Rio de Janeiro
Daniela Mercury muito que tentou fugir de assuntos relacionados à política na noite do Prêmio da Música Brasileira, mas não deu.
Depois de ser questionada se era em prol ou contra a privatização das praias (“totalmente contra”), ela reclamou do projeto de lei que equipara aborto posteriormente a 22ª semana, mesmo em caso de estupro, a homicídio. O PL 1904/2024 é de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
“Porquê o presidente vai vetar e provavelmente não vai passar no Senado, a gente ainda tem o Supremo Tribunal Federalista. Acho que eles não estão querendo gastar robustez com um objecto dessa magnitude e que não vai passar mesmo. Não vai ser revalidado, não vai chegar a virar lei. Mas isso mostra a cabeça da Câmara, com o que ela está preocupada em vez de a gente seguir em direitos”, disparou Daniela.
A cantora continuou: “Eles estão preocupados em votar um tanto que é insultuoso contra as mulheres brasileiras, contra as crianças brasileiras, contra os direitos já adquiridos. Isso é um contra-senso e fere a nossa psique”, disse Daniela.
“Não podemos deixar um congresso machista e desrespeitoso uma vez que esse tirar os direitos conquistados pelas mulheres há mais de 40 anos. Em uma democracia, quando se tira o recta da mulher é porque essa democracia está enfraquecida”, concluiu.