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1 em cada 4 crianças no Brasil tem colesterol alto – 31/03/2023 – Equilíbrio e Saúde

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Mais de um quarto das crianças e adolescentes do país, ou 27,47%, apresentam níveis altos de colesterol totalidade, e murado de 1 em cada 5, ou 19,29%, tem modificação no LDL, publicado porquê “colesterol ruim”, de convénio com pesquisa da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

Os dados, que trazem alerta para fatores de risco de doenças cardiovasculares, são de uma revisão sistemática com metanálise (método que agrega resultados de estudos independentes) feita com base em dados de 47 pesquisas com crianças e adolescentes brasileiras entre 2 e 19 anos.

Para chegar a essa seleção, foram analisados 831 artigos e incluídos aqueles que correspondiam ao objetivo de traçar a prevalência de alterações lipídicas nesse grupo. Somadas, as pesquisas abrangem dados de 62.530 voluntários, de todas as regiões do país.

Segundo Thales Rodrigues, do programa de pós-graduação em enfermagem da UFMG e um dos autores do estudo, a maior segmento das pesquisas sobre o tema tem exemplar regional, sem que haja um estudo mais vasto —daí a teoria de fazer uma metanálise a partir desses dados. “Com isso chegamos a uma prevalência mais aproximada [para o Brasil]”, afirma.

Para ele, os dados chamam a atenção para o cume percentual de crianças e adolescentes com níveis alterados de colesterol totalidade e do LDL —lipoproteína de baixa densidade que, quando em níveis muito elevados, pode se apinhar na parede das artérias, levando a maior risco de doenças cardiovasculares.

Rodrigues salvaguarda, porém, que os resultados encontrados na estudo foram heterogêneos. Isso ocorreu porque segmento dos estudos usava parâmetro dissemelhante para calcular as taxas de colesterol.

A diferença levou o grupo de pesquisadores a separar os dados conforme os dois parâmetros utilizados: o da Sociedade Brasileira de Cardiologia, utilizado no Brasil, e o do National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI), órgão dos Estados Unidos.

Pelos dados norte-americanos, o colesterol totalidade é tido porquê cume quando está supra de 200 mg/dL (miligramas por decilitro) —parâmetro que, na estudo, indicaria uma prevalência de 17,22% de colesterol totalidade ressaltado entre crianças e adolescentes.

Já no Brasil, essa avaliação ocorre quando o valor fica supra de 190 mg/dL para adultos e de 170 mg/dL para crianças e adolescentes, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a de Pediatria. Com isso, o percentual de crianças e adolescentes no país com colesterol totalidade cume chega a 27,47%, e o de LDL demudado, de 19,29%.

“É uma prevalência subida para uma população de crianças e adolescentes, e isso ocorre mesmo quando utilizamos um ponto de golpe mais conservador [como o do NHLBI]”, afirma Rodrigues.

Segundo os pesquisadores, os dados reforçam a relevância de saber o perfil lipídico das crianças e adolescentes para, assim, adotar medidas de controle e prevenção.

“Existem fatores que vão fazer com que crianças e adolescentes estejam mais propensas a desenvolver alterações lipídicas, porquê histórico familiar. O LDL e colesterol totalidade demudado também é, na maioria das vezes, um quadro secundário à obesidade”, afirma.

Dados da plataforma Sisvan, do Ministério da Saúde, divulgados pela Folha, mostram que a proporção de crianças com obesidade e obesidade grave no Brasil cresceu nos últimos quatro anos. Em 2018, esses índices eram de 8,9% e 4,99%, respectivamente, passando para 10,15% e 6,03% em 2022.

“Temos um aumento no sedentarismo e de hábitos alimentares inadequados, porquê a ingestão de alimentos ultraprocessados [como biscoitos e salgadinhos], o que faz com que essa rapaz tenha maior risco de desenvolver colesterol totalidade e LDL alterados”, completa Rodrigues.

Atualmente, a recomendação é que crianças com pais com colesterol aumentado e histórico de doenças cardiovasculares precoces (porquê infarto e AVC antes dos 55 anos) façam avaliação aos dois anos, lembra Louise Cominato, presidente do departamento de endocrinologia da Sociedade Brasileira de Pediatria de São Paulo.

Já em crianças com obesidade e outras doenças crônicas (porquê síndromes nefróticas), a avaliação é indicada a partir do diagnóstico, com comitiva regular. Nas demais, sem presença desses fatores, a recomendação é que a primeira avaliação ocorra entre 9 e 11 anos.

Para Cominato, que não participou do estudo, os dados chamam a atenção. Ela explica que o colesterol faz segmento do organização e que os níveis elevados exigem comitiva.

“Às vezes o paciente tem colesterol cume às custas do HDL, que é o colesterol bom. A grande questão é o LDL, o colesterol ruim”, aponta.

Em universal, a associação entre alterações nas taxas de colesterol e comorbidades, porquê hipertensão, obesidade e diabetes, indica maior risco de doenças cardiovasculares.

“Quanto maiores os níveis de colesterol na puerícia, aumenta o risco de doença cardiovascular no horizonte, e de forma mais precoce”, afirma.

Prevenção

Para virar esse cenário, o estudo da UFMG sugere que haja incentivo a políticas para aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras e reduzir o consumo de mantimentos ultraprocessados, porquê biscoitos, salgadinhos e refrigerantes, além de praticar atividades físicas. As medidas também são recomendadas de maneira individual.

Sonir Antonini, diretor do departamento de endocrinologia pediátrica da SBEM, lembra que, nos casos de crianças com taxas muito aumentadas de colesterol (supra de 250 mg/dL, geralmente ligado a questões genéticas e familiares), pode ser necessário também tratamento medicamentoso. Nas demais, a mudança de hábitos é recomendada. Ele também vê os dados com preocupação.

Segundo Thales Rodrigues, um dos autores do estudo, na pesquisa, foram utilizados dados de crianças e adolescentes inseridas no contexto escolar ou em comunidades e regiões de forma universal. Estudos que trabalhavam com crianças com histórico de fatores que aumentavam as chances de ter LDL demudado (caso de comorbidades) foram excluídos.

Ainda de convénio com os pesquisadores, ao examinar os dados, o estudo identificou uma tendência de aumento nas taxas de prevalência de níveis elevados de colesterol totalidade e LDL. “Isso mostra que provavelmente houve uma mudança nos comportamentos, tanto no sedentarismo quanto no consumo de mantimentos ultraprocessados”, observa Rodrigues.

Dados do Enani (Estudo Pátrio da Sustento e Nutrição Infantil) de 2019 mostram que o consumo de ultraprocessados entre crianças menores de cinco anos foi de 93% no país, enquanto o de frutas e verduras foi de 27,4%. O relatório mais recente, de 2022, ainda não foi divulgado.

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