Fabricar um sistema que garanta o controle e a rastreabilidade das regiões produtoras de moca com selo de Indicação Geográfica (IG). Essa será a missão das cinco empresas selecionadas na primeira período do edital de chamada pública para o desenvolvimento de uma plataforma do dedo. A iniciativa, inédita no Brasil, foi lançada pelo Sebrae, pela Escritório Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo Instituto CNA e conta com o base do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Negócio e Serviços (MDIC).
As empresas selecionadas nessa primeira lanço do torneio foram: Agtrace Rastreabilidade Agrícola (SC), Safe trace sistemas de rastreabilidade (MG), Btracer sistemas (AM), Myvision Solucoes (MG) e Avydium Solutions do Brasil (RJ). Cada uma receberá R$ 20 milénio para desenvolver, em 2 meses, o Resultado Mínimo Viável (MVP, na {sigla} em inglês). A proposta de MVP vencedora terá R$ 800 milénio e prazo de mais 10 meses para entregar a plataforma.
A proposta visa ainda monitorar o relacionamento com o mercado pátrio e internacional, além de potencializar referências uma vez que qualidade e origem dos grãos produzidos no país. A coordenadora de negócios de base tecnológica do Sebrae, Hulda Giesbrecht, comenta que o edital foi voltado às pequenas empresas que atuam com tecnologia da informação no agronegócio.
“Hoje já são 13 indicações geográficas brasileiras de moca. Focamos na seleção de uma proposta de inovação sustentável que possa prometer o controle e a rastreabilidade dos cafés especiais produzidos nas regiões das IG brasileiras. Na prática, por meio das tecnologias digitais, a iniciativa vai dar mais garantia para os mercados compradores”, explica
De consonância com Hulda, a novidade também contribuirá para impulsionar a exportação dos produtos e ampliar a conexão com o mercado internacional. “Ao longo dos últimos anos, o país tem caminhado no sentido de valorizar e escalar as vendas de produtos com Denominação de Origem ou Indicação de Proveniência reconhecidos. Isso fortalece nossa economia, gera ofício, renda e valorização de nossos produtos e serviços”, esclarece.
Cecília Kazuko Nakao, diretora-presidente da Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (Apec), afirma que o projeto de digitalização das IGs cafeeiras é importante pois, além de ser uma iniciativa inédita no país, vai facilitar a notícia entre os atores da ergástulo produtiva. “O programa, além de facilitar na gestão da rastreabilidade do resultado, possibilitará uma notícia eficiente das IG com o mercado e com os consumidores. O vestuário de estarmos trabalhando em conjunto com as outras regiões fortalece a união e nos estimula para outras ações coletivas”, enfatiza.
A elaboração da plataforma está alinhada aos objetivos da Estratégia Vernáculo de Propriedade Intelectual (ENPI), com o termo de levar desenvolvimento e geração de riqueza através da reunião de valor aos produtos por meio de ferramentas de propriedade intelectual, uma vez que Indicações Geográficas.
O que são as Indicações Geográficas?
As Indicações Geográficas (IG) são ferramentas coletivas de valorização de produtos tradicionais vinculados a determinados territórios. Elas possuem duas funções principais: reunir valor ao resultado e proteger a região produtora.
O sistema de Indicações Geográficas promove os produtos e sua legado histórico-cultural, que é intransmissível. Essa legado abrange vários aspectos relevantes: dimensão de produção definida, tipicidade, autenticidade com que os produtos são desenvolvidos e a disciplina quanto ao método de produção, garantindo um padrão de qualidade. Tudo isso confere uma notoriedade exclusiva aos produtores da dimensão delimitada.
O Brasil possui hoje 102 Indicações Geográficas reconhecidas pelo INPI. Conheça cada uma delas aqui.
