Talvez você não consiga dormir. Ou durma demais. Talvez você continue tendo crises ou adoecendo. Talvez seu estômago inche, sua pele fique flácida, você se sinta trêmulo. Talvez você não consiga se concentrar, manducar ou se livrar da tensão na pilar.
Se você navegou pelo TikTok recentemente, pode estar propenso a atribuir uma ou todas essas coisas aos seus níveis de cortisol. No ano pretérito, os usuários inundaram o aplicativo com histórias sobre porquê seus supostos desequilíbrios de cortisol causaram uma série de problemas de saúde.
O cortisol, às vezes sabido porquê hormônio do estresse, é uma substância química que ajuda a regular a maneira porquê nosso corpo reage ao estresse.
“É um hormônio que conecta a mente e o corpo”, diz Martin Picard, professor associado de medicina comportamental da Universidade de Columbia. Quase todos os órgãos têm um receptor que responde ao hormônio. É crucial para nos ajudar a funcionar ao longo do dia, seja regulando a pressão sanguínea ou combatendo a inflamação.
Isso não significa necessariamente que os desequilíbrios de cortisol sejam responsáveis pelas várias doenças que as pessoas estão compartilhando no TikTok, indica Nia Fogelman, pesquisadora associada do Núcleo de Estresse de Yale. “Eu acho que é completamente oriundo e compreensível por que as pessoas querem (a) deslindar o que está acontecendo com seus corpos e (b) querer alguma coisa que possamos consertar”, pontua. Mas não é tão simples.
Quando experimentamos estresse, a glândula pituitária do cérebro, do tamanho de uma ervilha –às vezes chamada de glândula mestra–, manda um sinal às glândulas suprarrenais situadas supra dos rins, o que as leva a secretar e liberar cortisol em nossa fluente sanguínea.
Nossos corpos liberam a substância química quando nos deparamos com um repto, seja psicológico ou físico, real ou imaginário, afirma Jeanette M. Bennett, psicóloga da saúde que estuda os efeitos do estresse sobre a saúde na Universidade da Carolina do Setentrião, em Charlotte. Liberamos cortisol quando enfrentamos uma prenúncio real, porquê encontrar um urso numa marcha, mas também quando recebemos um e-mail de recado no trabalho. Quanto mais cominador nos parece um trajo, normalmente mais cortisol produzimos.
“A mente e o corpo responderão porquê se estivéssemos em transe de morrer, quando na verdade o que está acontecendo é que nosso siso de identidade está sendo ameaçado”, indica Picard.
Isso é uma oferta da evolução: o cortisol nos ajuda a mobilizar a pujança de que precisamos para enfrentar ou fugir do transe, em segmento aumentando a quantidade de glicose no sangue. Também regula nosso metabolismo. Seus níveis flutuam ao longo do dia, subindo quando acordamos e diminuindo quando adormecemos, aponta Gregory Fricchione, dirigente associado de psiquiatria do Hospital Universal de Massachusetts e professor de psiquiatria na Escola de Medicina de Harvard.
“O cortisol é seu companheiro”, pontua Fricchione, “até que haja um excesso dele.”
Funcionamos melhor quando temos o estabilidade claro de cortisol. “Nossos corpos são uma unidade harmônica”, diz Fogelman. Mas o estresse crônico pode aumentar nossos níveis basais do hormônio ao longo do tempo, levando a uma série de consequências. Níveis persistentemente altos podem enfraquecer o sistema imunológico, afirma o profissional, além de aumentar os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial. Há também uma relação integral entre o cortisol e o sono: precisamos que o nível do hormônio diminua para que possamos resfolgar completamente. Pessoas com cortisol cimalha geralmente têm dificuldade para adormecer e continuar dormindo, indica.
Algumas condições de saúde mental, incluindo depressão e transtorno de estresse pós-traumático, estão associadas a desequilíbrios de cortisol, aponta Raza Sagarwala, médico residente do departamento de psiquiatria do Núcleo Médico da Universidade Vanderbilt, que estudou os efeitos de tratamentos não farmacológicos nos níveis de cortisol.
Sem testar os níveis de cortisol e consultar um médico, é quase impossível instituir se um tanto porquê acne ou falta de sono está definitivamente ligado a desequilíbrios hormonais –e o cortisol pode ser somente um culpado profíquo que as pessoas apontam quando não têm nenhuma outra explicação clara para seus problemas de saúde.
“Quando alguém diz que está com o cortisol proeminente, eu lhe diria: você não pode sentir isso”, diz Bennett. Mas se as pessoas estão realmente preocupadas com seus níveis de cortisol, declaram os especialistas, podem conversar com seus médicos de cuidados primários sobre fazer um teste.
Alguns pequenos estudos sugeriram que as intervenções de ioga e atenção plena (mindfulness), porquê reflexão, podem ajudar a diminuir os níveis de cortisol, indica Sagarwala.
O treino também pode ser útil na regulagem, pontua Bennett, mormente atividades físicas moderadas, porquê percorrer ou marchar de bicicleta. Esses movimentos levam seu corpo a refletir sua resposta ao estresse, aumentando sua frequência cardíaca e diminuindo-a quando você para de se exercitar. Esse ciclo efetivamente treina nossos corpos para ativar e desligar nossa resposta ao estresse adequadamente.
As pessoas devem identificar os métodos de redução do estresse que funcionam melhor para elas, afirma Fogelman. Alguns minutos de respiração de caixa ou 4×4, por exemplo, podem acalmar uma pessoa, mas não outra. Depois de encontrar uma estratégia para atenuar o estresse, seus níveis de cortisol podem se tornar mais estáveis, acrescenta ela. Isso é verdade mesmo para pessoas que foram expostas a estresse sempiterno.
“Estresse não é uma vocábulo ruim”, diz Fricchione. “Ser um organização vivo já significa que haverá estresse.”
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves