São Paulo
Roger Waters, cofundador do Pink Floyd, explicou o noção de sua roupa supostamente com referências ao nazismo, durante uma apresentação em Berlim, na semana passada. Posteriormente o ocorrido, a polícia alemã abriu uma investigação contra o britânico, que fez um pronunciamento através de seu perfil no Twitter, neste sábado (27).
“Os elementos de minha performance que foram questionados são claramente uma enunciação em oposição ao fascismo, injustiça e fanatismo em todas as suas formas”, declarou Waters. “As tentativas de retratar esses elementos porquê um tanto dissemelhante são dissimuladas e politicamente motivadas. A representação de um demagogo fascista desequilibrado tem sido uma particularidade dos meus shows desde ‘The Wall’ do Pink Floyd em 1980.”
Imagens do show, que ocorreu no dia 17 deste mês, mostram o cantor com um longo casaco preto com braçadeiras vermelhas brilhantes. Ainda durante a apresentação, o telão exibiu inscrições em letras vermelhas com os nomes de Anne Frank, a judia morta em um campo de concentração, e Shireen Abu Akleh, jornalista palestina-americana do meato Al Jazeera morta em uma operação israelense, em maio de 2022.
“Passei minha vida inteira falando contra o autoritarismo e a vexame onde quer que os veja. Quando eu era garoto, depois da guerra, o nome de Anne Frank era frequentemente falado em nossa vivenda, ela se tornou um lembrete permanente do que acontece quando o fascismo não é controlado. Meus pais lutaram contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial, com meu pai pagando o preço final”, completou ele, em outro trecho do transmitido.
INVESTIGAÇÃO
Na sexta-feira (26), a polícia alemã informou que abriu uma investigação de incitação ao ódio por secção de Waters. “Estamos investigando e, em seguida a peroração do procedimento, transmitiremos as informações ao Ministério Público para uma última avaliação jurídica”, acrescentou o porta-voz da polícia à AFP.
O MP decidirá se o cantor britânico, 79 anos, será processado ou não. O show recebeu muitas críticas em Israel e o ministério das Relações Exteriores do país afirmou que o artista “profanou a memória de Anne Frank e de seis milhões de judeus assassinados no Sacrifício”. “Waters quer confrontar Israel com os nazistas. Ele é um dos maiores críticos dos judeus de nossa quadra”, escreveu no Twitter o emissário de Israel na ONU, Danny Danon.