São Paulo
A primeira reação é o choque. Em seguida, vêm à tona alguns pensamentos ruins. Depois, chega o momento de parar, entender a situação, pensar nas possibilidades e encarar a verdade. Foi esse o caminho traçado pela cantora Simony, que em agosto do ano pretérito, aos 46 anos, descobriu que tinha um câncer de intestino.
“Esse questionamento da minha fé e ‘por que eu?’ eu nunca tive. O único temor foi quando li que tinha a doença e não sabia se havia metástase, ou seja, se estava espalhado pelo corpo todo. Posteriormente exames, entendi meu quadro e fiquei muito mais calma”, diz ela em conversa com o F5.
Apesar da rápida compreensão, o processo foi doloroso e levou a artista a cogitar até mesmo passar a guarda do fruto mais novo, Anthony, 9, para a mãe. “E foi muito importante ter um médico que te dá forças nessa jornada. Tinha dois caminhos: ou pensava em morte ou enfrentava e via uma luz. A vontade de estar perto dos meus filhos me levou à segunda opção”, afirma.
Toda essa experiência foi retratada num livro em formato de e-book que Simony lançou recentemente: “Um Dia de Cada Vez – A Verdade por Trás de um Diagnóstico”, onde ela conta detalhes de sua jornada em procura da trato. Ainda não é verosímil preceituar que a cantora esteja totalmente livre da doença, já que ainda precisa passar por alguns exames nos próximos meses, mas a vida dela segue normal sem sequelas ou maiores transtornos.
“Isso ressignificou tudo em mim. Hoje, sempre que eu convenção, é o dia mais importante da minha vida. Não faço mais planos longos nem zero obrigada, minha única obrigação é ser feliz. Passo mais tempo com a família”, decreta.
A partir de agora, Simony tem a vontade de ser uma voz cada vez mais ativa no alerta para o diagnóstico precoce e na luta para ajudar mais gente com cancro a ter um tratamento digno. Segundo ela, secção dos lucros das vendas do e-book vai para o Instituto Vencer o Cancro. “Virou uma missão e estou engajada nesse processo.”
Outra forma de ajudar é por meio da termo. A cantora revela que tem planos de dar palestras pelo Brasil sobre o que viveu para associar à vida de quem precisa. “Eu fico muito feliz em poder salvar a vida de alguém ou mesmo em inspirar mulheres a usarem perucas ou assumirem a careca. As mensagens que recebo já valem por tudo.”