixando os entrevistados à vontade para também falar de temas íntimos.