Início Turismo Portugal: ilha vulcânica surpreende quem gosta de vinho – 15/03/2023 – Turismo

Portugal: ilha vulcânica surpreende quem gosta de vinho – 15/03/2023 – Turismo

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Com uvas que desafiam limites da natureza e crescem em meio às rochas vulcânicas, cercadas pelo azul cristalino das águas do Atlântico, a ilhéu do Pico, nos Açores, é um restrito direcção de enoturismo de Portugal.

O território conjuga as atrações ligadas à natureza que são típicas do arquipélago, uma vez que caminhadas e reparo de golfinhos e baleias, com programas relacionados ao vinho e à gastronomia.

Devido ao solo vulcânico e à proximidade do mar, os vinhos do Pico têm características distintas, em peculiar a mineralidade e o frescor do verdelho, sua raça mais famosa.

O visual das vinhas é um espetáculo à segmento. O cultivo é feito dentro dos chamados currais ou curraletes: estruturas retangulares, divididas por pequenas muretas de basalto, que serpenteiam ilhéu adentro formando labirintos.

Além de proteger as vegetalidade dos fortes ventos e da chuva do mar, eles funcionam uma vez que um regulador de temperatura e do calor do sol. O caráter uno da produção fez com que a paisagem fosse classificada pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, uma vez que um patrimônio mundial da humanidade em 2004.

“Os vinhos vulcânicos são limitados. Temos no Pico, na Sicília e em alguns outros locais. Esses solos permitem mais mineralidade na bebida e se refletem na subida acidez, que é o que traz frescor”, explica Pedro Henrique Ramos, professor de enologia e profissional em vinhos portugueses.

Segunda maior entre as nove ilhas que compõem o arquipélago dos Açores, o Pico começou a ser habitado no século 15, quando também se iniciou a produção de vinhos. A qualidade da bebida conquistou mercados europeus, impulsionando um bem-sucedido negócio por murado de 400 anos, até que uma praga dizimou quase todas vinhas.

A retomada do vinho de qualidade na ilhéu aconteceria em meados da dezena de 2000, com novas técnicas e a recuperação das áreas históricas de produção. Desde logo, o turismo relacionado à enologia também floresceu.

A experiência começa com a seleção da hospedagem, com cada vez mais opções de alojamentos situados em meio às vinhas. Há desde casas de aluguel por temporada mais rústicas a hotéis boutiques.

Com vista para as vinhas, o mar e o vulcão, o alojamento da Azores Wine Company é uma boa pedida também para os amantes da gastronomia. O projeto de arquitetura minimalista fica em uma frasqueira e conta com um restaurante em que o peixe e os frutos do mar açoreanos são soberanos. A harmonização com os vinhos locais completa a experiência.

Para se aventurar pela ilhéu, o Museu do Vinho, na zona da Madalena, é um ótimo ponto de partida, com informações detalhadas das etapas da produção e a trajetória econômica da região. Instalado no vetusto Convento das Carmelitas, o espaço tem uma vista superabundante do mar e é cingido por vários currais de vinhas. Também oferece uma série de atividades sazonais, uma vez que provas de vinho e a chance de participar da vindima (colheita).

A ilhéu do Pico tem também diversas opções de visitas guiadas às plantações, que incluem visitante às adegas e degustações. Fundada em 1949, a Cooperativa Vitivinícola da Ilhéu do Pico oferece a possibilidade de o visitante saber todas as etapas da produção.

Com uma pegada ligada à sustentabilidade, a Frasqueira do Vulcão, comandada por um parelha de italianos, também oferece opções de provas comentadas e harmonizadas.

Uma das degustações mais singulares acontece na Frasqueira Czar, do qual nome é uma homenagem à popularidade do vinho do Pico junto à antiga família imperial russa. Em frente ao mar, a frasqueira guarda um destaque do universo enológico português: o vinho Czar.

Trata-se de um rótulo de colheita tardia que, sem soma de água-ardente ou bebida similar, normalmente ultrapassa 18% de texto alcoólico. A produção é limitada e varia com a colheita, fazendo com que a garrafa custe mais de 400 euros (murado R$ 2.200).

Mas a ilhéu também oferece diversas atividades ao ar livre, muitas relacionadas justamente à serra que lhe dá nome. Ponto mais basta de Portugal, o Pico tem 2.351 metros e é um direcção para trilhas, caminhadas e escaladas.

A maior segmento dos percursos têm níveis de exigência elevados, mas há opções para quem tem menos preparo. É o caso da Gruta das Torres, uma das maiores cavernas vulcânicas visitáveis do mundo, com cinco quilômetros de estalactites e estalagmites.

Entre a oferta de passeios de paquete, tours para observar baleias são os mais disputados. No verão, as piscinas naturais da ilhéu são a principal atração —com destaque para as da Furna de Santo António.

A visitante à ilhéu não está completa sem saber o Cella Bar. Com design inspirado na forma de uma baleia, o prédio instagramável tem vista para o mar e para a ilhéu vizinha do Faial, em um disputado terraço para reputar o pôr-do-sol. O menu destaca sabores regionais e, é evidente, vinhos do Pico.

A jornalista viajou a invitação do Turismo de Portugal

Uma vez que chegar

Há um pequeno aeroporto na ilhéu do Pico, mas a oferta é limitada. A maior variedade de horários e frequências está nos voos com conexão nos dois maiores terminais dos Açores, Ponta Delgada, na ilhéu de São Miguel, e Lajes, na ilhéu Terceira. É provável chegar de paquete a partir das ilhas vizinhas, com várias saídas diárias.

Onde provar vinho

Azores Wine Company

R. do Poço Velho nº 34

Cooperativa vitivinícola do Pico

R. Padre Nunes da Rosa, nº 29

Cella Bar

R. da Barca, s/n

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