Além de não ter o efeito desejado, o seu uso pode colocar em risco a saúde do paciente
A calvície, o nome médico que caracteriza a perda de cabelos, é uma quesito com vários motivos e gera um grande impacto emocional nas mulheres e nos homens. O problema, que também pode surgir em jovens, precisa ser sempre investigado por um médico, a termo de evitar piorar a queda ou, até mesmo, afetar a saúde.
“O autodiagnóstico e a automedicação nunca são benéficos. Até mesmo suplementos de vitaminas que parecem inofensivos podem originar problemas”, afirma a Dra. Lilian Brasílio, médica profissional em Dermatologia e em Medicina Capilar.
Cuidados na escolha do tratamento
Suplementos, medicamentos, loções, laser, LED, microagulhamento, mesoterapia ou, até mesmo, transplante capilar são algumas das opções de tratamento. Todavia, a escolha de uma ou mais delas depende das causas da queda e das preferências do paciente, uma vez que explica o Dr. Danilo S. Talarico, médico pós-graduado em Tricologia Médica e Cirurgia Capilar.
No caso dos medicamentos, a Dra. Lilian conta que alguns dos efeitos adversos mais comuns incluem subtracção da libido, disfunção erétil, alterações na ejaculação, sensibilidade mamária e modificação do ciclo menstrual. “Para reduzir a ocorrência deles, os hormônios devem ser dosados antes de iniciá-los e as doses devem ser manejadas pelo médico, reduzindo drasticamente as chances de efeitos colaterais”, diz a médica.
Perigos do uso da biotina
A biotina, por exemplo, costuma ser usada sem orientação médica e em altas doses por quem deseja reduzir a queda dos fios. No entanto, conforme explica o Dr. Danilo, a verosimilhança de um quidam saudável ter deficiência de biotina e isso originar a queda de cabelo é pequena. “Não há fortes evidências de que a ingestão de altas doses tenha qualquer impacto no propagação dos cabelos, principalmente se o paciente não tiver deficiência desse nutriente”, afirma o médico.
Além de provavelmente não funcionar para sobrestar a queda de cabelo, pois não há evidências científicas robustas para o tratamento de tal problema, a biotina pode mascarar problemas cardíacos.
“[…] Tomar biotina sem orientação pode resultar em níveis muito altos de vitamina B7 (biotina) no organização, o que pode afetar os testes feitos para diagnosticar doenças, uma vez que anemia, cancro, doenças cardíacas ou relacionadas aos hormônios. Se há muita biotina livre de flutuação no seu sistema, o resultado do inspecção pode ser confuso”, afirma a Dra. Lilian Brasílio.
Prejuízos do uso de minoxidil tópico
Padrão-ouro no tratamento domiciliar da queda de cabelo, o minoxidil promove o aumento da circulação sanguínea do epiderme cabelo com consequente melhora da nutrição da região, segundo o Dr. Danilo S. Talarico. “Com isso, ocorre a prolongação da tempo anágena, ou seja, a tempo de propagação dos fios, que passam a nascer mais fortes e saudáveis”, explica o médico.
Porém, é importante lembrar que o minoxidil é um medicamento. “Logo, o ideal é que o resultado seja utilizado exclusivamente sob indicação médica, pois, em alguns casos, são necessários outros tipos de tratamentos mais específicos para que realmente haja qualquer resultado. Outrossim, o resultado não é nenhum elixir milagroso e tem seus efeitos colaterais muito desagradáveis uma vez que dermatite de contato por irritante primordial”, diz o Dr. Danilo.
Queda de cabelo
Outrossim, segundo o profissional, leste medicamento pode desencadear um efeito que pode originar preocupação, publicado uma vez que ‘shedding hair’. Nesse processo, o medicamento acelera a queda de fios que já estavam prestes a tombar (na tempo catágena).
O progressão desta tempo pode resultar no surgimento de novas áreas de afinamento capilar, o que pode desencorajar o uso da medicação. “Mas essa é uma queda perfeitamente esperada, já que o cabelo cai em mosaico, ou seja, caem alguns fios hoje, outros amanhã. E eles crescerão futuramente”, diz o Dr. Danilo.
Outros efeitos colaterais do minoxidil
Conforme explica o médico, também existem riscos ao usar excessivamente o minoxidil. Isso porque ele pode originar efeitos colaterais uma vez que irritação, alergias e hipertricose, com propagação de pelos em diversas regiões faciais.
Logo, para evitar problemas de uso, muitos apostam no minoxidil vocal, que também tem seus riscos: “É importante ressaltar que o minoxidil vocal apresenta riscos e efeitos colaterais potenciais, uma vez que retenção de líquidos, hipotensão (pressão arterial baixa), propagação excessivo de pelos em outras partes do corpo e reações alérgicas”, completa a Dra. Lilian.
Efeitos colaterais do uso de finasterida
A finasterida, segundo a Dra. Lilian, age reduzindo a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), dificultando a oferta e o acoplamento desse hormônio no folículo capilar, reduzindo assim a miniaturização dos folículos capilares e prolongando o ciclo de propagação do cabelo. Apesar de ser um medicamento, pode ser adquirido sem receita médica.
“Mas esse não é definitivamente um bom negócio, uma vez que a queda capilar pode ser causada por outros fatores, uma vez que disfunção da tireoide ou anemia ferropriva. Outrossim, existe uma extensa lista de efeitos adversos, que devem ser discutidos na relação médico-paciente”, diz. Entre os efeitos colaterais desse medicamento, citados pela médica, estão: subtracção da libido, disfunção erétil, subtracção do volume do líquido ejaculado, entre outros.
Conforme o Dr. Danilo, é verosímil solicitar exames uma vez que uma medida preventiva para reduzir o risco de efeitos colaterais. Outrossim, é importante evidenciar que as mulheres em idade fértil não devem conceber enquanto estão em tratamento com a medicação finasterida, uma vez que existe o risco de originar malformações fetais e anfibologia genital.
“Em casos selecionados, o uso da medicação por mulheres deve ser conversado com o médico e um contraceptivo eficiente ser associado”, acrescenta o médico.
Diagnóstico da queda de cabelo
Medicamentos, estresse, deficiência nutricional, excesso de Vitamina A, maus hábitos, desequilíbrio hormonal e genética, são várias as causas da queda capilar e o tratamento varia de congraçamento com a culpa. Mas uma vez que os médicos fazem para diagnosticar a perda de cabelo?
“O médico age uma vez que um verdadeiro detetive, fazendo perguntas e uma investigação aprofundada, sendo que o paciente deve ser leal à verdade. Ele vai querer saber se a queda de cabelo aconteceu repentina ou gradualmente; quais medicamentos você toma; quais alergias você tem; e se está fazendo dieta. As mulheres podem ser questionadas sobre seus períodos menstruais, gestações e menopausa”, diz o Dr. Danilo.
Outrossim, nesse processo, a investigação médica não cessa nas perguntas. “O médico também fará um inspecção zeloso do epiderme viloso e do cabelo, podendo retrair o fio e, às vezes, tirá-lo para obter as provas necessárias. O diagnóstico pode ser feito depois a indagação clínica desse paciente com dosagens laboratoriais, com inspecção tricológico para saber em que tempo os fios estão (anágena, telógena, catagena ou quenógena), e fazendo, ao mesmo tempo, a biópsia do epiderme viloso para confirmar se esse paciente é portador da calvície de padrão familiar e hereditário”, diz o médico.
Tratamento para a queda capilar
Segundo a Dra. Lilian, a partir do momento no qual o paciente recebe um diagnóstico de queda crônica de cabelos, o tratamento geralmente é para toda vida e o seu cândido é espessar os cabelos finos, impedir que os fios que continuam saudáveis também se afinem e, principalmente, manter os folículos vivos, já que nenhum tratamento é capaz de fabricar um folículo capilar, nem mesmo o implante.
O Dr. Danilo explica que o tratamento pode ser feito em consultório com lasers, LEDS, microagulhamento, mesoterapia ou, até mesmo, transplante capilar. Em muitos casos, segundo a Dra. Lilian, é importante atuar de forma complementar, melhorando a limpeza e a saúde do epiderme viloso.
Por Maria Claudia Amoroso