Com atuação desde 2021, o Projeto Etno & Repercussão Turismo Haliti-Parecis foi destaque na COP 28. Com base em projeto desenvolvido pelo Sebrae, os povos originários voltaram a ter vida produtiva e serem inseridos nos roteiros turísticos. A partir do projeto, mais de 1.200 famílias voltaram a ocupar o território das oito aldeias.
“Ter a representatividade na COP 28 dos povos originários é invocar atenção para o tema da sustentabilidade. Não se faz sustentabilidade sem incluí-los. E o Sebrae, em Mato Grosso, está atuando de forma réplica com ações que já estão trazendo resultados a esses povos com o retorno da produtividade e sua inclusão na ergástulo do turismo”, afirmou o presidente do Sebrae, Décio Lima.
O projeto desenvolvido pelo Sebrae em Mato Grosso serviu de exemplo para a compreensão do termo sustentabilidade e para todos aqueles que queiram associar desenvolvimento à cultura da região. “O ponto ganha relevância ainda maior devido ao indumentária do Brasil ser o país com maior representatividade de povos originários do mundo”, explica o diretor-técnico do Sebrae em Mato Grosso, André Schelini. “O Sebrae vem fazendo a diferença na sustentabilidade, pois seguimos as diretrizes para o turismo sustentável”, destacou.
O Meio Sebrae de Sustentabilidade criou o Manual de diretrizes de “Normatização e Certificação de Turismo Sustentável”, que pode ser referência para o país. Confira aqui.
Passeio Turístico
O projeto Etno & Repercussão Turismo Haliti-Parecis vem criando alternativas e oportunidades na superfície do turismo. Oito aldeias de Mato Grosso, localizadas no município de Campo Novo do Parecis (a 401 km de Cuiabá) passam a ofertam ao mercado regional, vernáculo e internacional produtos de repercussão e etnoturismo devidamente formatados para valorizar a cultura indígena, seguindo todos as normas de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). As aldeias Haliti-Paresi são Wazare, Salto da Mulher, Salto Belo, Utiariti, Quatro Cachoeiras, Ponte da Pedra, Rio Sacre e Catarata Azul, todas numa região cortada por inúmeros leitos d’chuva e cachoeiras de tirar o fôlego.
A gestora do Projeto de Etnoturismo do Sebrae em Mato Grosso, Silvia Penha de Souza, afirma que não é verosímil pensar sustentabilidade sem incluir os povos originários. Hoje, os turistas que vão para Mato Grosso podem ter 13 vivências diferentes nas aldeias, uma vez que recepção com dança e poema, passeio pela povoado, visitante à moradia tradicional, roda de conversa, trilhas temáticas, contemplação ancorada, banho de rio. Seis aldeias oferecem alimento e uma delas possibilita ao turista vivenciar um matrimónio típico.
Para depreender tais resultados foi necessário fazer melhorias nas operações turísticas, classificação das trilhas de tratado com as normas da ABNT, implantação de equipamentos de segurança, desenvolver projecto operacional padrão e projecto de atendimento emergencial, trabalhar o reposicionamento da circulação de pessoas, desenvolver políticas de negócio, treinamento dos condutores, técnica para salvamento aquático, boas práticas de manipulação de víveres, desenvolvimento de políticas de negócio e incorporação de uma linguagem mercantil visando formatação de preços e melhoria das vantagens competitivas e regras de negociação dos serviços oferecidos ao turista.